Layla
Acaricio os cabelos de Dexter.
— Dex? -chamei baixinho.
Ouço um murmúrio sonolento.
— Trouxe café para você, eu que fiz. -falei.
Ele abriu os olhos, um pouco inchados, resultado da noite de lágrimas.
— Não sei se está bom, não sou uma boa jurada mas... Dei o meu melhor e fiz com amor e carinho. -falei.
Ele encara a bandeja de café da manhã que eu pus na cama, a mesma com as pernas aberta, em cima de seu colo.
— Confesso, na primeira tentativa eu queimei duas panquecas. —bufo uma mecha de cabelo— Nuka achou que eu estava incendiando a casa, mas o resto eu fiz certinho.
Ele pisca e me encara.
— Você está bem? -sussurro.
Ele não responde.
— S-se não quiser tudo bem! Eu entendo. -me movi, pronta para retirar a bandeja.
Ele segurou meu pulso, um movimento rápido e sem força.
— O que? -questiono.
Ele me puxou para si, me abraçando, eu retribuí o seu abraço, sabendo que ele precisa disso.
Ele fungou em meus cabelos, sentindo o meu cheiro.
— Obrigado por cuidar de mim. -ele murmura.
Eu afasto meu rosto, e o encaro nos olhos..
— Não tem o que agradecer, eu farei isso sempre, você está a todo o momento cuidando de mim, nada menos que eu faça o mesmo. -inclino a cabeça.
Eu voltei para a bandeja e ele me segurou.
— É claro que vou querer o café que fez para mim. -ele disse.
— Oh. —coro— achei que não... Deixa para lá.
Eu me afasto, caminhando até às janelas, afastando as cortinas, deixando a luz entrar.
Vejo de relance Dexter começar a comer o que está na bandeja.
— Se você mentir dizendo que está bom sem estar eu quebro um dente seu. -falo.
— Mas está ótimo. -aos poucos aquele brilho volta para o seu rosto.
— Mentiroso. -semicerro os olhos.
— Mas está ótimo, minha musa.
Suspiro aliviada por aos poucos ele ir voltando ao normal.
— Você já comeu? -ele pergunta.
— Já. -menti.
Não consegui comer, minha cabeça está tão cheia de coisas que nada me desce, a comida parece chumbo em meu estômago, não sinto um pingo de fome.
Dexter me encara como quem não se convenceu do que eu disse.
— Sem segredos, esqueceu? -me encara.
Solto um suspiro.
— Não consigo comer, quando estou preocupada demais nada me desce no estômago. -falo.
— Mas você tem que comer! -arregala os olhos.
— Depois eu tento comer algo, agora não. -falo.
— Layla...
— Não adianta forçar, já tentei, não consegui comer nada, só depois. -falo.
Ele assente.
— Não quer tentar nem comer um pouquinho aqui comigo? -pergunta.
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A Última Cavaleira| Cavaleiros da Madrugada
FantasiaLayla Agreste, uma jovem leitora e garçonete durante o dia, e uma stripper em uma boate durante a noite, ela vive sua vida pacata e cheia de dores, sempre seguindo em frente, mas isso muda em uma noite, quase sendo vítima de estupro ela pensa que su...