two - my almost freedom

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Minha quase liberdade

Havia os dias que pareciam ser melhores que os outros pela forma que começava

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Havia os dias que pareciam ser melhores que os outros pela forma que começava. Quando voltava para o quarto e via Feyre na minha cama já poderia dizer que seria um dia tempestuoso para minha mente – meus pesadelos mais vivos do que nunca –. Por outro lado, quando conseguia dormir um pouco mais antes de acordar assustada o dia seria mais calmo. 

Hoje parecia que seria um dia bom, pude escolher meu próprio vestido sem a intervenção de ninguém: verde claro com as alças subindo numa espécie de colar, deixando meu ombro a mostra. Mas o que quer que desse uma sensação de dia bom foi embora assim que pisei no corredor, Ianthe continuava com sua obsessão por Lucien. 

A Sacerdotisa encurralava-o na parede, tentando fazer algo que eu realmente não queria descobrir. Fiquei apoiada na porta do meu quarto, esperando para ver se a loira percebia o que ela fazia, ou desistia; quando nenhum dos dois aconteceu pigarrei levemente, o que chamou a atenção dos dois. Ianthe tinha um sorriso presunçoso no rosto enquanto Lucien poderia sumir se tentasse se encolher um pouco mais. 

— Lucien, — foquei minha atenção nele, ignorando totalmente a loira — estava indo te procurar para ir fazer aquilo que combinamos, mas acho que não será mais necessário. Vamos?

Ele não questionou a mentira. Aceitaria tudo para sair da situação em que estava. Por outro lado, Ianthe faltava jogar fogo pelos olhos devido o ódio com que me encarava. A máscara dela não aguentava muito, então. 

— Claro, Lay. Estava indo lá para baixo para te esperar, já terminei tudo aqui. 

Apenas concordei com a cabeça e enlacei meu braço no dele. Estávamos quase saindo do corredor quando virei-me para Ianthe que continuava parada no mesmo lugar. 

— Tente não fazer isso na frente do meu quarto na próxima vez, ou em lugar nenhum. 

Quase pude sentir Lucien tentando apertar meu braço com mais força conforme descíamos as escadas. Longe o suficiente de qualquer um escutar, ele pôs se a falar. 

— Odeio quando ela faz isso. Odeio-a. 

— Mútuo —digo enquanto o abraço. Não sei exatamente por quanto tempo ficamos assim, mas foi o suficiente para Ianthe descer as escadas e estampar um olhar de ódio novamente. Não havia ninguém perto quando perguntei. — Podemos sair daqui? Qualquer lugar, por favor. 

Era como se eu pudesse escutar as engrenagens funcionando dentro da cabeça de Lucien, ponderando se seria uma boa ideia ou não. Se Tamlin descobrisse estaríamos fodidos, mas eu tinha certeza de que não aguentaria mais um dia dentro dessa mansão. Eu precisava sair para pelo menos aguentar mais um pouco. 

— Nem que seja só por alguns minutos — supliquei, afastando-me do abraço. — Não precisa ser muito longe. 

Sabia a resposta que ele me daria pelos seus olhos e não evitei o sorriso que surgiu no meu rosto. 

Corte de Mudanças e Sonhos - Versão AntigaOnde histórias criam vida. Descubra agora