Rotina do Robin

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Já havia dois mês que eu tinha o manto, confesso achei que seria mais fácil, Bats ele está um pouco rigoroso, sempre que eu faço algo que ele juga errado ele fecha a cara. Como na semana passada que tivemos um luta com o duas caras.

-Escolhe cara ou coroa?-Ele me olha sem entender.

-Cara. -Chuto a cara dele. -Coroa. -acerto um gancho de direita dele, o nocauteado continuo dando alguns socos, e descontando a raiva da semana nele.- É parece que você tá sem sorte.- A sensação de trabalho comprido não dura muito.

-Robin.- Era só o que ele falava, e eu tinha que me virar para entender  o que eu fiz de errado, nesse caso Alf disse que eu foi muito agressivo.

Alfred era o dicionário das palavras não ditas do Bruce, como no treino que ele me deu, eu tive que lutar contra 30 robôs e no final ele só me olhou desapontado, Alfred disse que eu fiz muito estrago, e que uma luta deveria ser mais limpa.

Não estou querendo ser ingrato, apenas está difícil a comunicação, mas eu vou melhorar, hoje vamos lidar com traficantes de armas, temos a localização.

-40 tiros por segundos e vocês continuam sendo lentos. -Falo enquanto desarmo e nocauteio eles.

-Mas eu não. -O "chefe" da quadrilha dispara, desvio sem dificuldade, e dou uma cotovelada no maxilar dele.

-Robin!-Merda o que eu fiz dessa vez?

Andamos até a Bat caverna sem falar nem uma palavra.

-Robin precisamos que ele falasse. -Ele diz saindo do automóvel.

-Ele era um traficante, como eu ia saber que tinha que colocar um travesseiro antes de bater?- Pergunto furioso, Ele era o Batman conseguia a informação de outro jeito, tinha a liga da justiça, conseguia essa bendita informação.

-Você QUEBROU o maxilar dele! -Batman estava decepcionado, quando eu ia tomar jeito?

-Desculpa.-Falo emburrado. -Mas ele mereceu. -Saiu um pouco mais alto que um sussurro, quase imperceptível aos ouvidos do morcego.

A vida como Jason não estava diferente,  eu não tirava notas acima de C, e olha que o Alf tentava me ajudar, mas apenas não ia, frequentemente Bruce tinha que responder às ocorrências da escola, eu juro que tentava ficar longe de briga, até porque foi uma regra clara, mas esse povo da escola inventou até que eu vendia drogas, burgueses irritantes.

Pelo menos eu tinha um super amigo, Roy Harper, conhecido também como Ricardito, ele era um dos poucos amigos que eu tinha, okay o único.

Estava na cidade a mando de seu mentor, e em alguns dias eles nos "ajudava" nas patrulhas.

-Vai patrulhar essa noite? -Pergunto baixo.

-Vou para star city.-Como as cidades eram perto ele passava o dia aqui e algumas noites lá. -Problemas com o morcego?

-Acho que preciso melhorar a comunicação.-Digo brincando com o lápis.

-Como pretende fazer isso?

-Ainda não sei...

-Meninos gostaria de compartilhar a conversa?- A Professora pergunta, apenas dou um sorriso forçado e Roy diz não.

Depois da aula fiquei na caverna treinando e pensando em como melhorar minha comunicação com o Bruce, então decido procurar por segundas opiniões.

-Olha sei que começamos com o pé errado, mas...

-Relaxa Jason.- É só o que ela diz sem nem olhar na minha cara.- Ele já te irritou?-Ela fala com desdém, organizando os livros por gêneros.

-Não...sei-Acrescento baixinho, mexendo as mãos.

-Isso acontece, você espera que vá ser tudo perfeito, e o seu sonho americano vai por Água a baixo.

-Por que faz parte do time não concorda com o Bruce?

-Acho que o que ele faz ajuda as pessoas e quero fazer parte disso, mas o jeito que o B faz é errado. -Barbara coloca o ultimo livro no lugar e vira para mim. -Como você está? -Ela diz mais finalmente me encarando.

-Não consigo fazer nada direito...-Chuto de leve o carrinho com livros devolvidos.- Com certeza ele faria.- falo baixo, mexendo no meu cabelo.

 -Não faça isso.- Ela diz se aproximando. -Não se compare, você é único.- Seu tom suave, fez com que eu acreditasse. -Que tal uma patrulha.. apenas nós dois.

-Concordo.

Após amarramos três traficantes paramos para contemplar Gotham no telhado das industrias Wayne.

-Até que você manda bem em combate.

-Isso é uma conversa sincera?

-Pode ser.

-Como o primeiro era?

-Bem diferente, ele queria ser o Batman... até descobrir como o Bruce realmente é... então ele apenas se foi, fugindo do Batman e de todo o seu legado.-Ela encara gotham, claramente isso havia afetado ela.

-Deve ter sido difícil para você. -Coloco a mão no seu ombro, ela me encara com um sorriso gentil.

-Foi sim, mas ele está melhor longe disso, fez novos amigos e se recuperou de Gotham.-Seu sorriso agora melancólico cheio de lembrança e sentimentos. -Já que estamos sendo sinceros, por que quer tanta a aprovação do B?

-Não quero sua aprovação.- Sua cara cética me fez abaixar a cabeça envergonhado. -Só, ele foi a ubica pessoa que pois fé em mim, só que nada disso importa no campo, é como se existisse uma comparação, mesmo que ele nao diga em voz alta.-A luz estava cheia deixando o cenário lindo.

-Eles brigavam muito nos últimos dias, então provavelmente o problema é ele.-Barbara  diz dando de ombro.

-Talvez... mas por que não entra para polícia, sei lá fazer a diferença como seu pai, sem precisar de máscara e capa.-Troco o assunto da conversar.

- Meu pai odiados me ver na polícia, e convenhamos eu não sou igual ao comissário, não saberia como... -Ela parece procurar a palavrar- ajudar gotham.

Conversamos sobre algumas besteiras é depois fui para casa, amanhã era um novo dia, e talvez mudasse alguma coisa.

A Dupla Nem Tão Dinâmica.Onde histórias criam vida. Descubra agora