Capítulo-27

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No dia seguinte, Jisung se sentia pior do que no dia anterior. Parecia que os remédios que havia tomado não fizeram efeito algum; sua cabeça doía um pouco, ele estava com bastante frio e já começava a tossir feito um cachorro. Novamente, naquela manhã, o alarme tocou e ele não se levantou, apenas desligou o aparelho.

Vendo que o amigo não havia descido para tomar café da manhã na hora de sempre, Hyunjin subiu e o encontrou na mesma posição da manhã anterior. Ele soltou um suspiro, aproximou-se da cama e balançou o mais novo.

— Ji? — falou calmamente. Logo, Jisung colocou apenas a cabeça para fora, mostrando seu rosto com um tom avermelhado.

— Hm? — respondeu, mas ainda se mantinha com os olhos fechados.

— Você deve estar com algum resfriado — disse, tocando a testa de Jisung e sentindo a temperatura. Ele estava um pouco quente.

— Não posso faltar no trabalho de novo — tentou se levantar, mas foi em vão; seu corpo estava fraco.

Hyunjin ajudou o mais novo a se sentar na cama e passou as mãos pelos fios de cabelo de Jisung, deixando-os alinhados. Bem, Jisung não tinha uma imunidade muito boa e sempre que ficava doente era desse jeito; literalmente o derrubava e o deixava indisposto para absolutamente tudo.

— Você vai ficar em casa; tá péssimo. Eu justifico sua falta. Se o chefe não acreditar, eu jogo uma cadeira nele — ouviu a risada fraca de Jisung. — Mas você não pode ficar sozinho aqui o dia todo.

— Posso sim — falou com a voz arrastada.

— Só se for pra você ficar jogado o dia todo na cama e os bichos te devorarem achando que você tá morto — Hyunjin se levantou e ficou de frente para Jisung. — Vamos descer, fiz um café bem reforçado pra você.

Depois de muita insistência, Hyunjin desceu na frente para a cozinha enquanto Jisung vinha atrás. Outro detalhe: quando Jisung ficava doente, ele andava mais devagar que uma tartaruga, quase parando.

Hyunjin tinha que tentar ao máximo fazer Jisung comer; quando ele estava doente, só queria dormir. Ele já não estava muito forte e, sem comer direito, era pra derrubar mesmo.

— Você vai acabar se atrasando — falou assim que se sentou na cadeira da mesa.

— Não tem problema, estou esperando o Minho chegar.

— O Minho? Por quê? — levou a xícara com chá até a boca e tomou um gole.

— Pedi pra ele cuidar de você.

— Que? — acabou se engasgando com o líquido, começando a tossir descontroladamente.

Hyunjin deu a volta na mesa e deu leves tapas nas costas do mais novo, que aos poucos foi parando de tossir. Ele tomou mais um pouco de chá, tomando cuidado para não se engasgar.

— Jisung, calma! Você já não tá muito bem — franziu o cenho, encarando o amigo quieto que havia ficado ainda mais vermelho.

— Como assim você chamou o Minho?

— Algum problema? — voltou a se sentar na cadeira de frente ao mais novo.

— Sim? — perguntou, óbvio, com uma sobrancelha erguida.

— Deixa de ser fresco, Jisung. Você sabe que não pode ficar sozinho. Com essa sua coragem, vou acabar chegando em casa mais tarde e encontrando só o corpo — falou, e Jisung fez uma careta, sabendo que era verdade.

— Mas não tinha outra pessoa?

— Não, ele foi o único disponível.

— Nem o Felix? — ele negou.

Felix era a pessoa mais desocupada que Jisung conhecia no mundo e, quando mais precisava, ele simplesmente estava ocupado. Coisa do universo?

— Bem, eu preciso ir — se levantou e pegou suas coisas, se dirigindo até a porta antes que Jisung fizesse mais uma pergunta.

— Calma, espera! — tentou chamar, mas ele já havia ultrapassado a porta.

Jisung bufou alto e voltou a tomar seu café da manhã. Não estava nem um pouco contente em ter Minho cuidando de si, mas ainda tinha uma pulga atrás da orelha achando que Hyunjin tinha planejado alguma coisa.



𝑵𝒂𝒎𝒐𝒓𝒂𝒅𝒐 𝑫𝒆 𝑨𝒍𝒖𝒈𝒖𝒆𝒍-𝑴𝒊𝒏𝒔𝒖𝒏𝒈Onde histórias criam vida. Descubra agora