Capítulo 6⚔️

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Layla

Estamos nas fichas de inscrições para fazermos alguma atividade no instituto, como uma espécie de preparatório.

Todos pareceram adorar a ideia de arrumar papéis e ajudar a arrumar a sala de treinamento, essas são as tarefas dos escudeiros.

Eu suspirei, queria fazer algo mais emocionante.

Ouço então um senhor falar com o professor Evalon, este mesmo tem os cabelos grisalhos e barba cavanhaque nevada, parece ter envolta dos sessenta ou cinquenta e nove anos, é mais baixo que o professor dois palmos.

— Eu não posso ficar sem ajudante por mais um ano, professor Evalon. —ele disse— já não tenho mais o mesmo pique de antes, todos sabem bem.

Um suspiro do professor.

— Eu sei, senhor Edmundo, mas o que posso fazer se os alunos não querem se inscrever? Não posso obrigá-los. —disse Evalon — fora que sejamos francos, ajudar o senhor a cuidar das criaturas mágicas na sala habitat não é uma tarefa lá muito segura.

— Bobagem!

— No ano passado um aluno ficou sem a perna por causa de uma hidra. —o professor o encarou com tédio— e no ano anterior outro perdeu seis dedos por causa de um grifo.

— Ele demorou demais para dar o petisco e o grifo se irritou. -o senhor Edmundo tentou defender.

— E no anterior a este um aluno foi morto pelo dragão. -ele disse sério.

O senhor abriu a boca, mas então fechou, reconhecendo a gravidade.

— Eu avisei para não chegar perto da jaula dela.

O professor suspirou.

— Estamos a procura de um profissional para ajudá-lo com eles.

— Já faz dois séculos que procuram. -disse o senhor.

— Ainda botamos os anúncios nos sites e jornais. -disse o professor.

Eu encarei a ficha de inscrição, havia uma ficha abandonada ali, que todos passavam reto, a ficha de ajudante de cuidador de criaturas mágicas.

Eu me aproximei da mesma, observando os termos.

Se morrer é por sua conta em risco.

— Tocante. -murmurei.

Eu peguei a caneta, então, assinei o meu nome ali, queria algo melhor do que ficar arrumando o instituto e ouvir piadinhas dos outros escudeiros.

Eu deixei a caneta cair, pendurada no pequeno fio dourado, eu me aproximei do professor Evalon e do senhor Edmundo.

— Professor, posso saber quando posso começar? Na ficha não tem escrito. -falei.

Ele franziu o cenho.

— Qual das atividades escolheu?

Eu apontei para a ficha abandonada, o professor arregalou os olhos, ficando pálido, e o senhor Edmundo ergueu as mãos para o alto.

— Louvada seja a mãe! -ele exclamou.

— Tem certeza? Pode trocar se quiser. -disse o professor Evalon.

Senhor Edmundo fez cara feia para ele.

— Não, quero fazer aquela mesmo. —assenti— gosto de animais.

— Sabe que não são cachorros que imploram por carinho barriga, não sabe? -ele me encarou.

— Sei que são criaturas que podem me matar. -falei.

A Última Cavaleira| Cavaleiros da Madrugada Onde histórias criam vida. Descubra agora