— Melhor coisa da vida é acordar e ter um grande gostoso só de cueca em cima da sua cama — Elise disse após eu me espreguiçar finalmente acordando.
— E ter uma grande gostosa só de roupas íntimas enquanto pentea o cabelo também é — eu sorri me virando de bruços, abracei o travesseiro e mergulhei naquele soninho tão bom.
A mão de Elise estalou contra minha bunda em uma ardência que me fez reclamar.
— Quem mandou deixar essa bundinha dando sopa?
— Deixa eu dormir — afundei o rosto no travesseiro.
O sono ia caindo sobre mim confortavelmente levando toda a sensação de leveza e da dormência, até que uma cutucada na minha porta dos fundos fez meu corpo voar da cama
— Por Deus… — arfei recuperando o fôlego. Elise gargalhou malignamente.
— Finalmente, eu finalmente matei minha curiosidade! — ela gritou. — Que você tem esse buraquinho!
— Por que não teria?
— Por você é um arcanjo, ué. Como vou saber se anjos fazem cocô?
Eu revirei os olhos.
— Não faça mais isso.
— Ah meu caro, agora que eu sei que você tem... — ela sorriu perversamente. — Não terá paz até me liberar.
— Pois então viverei em guerra pelo resto da eternidade — depositei um beijo em seus lábios. — Vou tomar um banho.
Ela estalou a mão contra minha bunda de novo e sorriu tenebrosamente. Devolvi na mesma moeda e ela reclamou.
— Viu como é ruim?
— Porra, você não dá um tapa, vai logo quebrando meu quadril — ela fechou o rosto e pareceu ter ficado chateada.
Fui me banhar mas acabei quebrando o registro do chuveiro ao tentar abri-lo. Que droga, vou ter que trocar. Fazendo algumas improvisações consegui fechá-lo depois de acabar.
Meu corpo está todo dolorido, parece que levei uma surra ontem, mas fico feliz por estar vivo e aparentemente bem. E feliz também por nós e o que rolou, que foi… espetacular.
Só de lembrar fico em êxtase.
A fechadura da porta também quebrou quando fui abri-la, que coisa, tudo mal instalado.
— Quebrei todo o seu banheiro sem querer — apareci na cozinha secando o cabelo na toalha.
— Espero que conserte depois — disse ela comendo um pedaço de pão com presunto. — É o que tem pro café.
— Vou sim — beijei seu pescoço por trás, subindo até sua bochecha. Ela esquivou. — Não ficou chateada comigo por aquele tapa, né?
— Tá doendo, você colocou toda sua força, que é sobrenatural, machucou.
— Desculpa.
— Tá tudo bem, só tome cuidado, tenho certeza que não quer me assassinar sem querer.
— Com certeza não, meu am… — eu grudei os lábios impedindo o som de sair. Elise fixou os olhos nos meus e ouvi seu coração disparar no peito.
— Do que ia me chamar? — ela perguntou eufórica como se esperasse ansiosa pela resposta.
— Nada não.
Peguei um pão e segui comendo até uma caixa de bugigangas, que é a dispensa dela, pegar algumas ferramentas para arrumar a fechadura e o registro.
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O Diabo Também Chora
Misterio / SuspensoDepois da morte da sua querida esposa Liz, Lúcifer vive nas lembranças sem querer acordar para a vida atual. Mesmo sofrendo com todos os traumas ele tenta se reerguer e no meio disso, encontrou um trabalho em uma delegacia para sufocar seus sentimen...