Chegando em casa, apenas subi para meu quarto, ignorando a presença de Hyunjin, que estava saindo do quarto que dividia com o namorado.
Entrei em meu quarto, joguei as sacolas com minhas compras em qualquer lugar e me joguei em cima da cama. Pela porta aberta, consegui ver Felix entregando as bolsas para Hyunjin e dando um beijo na bochecha do mais alto antes de entrar no meu quarto.
- Você tá bem? Vi que você chegou pisando fundo - ele se sentou na cama e passou as mãos pelo meu cabelo.
- Não sei, tá tudo confuso na minha cabeça - fechei os olhos ao sentir o carinho do sardento em meus cabelos.
- É algo entre você e o Minho? - Não respondi, mas ele sabia que era. - Seja o que for, se resolvam. Não quero ninguém mal; aliás, estamos de férias, é pra ser um momento legal.
Ah, Felix, você é um amigo tão ótimo. Me sinto mal por mentir pra você e para os meninos.
- Espero, Lix - sorri para o mais novo.
- Descansa, tá bom? - Ele beijou minha testa antes de sair do cômodo.
Levantei da cama e guardei as bolsas com as compras. Logo troquei de roupa por uma mais confortável, apaguei a luz do abajur e, agora com o ambiente mais refrescante e escuro, pude dormir tranquila.
Por mais que minha cabeça não parasse de pensar na decisão certa que eu devo tomar, apesar de ser a mais dolorosa.
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Despertei do sono e, quando verifiquei as horas, já passavam das 18h. Bem, até que descansei um pouco.
Assim que iria me levantar para tomar um banho, a porta foi aberta, revelando Minho. Me sentei na cama enquanto observava ele trancar a porta e se sentar ao meu lado.
- Só estava esperando você acordar. Tá tudo bem?
- Tá sim.
- Tem certeza? - perguntou preocupado. - Porque tá estranho. Eu fiz alguma coisa?
- Minho, fala sério, qual é seu lance com a Hana? - Foi só uma simples mensagem, mas acabou me incomodando bastante.
- Não tenho nada com ela, meu bem. Ela é apenas iludida, mas sempre deixei claro que nunca voltaria com ela em hipótese alguma - tocou em minha mão que estava em cima da coxa.
- Lee, não quero mais que você seja meu namorado - afastei a mão de seu toque.
- O quê? Mas por quê? - arregalou os olhos. - É por causa da Hana? Eu posso—
- Não é por isso - o interrompi. - Apenas compreenda, agradeço muito por tudo que você fez, mas não dá mais.
Olhei para o mais velho uma última vez antes de sair do quarto, deixando-o confuso para trás.
Não me entendam mal; não posso continuar fingindo algo com Minho que eu queria muito que fosse real. Não posso continuar nisso quando estou começando a sentir sentimentos; tenho quase certeza de que vou me machucar ainda mais com a ex louca dele.
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Na hora de dormir, enrolei horrores para não subir para o quarto. Mesmo com a insistência do Minho, eu não queria falar com ele; minha decisão já estava tomada. Depois de tanto desistir, ele apenas subiu e eu fiquei na sala.
Com a derrota de não conseguir dormir novamente, fui para a cozinha e comecei a comer alguns biscoitos recheados que encontrei no armário. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para o Hyunjin pedindo para ele descer; eu precisava conversar. Por sorte, ele ainda estava acordado.
- O que aconteceu? Você não está com uma cara muito boa - falou assim que passou pela porta da cozinha e se sentou na cadeira em minha frente.
- Não vou enrolar muito. Bem, falei pro Minho que podíamos acabar com o namoro falso - encarei o Hwang.
- O que? Mas por quê? - franziu o cenho.
- Só não quero mais - menti, dando de ombros.
- Não mente pra mim, Sung. Sei que tem coisa aí e pode ir contando.
- É esse lance todo com a Hana que me deixa confuso. Talvez eu esteja gostando dele, só talvez.
- Jisung, o Minho não quer mais nada com a Hana. Ela é louca! O que ela mais precisa é levar uma surra pra virar gente - falou em um tom de voz baixo pra não correr o risco de ninguém ouvir.
- Ah, mas sei lá, acho que o fato de eu estar gostando do Minho me assusta - senti as mãos do mais alto segurarem as minhas por cima da mesa.
- E você sabe se ele sente o mesmo? - fiquei em silêncio. - Não sou eu quem tem que te dizer isso, nem você deduzir algo na sua cabeça. Só ele pode te dizer.
- Acho que você tem razão, mas preciso de um tempo pra pensar.
- Espere a gente voltar de viagem, que vai ser melhor. - De fato, nossos dias de viagem estavam acabando; logo tudo voltaria ao normal.
