Viagem de negócios e uma dose de desconfiança

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— O que acha de sexo para comemorar? — Harry sai do banheiro após seu banho e caminha até a cama, com uma toalha enrolada na cintura.

— Não vamos fazer sexo até você melhorar. — digo sério, recebendo um revirar de olhos.

— Achei que estava brincando, Louis. — o cacheado desenrola a toalha do seu corpo e caminha até o guarda roupa — Nem sabemos quanto tempo isso vai durar.

— Pois então torça para que seja pouco. — ele não me olha. Permanece de costas para mim enquanto procura por algo para vestir. Aproveito o tempo para apreciar seu belo corpo nu.

— O sexo me ajuda a dormir. — se pronuncia após alguns minutos — Não faz isso, Lou. Temos que chegar na oitenta, lembra? — ele veste apenas uma boxer branca e se aproxima da cama novamente — Você nem vai conseguir resistir.

— Não duvide da minha capacidade. — sento-me sobre o colchão e ergo uma das sobrancelhas, desafiando-o — Você é quem não aguenta com todo esse fogo.

— É, eu não aguento. — ele se joga ao meu lado na cama — Por isso estou pedindo que não faça greve.

— Você aguentou um mês.

— Situação totalmente diferente. Você não estava aqui, mas agora está. — seus olhos analisam meu corpo de cima a baixo — Como vou resistir a isso?

— Eu fiquei muito preocupado dessa vez, Harry. Você praticamente desmaiou, ainda com meu pau dentro.

— Foi algo diferente do habitual, foi intenso e meu corpo não aguentou.

— Esse é o problema. — me inclino sobre seu corpo, beijando seu lábios — Tenta dormir um pouco. Naturalmente.

— Você sabe que quando for embora eu não vou conseguir dormir, não é? — ele fecha seus olhos e balança a cabeça — Eu não vou conseguir sem um remédio, ou...

— Então você quer que eu fique aqui todos os dias para você dormir? — assente — Assim estará dependendo de algo para dormir também. Não é certo.

— Eu não ligo, okay? Eu só quero dormir um pouco. — ele pisca seus olhos marejados em minha direção — Por favor...

— Vamos aos poucos. Tudo bem? — ele assente, desviando o olhar — Eu vou te ajudar.

— Vai dormir todos os dias aqui?

— Harry, você sabe que isso não é possível. — respiro fundo — Eu não posso simplesmente me mudar para cá.

— Não pode, ou não quer?

— É tudo muito recente, isso seria loucura.

— Eu sei... — seus olhos se fecham e um suspiro sofrêgo escapa por entre seus lábios — Eu sei, Lou. — suas pálpebras se abrem e seu olhar encontra o meu outra vez — Posso confessar uma coisa?

— Claro!

— Eu não estava pronto para me envolver emocionalmente com alguém até você aparecer. — engole seco — Tinha medo de estragar ou de... Não sei! A morte da Chelsey me deixou traumatizado.

— Você não vai estragar tudo.

€— Na primeira vez que quase te beijei no seu apartamento, o medo me atingiu e eu me desesperei. — ele continua — Fui até seu banheiro e acabei derramando algumas lágrimas, porque eu queria tanto... Mas tudo é tão natural entre nós que não consegui controlar. Quando me toquei já estava completamente apaixonado, Louis. Se eu tivesse continuado com minha covardia, eu não teria você agora.

— Todos nós temos medos, Harry. — me inclino, beijando carinhosamente o canto da sua boca — Isso não quer dizer que somos covardes.

— Eu quero tanto que toda essa confusão acabe. — ele segura meu rosto com uma das mãos e acaricia minha bochecha com o polegar — Quero apresentá-lo para todos. Poder me gabar do quão sortudo eu sou por ter o namorado mais lindo e incrível desse mundo todo.

Turning PageOnde histórias criam vida. Descubra agora