Capítulo XLVII | Luxúria

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— Melhor coisa da vida é acordar e ter um grande gostoso só de cueca em cima da sua cama — Elise disse após eu me espreguiçar finalmente acordando.

— E ter uma grande gostosa só de roupas íntimas enquanto pentea o cabelo também é — eu sorri me virando de bruços, abracei o travesseiro e mergulhei naquele soninho tão bom.

A mão de Elise estalou contra minha bunda em uma ardência que me fez reclamar.

— Quem mandou deixar essa bundinha dando sopa?

— Deixa eu dormir — afundei o rosto no travesseiro.

O sono ia caindo sobre mim confortavelmente levando toda a sensação de leveza e da dormência, até que uma cutucada na minha porta dos fundos fez meu corpo voar da cama

— Por Deus… — arfei recuperando o fôlego. Elise gargalhou malignamente.

— Finalmente, eu finalmente matei minha curiosidade! — ela gritou. — Que você tem esse buraquinho!

— Por que não teria?

— Por você é um arcanjo, ué. Como vou saber se anjos fazem cocô?

Eu revirei os olhos.

— Não faça mais isso.

— Ah meu caro, agora que eu sei que você tem... — ela sorriu perversamente. — Não terá paz até me liberar.

— Pois então viverei em guerra pelo resto da eternidade — depositei um beijo em seus lábios. — Vou tomar um banho.

Ela estalou a mão contra minha bunda de novo e sorriu tenebrosamente. Devolvi na mesma moeda e ela reclamou.

— Viu como é ruim?

— Porra, você não dá um tapa, vai logo quebrando meu quadril — ela fechou o rosto e pareceu ter ficado chateada.

Fui me banhar mas acabei quebrando o registro do chuveiro ao tentar abri-lo. Que droga, vou ter que trocar. Fazendo algumas improvisações consegui fechá-lo depois de acabar.

Meu corpo está todo dolorido, parece que levei uma surra ontem, mas fico feliz por estar vivo e aparentemente bem. E feliz também por nós e o que rolou, que foi… espetacular.

Só de lembrar fico em êxtase.

A fechadura da porta também quebrou quando fui abri-la, que coisa, tudo mal instalado.

— Quebrei todo o seu banheiro sem querer — apareci na cozinha secando o cabelo na toalha.

— Espero que conserte depois — disse ela comendo um pedaço de pão com presunto. — É o que tem pro café.

— Vou sim — beijei seu pescoço por trás, subindo até sua bochecha. Ela esquivou. — Não ficou chateada comigo por aquele tapa, né?

— Tá doendo, você colocou toda sua força, que é sobrenatural, machucou.

— Desculpa.

— Tá tudo bem, só tome cuidado, tenho certeza que não quer me assassinar sem querer.

— Com certeza não, meu am… — eu grudei os lábios impedindo o som de sair. Elise fixou os olhos nos meus e ouvi seu coração disparar no peito.

— Do que ia me chamar? — ela perguntou eufórica como se esperasse ansiosa pela resposta.

— Nada não.

Peguei um pão e segui comendo até uma caixa de bugigangas, que é a dispensa dela, pegar algumas ferramentas para arrumar a fechadura e o registro.

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⏰ Última atualização: Apr 10, 2022 ⏰

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