Capítulo XI - Madness (Editado)

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Ele morto... as coisas estão começando a piorar.
Eu não tenho certeza se o Palhaço tem envolvimento direto com isso, mas o circulo (ou circo) está começando a se formar.

— Ei, Matt? Matt! — Richard tentava a todo custo trazê-lo de volta para a realidade, mas ele se manteve em silêncio.

— Richard... — A voz em tom baixo escapou por entre os lábios, enquanto manteve a cabeça baixa secando suas lágrimas.

— Que bom que está escutando. — Ele se levantou da sua cadeira e  se agachou ao lado da cadeira de Matt o olhando de baixo para cima. — Pode falar.

— Se isso te ajudar... dá última vez, que eu e meu irmãos nos vimos... ele tava diferente. Disse que tava trabalhando em algo, mas... não disse onde. — Os olhos dele encontraram os de Richard que o escutava atentamente. — Só que eu vi... — Ele suspirou após mais lágrimas rolarem pelo rosto.

— Matthew, o que você viu? — Ele disse cada palavra de maneira devagar para que ele o escutasse.

— Eu vi que ele tinha feito uma espécie de tatuagem, ou marca, não sei — Matt fechou os olhos tentando lembrar. — Pareciam risadas, escritas aleatórias, ele nunca deixava a gente ver — Richard franziu as sobrancelhas parecia pensar em algo, enquanto o celular de Matt vibrava inúmeras vezes.

— Ele estava trabalhando com ele. — Richard abaixou a cabeça. — Que droga!

— Richard, por favor... — Matt segurou o rosto dele — Ontem a noite quando eu pedi ajuda pra ele, antes dela ser levada ele não quis se intrometer, porque o "chefe" dele não permitia.

— Certamente ele não iria se meter no caminho do próprio chefe, até mesmo quem não trabalha com ele não se mete. — Richard disse em tom de alerta — Olha, o máximo que você pode fazer é se manter fora disso, não quero que aquele maníaco saiba que a gente esteve aqui... falando sobre isso.

— Me promete algo? — Matt se levantou após Richard ficar em pé.

— Eu acho que sim. — Richard colocou as mãos no bolso.

— Independente do que acontecer, coloca ele de volta no Asylum. — Matt abraçou Richard fortemente, para ele, o contato era tão mágico que sentia como se pudesse se aninhar nos braços fortes, pois independente da situação  ele saberia que ficaria seguro, como sempre esteve.

— Eu vou fazer o possível pra isso, Matthew —  Por um instante o mundo pareceu parar, Richard sabia o quanto era perigoso colocar o ex-namorado nessa situação, pois o Palhaço do Crime jamais média escrúpulos para conseguir o que queria, e muito menos para aniquilar os inimigos. Mesmo que mais pessoas tivessem que sofrer ou morrer por isso.

— Vai pra casa, e deixa isso comigo. Eu vou falar com o Bruce e vamos abrir uma investigação com a polícia. Vou fazer minha própria investigação por fora também, a polícia nunca consegue lidar com ele sozinho e quando eu e o Batman estamos trabalhando nós — Matt interrompeu Richard.

— Eu te amo — Matt entrelaçou os dedos pelos cabelos da nuca de Richard, fazendo o moreno arrepiar os pelos do corpo. Logo, as línguas se tornaram uma orquestra tocando um ritmo só. O beijo era carregado de saudades, quente, era a maneira que somente eles encontraram de dizer como sentiam falta um do outro em suas respectivas vidas. Matt por sua vez sentiu o coração bater forte, acelerado ao sentir as mãos de Richard apertarem de maneira forte a sua cintura, e o mesmo por sua vez percebeu sorrindo entre o beijo demorado. 

— Parece que as coisas não mudaram, não é? — Richard sorriu ao ver Matt com as bochechas avermelhadas.

— Você sabe que não — Matt sorriu tímido — Não queria ter te encontrado de novo nessa situação, e você sabe que eu teria te ligado se tivesse coragem, mas eu só — Richard interrompeu a fala dele, dando um breve selinho. 

— Minha vez de te interromper — ele sorriu — Ei, não precisa me explicar nada, a propósito eu ainda amo você também.

— Obrigado por tudo Richard — Matt sorriu. 

— Não precisa agradecer — Richard limpou a garganta — Eu sou péssimo por cortar clima, mas eu preciso voltar. A vida de super herói me chama, e você me trouxe bastante informação hoje, o Bruce vai gostar de saber disso.

— Não vou tomar seu tempo — Matt entregou a pasta que tinha recolhido com as suas informações — Fica com isso, vai ajudar. 

— Muito obrigada, Matt — Richard deixou a cafeteria acompanhado por Matt, mas ambos seguiram por direções diferentes, pois Richard deveria entregar tudo para Bruce o maia rápido possível.

Ainda restava muito trabalho a fazer...

Cobertura do Mister J, primeiro dia.

Você estava dentro do banheiro da suíte após aquele show de horrores que foram os últimos 40 minutos, a água que caía quente do chuveiro deslizava sob o seu corpo, o silêncio reinava lá dentro e apenas o som da sua respiração preenchia aquele lugar tão inóspito para você.

— Toc toc — A voz rouca ecoou vindo da porta do seu quarto.

— Vai embora! — Você disse num tom de voz alto enquanto estava sentada no chão do Box.

— Não vai acontecer... — Coringa entrou no quarto e sentou em cima da cama, as mãos ainda estavam sujas de sangue e as mangas da sua roupa estavam dobradas para cima.

— Por que você é assim? — Você disse de dentro do banheiro enquanto as lágrimas caíam pelo seu rosto — Me deixa ir embora, eu quero a minha família, os meus amigos...

— Eles não sentem a sua falta. — Ele disse em tom seco.

— Como você sabe disso? — Você se irritou ao ouvir a voz dele — Você nunca vai saber o que é sentir falta de alguém, de amar alguém. Tudo o que você conhece é destruir e matar! Você é um monstro!

Nada, nem ao menos nenhuma palavra foi escutada vindo do homem de cabelos verdes.

— Eu tenho nojo de você... — Você murmurou de dentro do banheiro, a risada característica do homem é ouvida em alto e bom tom. Logo, você escutou os passos pesados vindo devagar até a porta do banheiro que infelizmente você não podia fechar por causa da sua corrente.

— Nojo? De mim? Deveria ter deixado eles terem terminado o serviço que ele se propôs a fazer... — Coringa não hesitou em lembrar que matou o homem que iria abusar de você.

— Quer que eu te agradeça? — Você perguntou em tom irritadiço.

— Continue mentindo pra si mesma, Doutora. A verdade é que eu tô sempre salvando a sua pele...

Esse homem é um completo desafio, e o pior de tudo era que ele não estava mentindo...

Você... Droga! — A sua voz falhou, pois as lágrimas insistiram em cair.

— Oh, não... a verdade é assim tão dura de se ver? — Ele saiu da porta, e abriu a porta do Box do chuveiro, o cheiro de perfume misturado com o sangue seco invadiu o local que você estava, como ele conseguia ser tão atraente e apavorante? Ele poderia mexer com a sanidade de qualquer um. Você abriu espaço ficando bem no canto do box em pé, enquanto ele lavava o sangue sem tirar os olhos de você.

— Me agradeça. — Ele diz enquanto lavava os punhos, você permaneceu alguns segundos em silêncio, até que ele deu um sono na parede. — ME AGRADECE, PORRA! — Seu coração acelerou e as palavras escapam da sua boca.

— Obrigado Coringa. — Ele não satisfeito segurou seu rosto forte e te puxou na direção dele ficando cara a cara.

— Mais alto.

— Obrigado — Você disse em um tom mais alto, e a mudança de humor repentina do homem aconteceu, ele abriu um sorriso de satisfação e solta seu rosto, acariciando suas bochechas levemente avermelhadas pela força das mãos dele.

— Isso — A voz rouca desceu para seu ouvido — Se continuar assim, posso considerar em soltar as correntes... — Para a sua surpresa, ele te beijou repentinamente. As mãos dele desceram pelo seu corpo nu, elas te apertavam e ele te prensava contra a parede — Eu sequer consigo me controlar perto de você senhorita Reed — Ele riu — Em outras ocasiões, eu já teria matado você. — Ele tirou as mãos de você e se afastou, causando um grande ''vazio'' na sua frente.  Ele tirou a camisa suja de sangue, e saiu do Box do banheiro. Você observava todas as tatuagens do corpo ele — Mais tarde, Frost vai vir aqui... — Ele disse abrindo o cinto das calças, deixando-as cair no chão ficando a mostra a cueca branca com as escritas "hahahaha" estampando o tecido.

— Eu quero ficar sozinha — Ele se virou e os olhos azuis intimidadores fitaram você, ele tinha uma encarada mortal.

— Se eu disser que você vai, você vai — Ele saiu do quarto, antes que você sequer tivesse tempo de responder. 

Ele ainda vai acabar com a sua sanidade...

The Joker: Crazy In LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora