Capítulo 19⚔️

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Layla

— Não tive a oportunidade de te parabenizar pela vitória. -Dexter me encontrou na ponte.

— Obrigada, então. -murmurei, fitando o rio.

— O que você tem? -ele me analisou.

Eu rolei os ombros.

— Nada demais. -falei.

— Acho que esse nada demais pode se resolver com um café, e com torta de morango. -ele me oferece seu braço.

— Não tem nada para fazer? Suponho que você seja ocupado. -falei.

— É claro que tenho, estou atolado de tantas coisas que acho que irei me afogar em algum momento neles. -ele disse.

Eu o encaro.

— Mas sempre terei tempo para você. -ele disse.

Ele apontou com seu braço novamente, eu o segurei.

— Isso. -sorriu de lado, caminhando comigo pela ponte.

Eu suspirei, caminhando com ele.

— Você foi incrível no jogo. -ele me disse.

— Pensei que estivesse com raiva pela derrota. -falei.

— Sei ganhar e sei perder, senhorita. -ele disse, cordial.

— Nesse caso, obrigada. -murmurei.

— E como está Darlion? -me perguntou.

— Com as costelas quebradas. -falei.

— Lamento muito. —ele disse— mas ele já estava provocando Brutus demais durante o jogo, eu avisei a ele que não controlo a vontade do dragão.

Eu o encaro.

— Como assim? -questiono.

— Os dragões são sered vivos como nós, Layla, sentem tristeza, raiva, alegria, tomam decisões, e tem suas vontades, Brutus havia explodido naquele momento, por isso ele atacou o dragão de Darlion, que também o estava provocando. —ele disse— mas garanto que ele se arrepende pelo o que fez com o dragão.

— Também sentem arrependimento? -questiono.

— As coisas mais sagradas para um dragão não são nem mesmo as chamas. —refletiu— e sim suas asas, podem até não ter fogo, mas o que é um dragão sem suas asas? É como perder parte de sua vida, eles respeitam isso, e Brutus está arrependido pelas asas.

Eu assenti.

— Eu ajudei a cuidar da asa de nevasca. —falei— rasgou feio, mas eu dei um jeito e conseguir aplicar pontos nas asas, se os deuses quiserem, elas vão colar e cicatrizar.

— Alguém boa com animais. -ele disse.

— Eu cuido das criaturas mágicas que os cavaleiros capturam. —falei— é um trabalho um tanto perigoso, muito perigoso, mas eu gosto, já me acostumei.

— Você tem fetiches sanguinários e suicidas, devo me preocupar? -me encara.

Eu soltei uma risada, saiu um pouco rouca, mas foi uma risada, uma curta gargalhada.

Dexter pareceu ter visto uma miragem, um fantasma.

— Sorria de novo. -pediu.

— Quê? -pisquei.

— Sorria de novo. -ele parece... Emocionado.

— Você já me viu sorrir antes, e rir. -argumentei.

— Sim, mas nunca foram pra mim. -falou.

Eu pisquei algumas vezes, o encarando, era verdade, já ri e sorri para outras pessoas, quase todas as vezes forçadamente, mas, eu ri e sorri naturalmente para ele, eu queria rir, queria sorrir. Então, sorri para Dexter.

A Última Cavaleira| Cavaleiros da Madrugada Onde histórias criam vida. Descubra agora