Ultimamente Gotham não tem sido mais a mesma, o lugar que um dia já foi silencioso e calmo acabou virando um caos por completo. Os criminosos de alta periculosidade que estavam presos, fugiram na mesma noite do Palhaço em Arkham, esse lugar não tinha mais solução e as pessoas não queriam ver isso. A rotina era sempre a mesma, ligava a TV da cobertura para escutar as notícias e nada de diferente: criminosos fugindo, assalto a bancos, assassinatos, pessoas desaparecidas.
''Céus, esse lugar é o inferno.''
Desde quando Shan decidiu sair da terra Natal e se mudar para Gotham, ele percebeu o quanto amava Seul, pelo menos os mafiosos e assassinos eram mais discretos, eles escolhiam uma vítima de acordo com os seus envolvimentos no mercado ilegal asiático e desapareciam com elas. Parecia pelo menos mais justo, já Gotham escolhia aleatoriamente suas vítimas sem um motivo plausível, ou ao menos explicações. Elas poderiam ser crianças, idosos, mulheres, homens...
Shan, que observava atentamente os prédios iluminados no andar de sua cobertura de luxo, se encontrava deitado na cama, nu após o banho enquanto pensava alto. No quarto, ele manteve a TV ligada no principal canal de noticias que passava uma série de crimes que haviam sido cometidos."Nesta noite foi registrado mais um assassinato. Um homem de aproximadamente 28 anos foi encontrado morto em uma calçada perto de uma casa noturna, a vítima foi executada com sete tiros e apresentava modificações corporais, os médicos legistas apontaram que a língua do rapaz foi decepada de sua boca. A polícia ainda procura por suspeitos."
— Mas que porra é essa... — Shan franziu o cenho, e se mexeu entre os lençóis de seda — Gotham não tem volta. — Ele deu uma olhada nas mensagens, e bloqueou o celular.
A noite de Gotham era fria e violenta, sem abrir espaço para receber ninguém. E a única conclusão que poderíamos chegar era que seria melhor ficar em um lugar seguro, se não vai acabar igual a esse cara: morto e sem língua.
Gotham City: 3:48pm
A Starbucks permanecia da mesma maneira de alguns bons anos atrás, mesas com dois assentos perto da fachada de vidro, e ao lado do balcão de atendimentos mais algumas mesas para famílias ou grupos de amigos.
''Mas esse não era o meu caso.''
Mesmo depois de tanto tempo sem vê-lo ele ainda se encontrava nervoso, um pouco impaciente porque ele sempre costumava se atrasar, porém Robin não poderia culpá-lo pois sempre estava deslumbrante aos seus olhos.
Observando pela fachada, ele pode perceber o grande movimento lá fora. Pessoas rindo enquanto conversavam, outras apressadas para seus compromissos, enquanto algumas simplesmente andavam pela rua sem ter um motivo aparente.
''Talvez gostem de passear, enfim não posso julgar sendo que o que nos separa é apenas uma vidraça, e o fato de que somos estranhos? Por Deus, Robin! Você consegue extremamente imperativo e analítico quando está ansioso... Droga, preciso tomar algo pra me distrair.''Ele andou até o balcão de atendimentos na direção de uma moça de estatura baixa, ou talvez média, de cabelos pretos e piercings se virou com um pequeno sorriso para me atender:
— O que gostaria, senhor?
— Bem, algo que me acalme. Acho que estou prestes a engolir meu próprio olho — Ela riu do meu comentário, e pareceu considerar o que eu disse.
— Ora, todos nós temos dias ruins — Ela se virou e começou a preparar um café que apenas pelo aroma poderia curar até os piores traumas da vida de Robin.
— É, mas sei lá, hoje é bom e ruim. Não sei definir exatamente o que está acontecendo com a minha vida.
Robin versus Atendente, quem ganha na sessão terapêutica em cafeterias?
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The Joker: Crazy In Love
FanfictionDurante o período mais crítico e complicado na vida do Palhaço do Crime, foi quando o destino decidiu dar mais uma chance para o "Rei de Gotham". Após uma de suas não-admitidas derrotas, ele foi trancado de volta no Arkham Asylum: sem liberdade, sem...