A fama através da morte

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Após confirmar que seria ainda mais divertido termos mais um infiltrado na UA, pude ouvir meu pai dar uma curta risada. A televisão desligou em seguida, ele já não tinha mais o que falar comigo, falamos apenas de negócios e sobre o que ele precisa, não temos uma conversa de como foi nosso dia ou o que vamos comer no jantar, nossa relação é baseada em interesses, no que podemos fazer um para o outro, no quanto meu corpo aguenta seus experimentos ou o quanto de nomus novos eu crio. Suspirei, eu precisava descansar e esquecer um pouco esse assunto.

O celular vibrou no meu bolso. Peguei o celular que vibrava por conta da ligação, assim que olhei na tela vi o nome do diretor do hospital brilhar, atendi rápidamente para que ele falasse logo o que queria. Espero que eu não tenha que ir para o hospital hoje.

- Boa noite senhor Watanabe, espero que tenha me ligado por algo muito importante, afinal é a minha folga. - não esperei muito e logo ele me respondeu.

"Eu preciso que venha rápido para cá. Aqui está caótico, ocorreu uma luta e tem muitos feridos."

- Estou indo, eu já estou perto do hospital. Em cinco minutos eu chego.

"Desculpe atrapalhar sua folga, mas precisamos do melhor médico desse hospital aqui."

Após as últimas falas do administrador hospitalar, eu olhei para Kurogire e gesticulei que eu precisava ir, assim corri em direção das escadas do bar. O hospital Kaipon Central School é extremamente conhecido pela competência de cada médico e enfermeiro daquele lugar, é um dos hospitais escola que tem uma taxa de ensino e formação altíssima. Watanabe sabe como todos ali são ótimos no que fazem, eu estar lá ou não, não faria diferença alguma. A não ser que os heróis sejam um dos principais feridos e estejam solicitando minha presença para os curá-los. Hoje à noite vai ser cansativa.

Andar pelas ruas de Musutafu nesse horário ainda mais com uma luta ocorrendo é difícil, mas nada que me atrapalhe tanto. Chegando mais perto de onde a luta ocorria eu pude ver como tudo estava destruído, os heróis tentavam fazer o vilão não atacar os civis curiosos que tentavam a qualquer custo ver a cena do vilão tentando destruir e causar o caos na cidade. A polícia tentava conter as pessoas que gritavam e as que passavam dos limites que foram estipulados para a segurança dos que estavam a olhar a luta, eu passava entre as pessoas tentando chegar ainda mais perto de algum policial, eu precisava passar pelo local que ocorria a luta para chegar ainda mais rápido no hospital e quem sabe ajudar algum herói que estava ferido e não conseguiu chamar ajuda. O vilão estava descontrolado, ele gritava coisas desconexas e jogava o que vía na sua frente em direção a qualquer um.

Ele parecia ter uns 4 metros de altura, sua individualidade parecia ser transformação, a roupa social azul escuro mudava conforme as suas transformações então ele não é um vilão de rank baixo, mas eu sabia que algo estava errado. Não dava para ver seu rosto por conta da máscara de metal em seu rosto, nos furos para visão na máscara pude ver seus olhos. O vermelho sangue era marcante, mas ao ver que a cor em seus olhos pareciam mudar em alguns segundos, minhas pernas pareceram fraquejar assim que ele olhou para mim. A cor antes carmim, agora um verde assim como os meus. Ficamos apenas segundos nos olhando, mas para mim pareceram horas. Ele estava sobre o efeito da Kio-99, a droga na qual eu estava produzindo. Aquele desgraçado roubou ela, ele a usou sem minha permissão. Essa porra está em fase de teste, Lucius não ouviu?

- Não pode passar desta área, fique aí civil. - o policial disse, me alertando.

- Eu sou médico, preciso chegar no hospital Kaipon o mais rápido possível, e preciso conversar com algum herói que está na luta, qualquer um. Urgentemente. - eu avisei rapidamente, ele me olhou como se não acreditasse em nada que saisse da minha boca, aposto que ele é novato.

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