Capítulo XIV - Nightmares (Editado)

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Você tentava dormir todas as noites, mas desde quando foi obrigada a passar informações sobre Shan, sua mente ficou perturbada. Era melhor que Coringa soubesse pela sua boca do que ir até ele atrás de informações e acabar descobrindo sobre o breve momento em que tiveram.

A apreensão e angústia te deixaram nos nervos, esta noite você estava tendo pesadelos intensos.

As imagens horrendas com Coringa, a visão dos seus pais que apareciam frequentemente nos seus sonhos. Era como se conseguisse ouvir seu pai lhe dizendo para fugir desse lugar, sua mãe com lágrimas aos olhos gritava com você em um cenário mórbido e conturbado. Ela lhe chamava de fraca e assassina, pois deixou que um homem fosse morto na sua frente por conta do seu próprio orgulho e ego, talvez se não tivesse enfrentado Andrew na boate para defender sua melhor amiga ele não estivesse morto.

Será que ela sente a dor por descobrir que foi assassinado?

Mais imagens perturbadoras e traumas da sua infância se misturaram ao sonho que te deixou agitada, podia sentir seu corpo se debatendo e virando de um lado para o outro em cima da cama, você tentava acordar mas era quase impossível sair daquele pesadelo, até que você escutou barulhos de tiro e acordou no sobressalto. Você se sentou abruptamente na cama e colocou as mãos no rosto.

— Sinto muito pelo que aconteceu com você e sua família.

— O que? — Você disse confusa e assustada.

— Você fala enquanto dorme, parece que não teve a vida muito fácil. Embora sua família parecesse de comercial de Margarina. — Ele disse fitando o vão entre as cortinas fechadas que revelava Gotham e as luzes da cidade.

— Isso não importa aqui. — Você respondeu em tom frio, e ele olhou novamente para você.

— É a primeira vez que uma psicóloga não quer falar sobre seus traumas e sentimentos comigo. — Ele respondeu em tom de brincadeira. — Sabe, eu tenho experiência com isso.

— Por que eu falaria? Logo pra você. — Ele suspirou, e se sentou na beira da sua cama. Estava com uma camisa social com os primeiros botões entreabertos, e cabelos vibrantes jogados para trás.

— Fleck, Arthur — Ele estendeu a mão.

''Mas ele não aperta as mãos de ninguém...''

Você permaneceu confusa olhando para ele por alguns segundos, mas lentamente você estendeu a mão de volta para apertá-las.

— Reed, S/N.

— Eu já conheço você — Ele respondeu em seu tom habitual, sério.

— Já ouviu falar de mim? Antes do Asylum.

— Não, eu roubei seu registro pessoal enquanto me ajudava a fugir de Arkham — Ele te observou permanecendo em silêncio, sua expressão decepcionada poderia expressar um "Ah" para os bons entendedores. Alguns segundos depois, você acaba se encolhendo ao ouvir a risada baixa de Arthur.

— Hahahaha, não consegue esconder a decepção, não é? Parece que mesmo com tantos problemas ainda não criou uma casca para parecer mais durona.

— Muito pelo contrário, decidi lidar com os meus problemas.

— Mentira — Ele rebateu imediatamente.

— O que?

- Não "lidou", Doutora. Apenas decidiu ignorá-los. — Sem que você ao menos pudesse perceber, ele já estava mais próximo de você. — Só colocou a roupa de boazinha, para que pudesse ficar mais longe da raiva que você sente pelo que fizeram com você quando era nova — Ele chegou mais perto — Eu posso te libertar disso.

The Joker: Crazy In LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora