Capítulo XXI - Court of Owls part. I

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— Como já havia dito, nós atuamos debaixo da cidade. Temos entradas no trem, pelos esgotos e subsolos de prédios marcados — Shaman caminha com Shan pelo metrô.

— Quer dizer que vocês são uma Lenda Urbana que mora em baixo da terra? — Shan questiona incrédulo.

— Basicamente, mas as reuniões acontecem nos subsolos. Por serem famílias ricas nós moramos em nossas casas.

Enquanto eu vou me foder por gente rica.

Shan, desfaça essa cara de desgosto. Vai receber dinheiro a cara assassinato encomendado pela Corte — Ambos se encaminham até o fundo de um corredor inativo metrô — Essa é uma das passagens — Shaman empurra a parede do corredor que logo cede, abrindo espaço para uma escada com uma descida escura.

— Se tentar me matar, eu mato você primeiro — Shan desce as escadas enquanto Shaman ri da ameaça.

— Não somos nós as pessoas que querem te matar — ele "puxa" a parede que logo se fecha deixando o corredor escuro. Shan abre a porta metálica pesada e revela um corredor luxuoso que dava entrada para uma sala, no meio dela se localizava uma mesa da cor creme e ele pode contar 25 cadeiras num total.

— São tantas pessoas assim aqui? — Shan se vira para Shaman que assente com a cabeça.

— São tantas pessoas assim aqui? — Shan se vira para Shaman que assente com a cabeça

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— Interessante, tem mais salas dessas aqui?

— Contamos com mais seis salas dessas, nos subsolos de outros prédios e um cassino.

— Entendi, um "cassino" — Shan acompanhou Shaman em meio às pessoas que olhavam para ele, todas elas estavam com roupas alinhadas e curiosamente: máscaras de corujas — Cacete, vocês parecem os Illuminatti... Bizarro.

— Não seja bobo, devia agradecer que te chamamos aqui... quer? — Shaman ofereceu a ele uma taça de Champanhe.

— Não obrigado, prefiro Soju — Shan negou enquanto olhava tudo en volta parecendo observar com estranheza.

— Podemos providenciar — Shaman deu um gole de seu Champanhe e olhou para Shan novamente — conhece seu país, não conhece?

— A Coreia do Sul, sim. Por quê? — Shan semi cerrou os olhos conforme o questionava.

— Provavelmente Coringa vá para o seu solo para poder terminar o serviço. Seria interessante ter você lá, talvez defenda a honra de seu pai... se você tiver é claro — Shan olhou com olhos de sensura na direção de Shaman — Sem ofensas.

— Claro que não — Shan revirou os olhos — Quer que eu vá pra lá?

— Seria interesse que Coringa soubesse que estamos a serviço, e não a favor dele.

— Quem mais eu posso encontrar lá?

— Somente ele, Batman gosta de enfrentar seus demônios em Gotham. Raramente verá ele fora da cidade.

— Entendi, e a garota... a S/N Reed. Vai com ele?

— Não temos como saber, talvez ele não arriscaria levá-la em algo que não seja do domínio dele. Coringa não sabe o que encontrar na terra de seu pai, afinal ele não está em Gotham.

— Entendido — Shan olhou em volta, e viu um garoto magro que vestia roupas de couro e botas grossas. Sua passada era firme e os olhos que se revelavam por trás da máscara eram expressivos, ele possuía uma capa preta e nas pontas dos dedos garras afiadas.

— Gostaria de te apresentar Shan, este é o Corvo tambem nosso novo assassino. Ele recentemente entrou para cá. — O rapaz permaneceu em silêncio olhando para os olhos dele — Crow, este é Lee Shan — os olhos do rapaz expressaram uma nítida surpresa que Shan não conseguiu entender, eles aprertaram as mãos enquanto Shan tentava decifrar o que estava acontecendo.

— Já se conheceram o bastante, hora de voltar ao trabalho Crow. — O rapaz assentiu com a cabeça e deixou rapidamente o recinto.

— Acho que ele me conhece.

— Conhecemos todo mundo aqui, isto não é novidade — Shaman deu de ombros — É melhor se acostumar.

Mas aquele ali era diferente...

— Agora que já sabe o seu propósito, vou te apresentar o traje que separamos pra você.

— Traje? Tipo super-herói? Tá achando que eu sou o que o Wolverine? — Shaman franziu as sobrancelhas ao escutar o que ele dizia.

— Não pode aparecer de cara limpa na rua, ou sua imagem estará condenada para sempre. Enfim, apenas me siga.

Os dois caminharam pela sala de reuniões e se dirigiram até o fundo de um corredor que ligava a sala para uma espécie de sala secreta, Shaman leu sua biometria e a porta se abriu automaticamente. Em cima de uma espécie de altar se encontrava suas roupas, duas adagas pratas e sua roupa com detalhes em preto e dourado. O que mais lhe chamou atenção novamente foi de fato a máscara que lhe seria dada, os detalhes dourados e o formato que remetia uma Coruja o tornava mais bizarro e intimidador.

— Vou lhe dar o tempo que precisa para se adaptar, vou esperar na sala. Fique a vontade — Shaman deu as costas e deixou Shan sozinho na sala, enquanto ele admirava o traje se encontrava pensativo se o que estava prestes a se comprometer era certo ou não.

"Meu pai ficaria orgulhoso disso?"
"Estou pronto para matar alguém?"
"Preciso lidar com tudo isso sozinho."

No instante em que olhou para o traje parecia ter flashes do que aconteceria, podia jurar que ouviu os gritos, as poças de sangue e o legado obscuro que iria construir. Porém, em um milésimo de segundo acabou por se lembrar do porquê estava lá, sem família, traído pelo destino e acolhido pelos braços do caminho morte.

"Se era isso que eu deveria ser... então que eu carregue todo esse peso nos meus ombros..."

Ele caminhou em direção ao traje e começou a se vestir, após todo o processo ter sido realizado ele se olhou no reflexo do espelho.
Agora, ele fazia parte de uma corte. Uma corte de peso, poder. Que faria de tudo para alcançar suas ganâncias e tirar quem for necessário do caminho, e ele então levaria consigo as garras mortais, e as "asas" que o levariam ao seu destino final.

— Como se sente Shan

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— Como se sente Shan...? — ele virou para trás de sobressalto, era Crow que estava de pé, até então em silêncio.

— É você... não te ouvi chegar — Ele pega as duas adagas — tenho a leve impressão de que te conheço.

— Talvez, mas novamente como se sente?

— Um pouco melancólico, mas nada de novo — Shan se encarou novamente nos seus trajes.

— Acontece... — Shan vira na direção de Crow que o encarou com os olhos fixos, logo ele pôs a mão em sua máscara e revelou então a sua verdadeira face, Shan o observou detalhadamente — Quem é você?

— Jankowski, Matthew. E preciso que me ajude com uma coisa...

The Joker: Crazy In LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora