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Rosamaria


   Meu celular despertou, ainda era bem cedo. Meu corpo estava todo dolorido, queria continuar deitada, mais só lembrar que poderia tomar outra sura, levantei logo da cama. Senti um frio pelo meu corpo, assim que pisei no chão frio. Foi pro banheiro, tomei um banho, tomei um remédio pra dores do meu corpo. As agressões do meu pai de ontem, deixou marcas pela minha perna e braço, vou ter que por um moletom pra esconder isso, se eu tivesse com sorte hoje o tempo ia tá fresco, não ia passar mal de calor. Depois de vestir uma calça e calçar o tênis. Fui pra cozinha fazer o café da manhã pro meu pai. Depois de um tempo já estava tudo pronto. Fiquei em pé perto da mesa esperando o meu pai. Mesmo com tudo pronto, eu só podia comer quando ele sentasse na mesa.

- Meu café está pronto? - Ele entrou na cozinha falando.

- Sim - peguei sua xícara com café- Aqui está- entreguei pra ele, sentei na cadeira.

- Depois da escola quero que você der uma geral nesta casa - falou com sua voz grave - É faça meu almoço, vou vir almoçar em casa - droga eu não ia ter minha tarde tranquila. Como vou estudar com ele em casa.

- Sim senhor - falei, tomei meu café rápido pra não me atrasar para escola.

- Não se atrase - falou sério- Se atrasar já sabe - estremeci de medo.

  Depois do café, meu pai foi pro serviço, eu corri pro ponto de ônibus pra não perde. Hoje realmente não era meu dia de sorte, era cedo e já estava um calor insuportável, eu ia sofre com este moletom num calor desse. Cheguei no ponto de ônibus, o suor já escorria pelo meu rosto, enxugue o rosto com a manga do moletom. O ônibus chegou entrei dele, tava um pouco lotado. Depois de um tempo cheguei na escola.

- Oi estranha - falou um garoto que passou por mim.

  Abaixe A cabeça e fui entrando na escola, como ainda era cedo fui direto pra biblioteca, aproveitar que lá é fresco, e já adiantar meu trabalho de química. Sentei numa mesa bem no fundo pra ninguém me perturbar, estava distraída quando vi ela entrando. Caroline Gattaz, ela é a menina mais linda que já vi, pena que ela namora a babaca da Ariele, desviei o olho delas quando elas estavam vindo  pra perto de onde eu estava.

- Vamos amor- Ariele falou com voz melosa - Está festa vai ser muito boa.

- Amor estamos no meio da semana- falou Carol abrindo um livro- E temos aula amanhã.

- Você é muito nerd que saco - falou emburrada se jogando na cadeira - O que tá olhando depressiva- Me assustei com seu grito, nem percebi que eu estava encarando elas ainda - Sua estranha.

Juntei minhas coisas rápido, e sai correndo da biblioteca, a última coisa que queria agora era apanha da Ariele. No correndo escutei o sinal tocando. Fui pra sala. Sentei na última cadeira. Não demorou muito pra professora chegar. Os alunos da minha sala estava muito bagunceiro. Nem vi as aulas passar, quando percebi já era hora do intervalo. Fui pro banheiro, eu estava suando, precisava jogar uma água no rosto, joguei água na nuca e no rosto, eu estava com as bochechas vermelhas,  meu corpo estava doendo muito, sai do banheiro fui pro refeitório, eu precisava comer alguma coisa. Peguei um pedaço de pizza e um copo de coca, sentei numa mesa, devorei tudo rápido, não imaginava que estava com tanta fome.

  As aulas passaram rápidas. Já estava na última aula, o grupo de Ariele continuava fazendo bagunça. O professor de química já tinha chamado atenção umas três vezes, e nada deles pararem, ollhei para a Gattaz ela até tentava fazer os amigos pararem mais ninguém ouvia. Faltava menos de 5 minutos pra acabar a aula quando o professor falou.

- Pela bagunça durante a aula toda todas vão ficar meia hora de detenção - meu corpo gelou, eu não podia ficar meia hora na escola, meu pai ia chegar pro almoço.

- Isso é injusto- nem percebi quando falei - Nem rodos estavam fazendo bagunça.

- Senhorita Montibeller todos vão ficar  - falou sério.

  Droga, droga eu já estava chorando por dentro, ele nunca vai acreditar que me atrasei por causa de uma detenção, que nem tive culpa. 

- A depressiva da com medinho da mamãe brigar - Ariele debochou - Esqueci que a mamãe morreu- soltou uma risadinha que seu grupinho acompanhou- deitei minha cabeça na mesa e virei pro lado da parede, senti minhas lágrimas descendo, passei minha mão no rosto, não ia adiantar nada chorar agora.

  Quando deu a meia hora, o professor liberou a gente. Peguei minhas coisas e sai literalmente correndo. Se eu estiver sorte meu pai pega um trânsito e se atrasa. Estava virando o corredor quando senti um mal no meu braço, reclamei de dor, foi bem numa parte que estava machucado.

- Desculpa- falou Gattaz- Rosa posso falar com você.

- Não dá Gattaz- virei e sai correndo.

  Corri pro ponto de ônibus, quando estava chegando vi o ônibus passando, Droga, hoje realmente estava sem sorte. Fui correndo pra casa, não ia dar tempo de espera outro ônibus. Quando cheguei em casa, meu corpo já estava muito dolorido, eu já estava passando mal devido o calor. Mais quando vi o carro do meu pai parado na garagem. Eu percebi que estava ferrada. Eu nem tinha recuperado da surra de ontem. Entrei em casa já segurando o choro.

- Onde estava Rosamaria- falou com sua voz grave, meu corpo tremeu todo.

- Na escola pai - falei com medo.

- VOCÊ ACHA QUE SOU OTÁRIO- avançou na minha direção, apertando minha bochecha - Tira este moletom.

- Pai por favor- falei já chorando- Eu estava na escola, o professor passou um trabalho aí demorou.

- TIRA LOGO - tirei meu moletom, dava pra ver as carca da surra de ontem. Vi meu pai tira o cinto - A calça também.

- Pai as marcas da minha pernas ainda estão abertas- Eu já não tinha mais força pra aguentar.

- TIRA - senti um tapa no meu rosto

Tirei minha calça, as marcas na minha perna estava aberta ainda, o que fez pregar na calça, senti uma dor absurda pra tirar. Cruzei meus braços no peito.

- Isso é pra aprender a não mentir pra mim - senti seu cinto castigado minha pele, a cada vez que pegava na minha pele eu sentinha ela rasga. Eu já não tinha mais força nem pra chorar. Depois de ele me bater pro um tempo, ele me largou- Vai pro seu quarto está de castigo- puxei minha calça- Só sai de la quando eu chamar- concordei com a cabeça- Sem janta pra você hoje.

Fui andando com dificuldades pro meu quarto, a dor já era absurda. Entrei no quarto, tranquei a porta, tirei minha roupas, em algumas parte do meu corpo estava sangrando. Peguei o porta retrato que tinha uma foto minha abraçanda com minha mãe, a gente estava sorrindo, acho que foi a última vez que sorri.

- Porque você tinha que morrer? - falei chorando - Porque me deixou com ele? -  deitei na cama abraçada o porta retrato- Me leva com você mãe - falei soluçando- Não tenho mais nenhum motivo pra viver, me leva com você mãe - Eu chorei tanto que não sei se dormi ou desmaie de dor.

Continuar...

You showed me love  (Rosattaz)Onde histórias criam vida. Descubra agora