Dois

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Havia boatos e lendas sobre o batman, haviam fatos sobre ele também, mas nada se comparava a isso agora eu via aonde ele "morava", ele me trouxe aqui isso abria espaço para uma dúvida, o que o Batman queria comigo?

-Jason eu quero te ajudar...-Ele falou como se lê-se minha mente, isso era assustador. -Quero que use essa sua força para uma coisa boa, não apenas para roubos, sei que ninguém te deu uma chance, porém agora tem, basta você aceitar.-Fiquei estático, a princípio não consigo acreditar, porém logo me cai a ficha.

-Serio? Você tá de brincadeira né? Eu... Você.... ah bats obrigado-Abraço ele pegando o desprevenido, Batman demora para alguns segundos para retribuir o abraço.

-Tem regras Jason.-Ela fala assim que o solto, eu já imaginava que teria, fico calado esperando ele falar sobre elas. -Você vai para uma instituição de acolhimento.

-Uma o quê?! - Estava incrédulo.

-Um lar a...

-Eu sei que merda é essa! É um orfanato!-Explodo, já havia ido para muitos, um pior que o outro, teve um que me fez roubar dentre outras coisas, também já tinha sido adotado, apenas para servir de mula, não ia me submeter a isso, não de novo.

-Jason apenas me...

-Não! Olha esquece bat... sei que acha que vai me ajudar mas já fui para diversos desse "lares de acolhimento", todos são uma merda!

-Jason não vou te deixar lá, bem não por muito tempo, você vai ficar alguns meses apenas, e ainda poderá treinar aqui, mas primeiro preciso saber se é confiável, e você precisa confiar em mim. Consegue fazer isso?-Paro a minha explosão... foi impressão ou o morcego disse que me adotaria?

-Vai me adotar?-Encaro as lentes brancas, sinto minha barriga dar voltas e por pouco não perdi o equilíbrio, nunca pensei que um dia poderia ser adotado ainda mais pelo vigilante de Gotham.

-Bem, Jason, eu não menti quando disse que quero lhe dar oportunidades.

Respiro fundo, uns meses Jason, não ferre tudo. Observo o local, ainda não gostava da ideia, mas se era isso que ele precisava para confiar em mim, acho que poderia fazer isso.

-Tá.-Respondo baixo ainda contrariado, um medo paira sobre minha cabeça "e se ele me abandonasse lá?", e" se ele visse que eu não valia o trabalho?" Afasto essa ideia, se fosse para ele fazer isso não me traria até aqui, não teria todo esse trabalho.

-Que bom que entendeu, você vai ter que treinar se quiser ir para as ruas, apareço nos dias dos treinos, não se envolva em atividades criminosas, não se meta em briga, irá voltar para escola, mas pode deixar que eu ajeito isso, no fim de cada dia irei querer um relatório.-Ele diz tudo aquilo e eu fico calado, quem faria tudo isso por um moleque que acabou de conhecer?

-Vamos?

Eu o sigo para o bat móvel e ele me deixa na frente de um abrigo. A fachada do orfanato é adornada com uma série de janelas grandes. Uma varanda acolhedora se estende pela frente do prédio, decorada com floreiras cheias de flores coloridas que adicionam um toque de alegria ao ambiente. Acima da porta principal, uma placa de madeira gravada com o nome

-Agora é com você.-Depois de sair do carro ele some, bato na porta, e espero, nada... bato de novo, uma velha com óculos atende, dou um sorriso.

-Oi, em que posso ajudar? - uma senhora, de cabelos grisalhos e olhos gentis por trás de óculos de armação dourada, abre a porta olhando para mim.

-Não tenho onde passar a noite.-Digo de maneira envergonhada.

A boca dela se curva em um "oh'' e ela segura meu ombro depois volta com seu sorriso dócil.

A Dupla Nem Tão Dinâmica.Onde histórias criam vida. Descubra agora