Vamos começar agora — Você fechou a ficha dele e passou a mão trêmula sob a capa — Me conta sobre a sua vida, talvez os seus pais — Ele te olhava atentamente, os olhos azuis não quebravam o contato em momento nenhum.
— Eu não tenho o que falar sobre a minha vida, ou família. Eu não tenho família — Coringa rebateu imediatamente a sua proposta.
— Talvez nós podemos então começar com algumas peculiaridades sobre você — Ele parou por um instante e pareceu considerar o que você disse.
— Existe algo que você pode fazer por mim, doutora. -— Ele encarou os guardas atrás de você que faziam a sua segurança, como você estava de costa para eles e de frente para Coringa, consequentemente não conseguia vê-los, porém eles estavam dentro da sala observando Coringa atentamente.
— Claro, qualquer coisa. Quer dizer, posso. — Você se sentiu motivada ao perceber que ele parecia considerar o que você disse para ele.
— Não consigo ser espontâneo com esses caras olhando pra mim — Ele deu de ombros, e olhou por breves segundos pata eles, voltando em seguida o olhar pra você — Eu não vou falar sobre isso se não for apenas com você, esses assuntos são muito pessoais pra mim — prontamente você se levantou e se posicionou a frente dos dois guardas que já estavam com uma carranca no rosto ao escutar a ideia, porém eles saberiam que se você pedisse eles deveriam acatar a sua ordem, e assim você o fez.
— Poderiam deixar eu e o meu paciente a sós? — o guarda mais experiente pareceu não concordar com a ideia.
— Doutora, esse criminoso é de alta periculosidade e não é recomendado de forma alguma deixá-los a sós. — Você suspirou e coçou a testa.
"Tudo pelos meus pacientes, quanto mais confortáveis eles ficassem, melhor."
— Por favor, este é o meu trabalho. E além do mais, ele não representou nenhuma ameaça para mim até agora. Então por favor, se retirem — o mesmo guarda suspirou em desaprovação mas obedeceu a sua ordem. Você fechou a porta, e voltou para a mesa em que ele permaneceu sentado.
— Essas caras são uma piada — Coringa se inclinou para frente, cruzou os dedos e posicionou as mãos sob a mesa — O que gostaria de conversar, doutora? — Ele sorriu novamente.
— Para que eu possa te analisar bem, é preciso saber mais sobre você. — Você sorriu de maneira amigável, ele pareceu estar dando "match" nas suas expectativas como psicóloga.
— Bom, eu sou um criminoso — Ele riu — O que há de tão interessante nisso doutora? Além do fato de eu ser muito bom com as minhas mãos — Você ergueu as sobrancelhas, e ele riu. — Sou bom com esquartejamento de membros, esperta — Ele sorriu malicioso — Estou ficando interessado em você, gostei da linha de raciocínio. Tem interesse em saber?
— Oh, não. Eu estou impressionada, não sabia que você falava tanto. E a respeito da linha de raciocínio, eu apenas ergui minhas sobrancelhas não seja tão convencido — Ambos riram.
— Veio aqui pensando que eu ia colocar uma arma na sua boca? Eu não costumo ser tão bruto com as mulheres — Ele te analisou de cima a baixo, você engoliu a seco.
— Não imaginei, mas — ele te interrompeu novamente.
-— Eu estou morrendo de curiosidade para saber mais sobre você — Ele abriu um sorriso que você não tinha visto antes, continha uma certa maldade, seus olhos escureceram e suas pupilas dilataram. Você ficou em estado de alerta.
— Sobre mim? — Você arqueou uma sobrancelha.
— Com certeza — Ele se levantou, e deu dois passos na sua direção ficando perto de você. Ao seu lado ele parecia ser muito mais alto que você, como se seus olhos estivessem na altura do seu peito.
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The Joker: Crazy In Love
FanfictionDurante o período mais crítico e complicado na vida do Palhaço do Crime, foi quando o destino decidiu dar mais uma chance para o "Rei de Gotham". Após uma de suas não-admitidas derrotas, ele foi trancado de volta no Arkham Asylum: sem liberdade, sem...