Hannah
MINHA missão naquela manhã fora fazer mais trabalho sujo, na verdade, eu deveria cobrar algumas dívidas pendentes.
Pousei em um beco úmido e sujo, minhas botas estralando no chão e nas poças de água, uma fina chuva decidiu cair naquele dia.
Meus cabelos presos em um rabo de cavalo no topo da cabeça, uma jaqueta de couro caramelo e um jeans azul surrado.
Eu parei diante daquele pequeno bar duvidoso da periferia, um bêbado saiu de dentro dele cambaleando, ao me ver ele parou, olhou para a garrafa em sua mão e depois para mim duas vezes então ele a largou no chão, o vidro com o pouco que restava da bebida se estilhaçou.
Ele deu meia volta entrando no bar aos tropeções.
Então uma pequena brecha na porta foi aberta.
— O bar está fechado!
E a porta se fechou.
Eu solto um riso baixo.
— É mesmo?
Com um chute eu arrombei a porta, na verdade, a madeira se partiu em vários pedaços, voando no ar. A música parou, quem estava bebendo se assombrou.
— Eu decido quando essa porra abre ou fecha. -falei adentrando.
Eu olho para os músicos.
— Por que pararam?
Tremendo dos pés a cabeça eles voltaram a tocar e eu caminhei até o ser que se escondia atrás do balcão.
— Dia do pagamento, Pavo, é melhor que esteja com tudo em mãos. -falo.
Ele se ergueu e sorriu nervoso, a pele negra e os cabelos cacheados, os olhos cor de oliva que olhavam rapidamente para todos os lugares possíveis, em busca de uma forma de escapar.
— V-valquíria, você veio cedo hoje. -ele gagueja.
— Cadê o dinheiro? -o ignoro.
— E-eu não tenho...
Eu olho para ele.
— Não tenho agora! -ele reformulou a frase.
Mas eu vi claramente seus bolsos cheios e umas notas de galeões olimpianos escapando de seu colete.
— Ah, é? -ergo uma sobrancelha.
— S-sim, sabe como é, né? Movimento fraco. —ele disse— muito fraco.
— Com tanta gente aqui e músicos de qualidade? —olho em volta— você está bem demais.
Percebi uma movimentação estranha e pelo reflexo das garrafas próximas ao balcão eu vejo seus capangas viralatas se aproximarem devagar.
Um bar de lobisomens.
— Seus mestres estão muito injustos nos impostos ultimamente. —ele disse agora sem aquele nervosismo, sua real face a mostra, de um pilantra— você tem que admitir.
— Se quer a proteção de meus senhores para você e seus pulguentos deve colaborar. -meus olhos cintilaram.
— Eu não acho.
Eu me virei acertando um soco no rosto do lobisomem que avançou contra mim, a força o lançando contra as mesas metros longe, as quebrando com o impacto.
Os músicos estralaram os ossos e então começaram uma música alta e eufórica para abafar o som da briga.
Pessoas corriam para lá e para cá, outras se escondiam embaixo das mesas.
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A Última Cavaleira| Cavaleiros da Madrugada
FantasíaLayla Agreste, uma jovem leitora e garçonete durante o dia, e uma stripper em uma boate durante a noite, ela vive sua vida pacata e cheia de dores, sempre seguindo em frente, mas isso muda em uma noite, quase sendo vítima de estupro ela pensa que su...