Layla
Estamos nas fichas de inscrições para fazermos alguma atividade no instituto, como uma espécie de preparatório.
Todos pareceram adorar a ideia de arrumar papéis e ajudar a arrumar a sala de treinamento, essas são as tarefas dos escudeiros.
Eu suspirei, queria fazer algo mais emocionante.
Ouço então um senhor falar com o professor Evalon, este mesmo tem os cabelos grisalhos e barba cavanhaque nevada, parece ter envolta dos sessenta ou cinquenta e nove anos, é mais baixo que o professor dois palmos.
— Eu não posso ficar sem ajudante por mais um ano, professor Evalon. —ele disse— já não tenho mais o mesmo pique de antes, todos sabem bem.
Um suspiro do professor.
— Eu sei, senhor Edmundo, mas o que posso fazer se os alunos não querem se inscrever? Não posso obrigá-los. —disse Evalon — fora que sejamos francos, ajudar o senhor a cuidar das criaturas mágicas na sala habitat não é uma tarefa lá muito segura.
— Bobagem!
— No ano passado um aluno ficou sem a perna por causa de uma hidra. —o professor o encarou com tédio— e no ano anterior outro perdeu seis dedos por causa de um grifo.
— Ele demorou demais para dar o petisco e o grifo se irritou. -o senhor Edmundo tentou defender.
— E no anterior a este um aluno foi morto pelo dragão. -ele disse sério.
O senhor abriu a boca, mas então fechou, reconhecendo a gravidade.
— Eu avisei para não chegar perto da jaula dela.
O professor suspirou.
— Estamos a procura de um profissional para ajudá-lo com eles.
— Já faz dois séculos que procuram. -disse o senhor.
— Ainda botamos os anúncios nos sites e jornais. -disse o professor.
Eu encarei a ficha de inscrição, havia uma ficha abandonada ali, que todos passavam reto, a ficha de ajudante de cuidador de criaturas mágicas.
Eu me aproximei da mesma, observando os termos.
Se morrer é por sua conta em risco.
— Tocante. -murmurei.
Eu peguei a caneta, então, assinei o meu nome ali, queria algo melhor do que ficar arrumando o instituto e ouvir piadinhas dos outros escudeiros.
Eu deixei a caneta cair, pendurada no pequeno fio dourado, eu me aproximei do professor Evalon e do senhor Edmundo.
— Professor, posso saber quando posso começar? Na ficha não tem escrito. -falei.
Ele franziu o cenho.
— Qual das atividades escolheu?
Eu apontei para a ficha abandonada, o professor arregalou os olhos, ficando pálido, e o senhor Edmundo ergueu as mãos para o alto.
— Louvada seja a mãe! -ele exclamou.
— Tem certeza? Pode trocar se quiser. -disse o professor Evalon.
Senhor Edmundo fez cara feia para ele.
— Não, quero fazer aquela mesmo. —assenti— gosto de animais.
— Sabe que não são cachorros que imploram por carinho barriga, não sabe? -ele me encarou.
— Sei que são criaturas que podem me matar. -falei.
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A Última Cavaleira| Cavaleiros da Madrugada
FantasíaLayla Agreste, uma jovem leitora e garçonete durante o dia, e uma stripper em uma boate durante a noite, ela vive sua vida pacata e cheia de dores, sempre seguindo em frente, mas isso muda em uma noite, quase sendo vítima de estupro ela pensa que su...