Epílogo

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Eu logo vou anunciar o segundo livro!! Votem muito

LARI

Assim que chego em casa minha irmã vem correndo me abraçar. Deixei as malas no quarto e fui tomar um banho, coloquei um pijama e fui pra sala. Minha mãe e minha tia continuavam caladas e ao mesmo tempo cochichando por ai.

- toma - falei dando a caixa pra minha irmã - o pai mandou pra você

- pra mim?? - ela diz animada

- sim, e ele disse que vai vir ver você - falei

Minha irmã abre a caixa e vê um vestido vermelho e cheio de babados, uma corrente de prata com uma bola de futebol no pingente. Desde pequena meu pai sempre me ensinou a gostar de futebol e com a minha irmã não seria diferente. Ela ficou toda feliz por que aqui em casa eu também tava ensinando ela a gostar de esportes.

- cadê a Lua? - perguntei

- não sei, ela só entra aqui, sai e fica dois dias fora - a mãe dela diz

- hmm - falei concordando, eu sabia que ela tava com o Gui

- você sabe onde ela ta Larissa? - minha mar pergunta

-  deve estar na casa da Ágatha mãe - falei - por que??

- casa da Ágatha? Claro - minha mãe diz

Eu passei a tarde vendo os jogos do campeonato Paulista e na segunda feira acordei cedo pra ir trabalhar. Até desacostumei com essa rotina chata mas assim que sai do trabalho fui direto pro morro. Tava esperando o momento que o Yuri ia me pedir desculpas. Assim que chego na entrada do morro vejo o riso do Gui.

- então ele foi mermo atrás de tu - o Gui diz rindo - ai ai esse alemão

- mas é claro que foi - falei - e cadê a Lua, ta presa no cativeiro? Ouvi dizer que ela só sai nos feriados

- aqui é só pau e água - o Gui diz e nós dois rimos

- daqui a pouco eu apareço por lá - falei

O Gui confirma e me deixa subir, fui andando pelas ruas do morro e isso aqui parecia destruído. Aonde eu passava ouvia coisas do tipo "traidora" " X9" e tinha certeza que estavam achando que eu tinha a ver com o estrago no morro.

Dei um grito no portão e logo o alemão apareceu me pedindo pra esperar. Então fico ali olhando o morro e logo vejo uma mulher descer o morro com uma criança, tinha uns 8 anos talvez o menino e ela só gritava com ele. O menino estava todo sujo de barro e com os pés descalços chorando.

O menino só me olhou por alguns segundos e manteve o olhar na rua, estava um puta sol quente e ele andando descalço. Aquela era a realidade do morro. Continuei obsevando, a mulher usava um shorts curto e estava fumando um baseado enquanto puxava ele pela mão.

- qual foi? - o alemão abre o portão e me dá um susto

- caralho Felipe, não chega assim - falei

- tava vendo o que? Que nao me viu aqui

- nada não - revirei os olhos e entrei na casa

A.N.A.R.C.O.SOnde histórias criam vida. Descubra agora