Capítulo 10⚔️

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Layla

Acaricio os cabelos de Dexter.

— Dex? -chamei baixinho.

Ouço um murmúrio sonolento.

— Trouxe café para você, eu que fiz. -falei.

Ele abriu os olhos, um pouco inchados, resultado da noite de lágrimas.

— Não sei se está bom, não sou uma boa jurada mas... Dei o meu melhor e fiz com amor e carinho. -falei.

Ele encara a bandeja de café da manhã que eu pus na cama, a mesma com as pernas aberta, em cima de seu colo.

— Confesso, na primeira tentativa eu queimei duas panquecas. —bufo uma mecha de cabelo— Nuka achou que eu estava incendiando a casa, mas o resto eu fiz certinho.

Ele pisca e me encara.

— Você está bem? -sussurro.

Ele não responde.

— S-se não quiser tudo bem! Eu entendo. -me movi, pronta para retirar a bandeja.

Ele segurou meu pulso, um movimento rápido e sem força.

— O que? -questiono.

Ele me puxou para si, me abraçando, eu retribuí o seu abraço, sabendo que ele precisa disso.

Ele fungou em meus cabelos, sentindo o meu cheiro.

— Obrigado por cuidar de mim. -ele murmura.

Eu afasto meu rosto, e o encaro nos olhos..

— Não tem o que agradecer, eu farei isso sempre, você está a todo o momento cuidando de mim, nada menos que eu faça o mesmo. -inclino a cabeça.

Eu voltei para a bandeja e ele me segurou.

— É claro que vou querer o café que fez para mim. -ele disse.

— Oh. —coro— achei que não... Deixa para lá.

Eu me afasto, caminhando até às janelas, afastando as cortinas, deixando a luz entrar.

Vejo de relance Dexter começar a comer o que está na bandeja.

— Se você mentir dizendo que está bom sem estar eu quebro um dente seu. -falo.

— Mas está ótimo. -aos poucos aquele brilho volta para o seu rosto.

— Mentiroso. -semicerro os olhos.

— Mas está ótimo, minha musa.

Suspiro aliviada por aos poucos ele ir voltando ao normal.

— Você já comeu? -ele pergunta.

— Já. -menti.

Não consegui comer, minha cabeça está tão cheia de coisas que nada me desce, a comida parece chumbo em meu estômago, não sinto um pingo de fome.

Dexter me encara como quem não se convenceu do que eu disse.

— Sem segredos, esqueceu? -me encara.

Solto um suspiro.

— Não consigo comer, quando estou preocupada demais nada me desce no estômago. -falo.

— Mas você tem que comer! -arregala os olhos.

— Depois eu tento comer algo, agora não. -falo.

— Layla...

— Não adianta forçar, já tentei, não consegui comer nada, só depois. -falo.

Ele assente.

— Não quer tentar nem comer um pouquinho aqui comigo? -pergunta.

A Última Cavaleira| Cavaleiros da Madrugada Onde histórias criam vida. Descubra agora