Turning Page

Inseguranças e discursos

Alguns dias depois do que aconteceu no meu apartamento, eu finalmente estou morando com o amor da minha vida. Apesar de estar receoso em dar um passo tão grande, sinto-me tão feliz que mal consigo parar de sorrir.

Yeah, eu me sinto em casa.

Termino de vestir a camiseta da banda Kiss do Harry que tanto amo e analiso meu reflexo no espelho. Por que minhas coxas parecem mais grossas? Ganhei peso sem perceber?

— Que cheiro incrível! — a voz de Harry soa próxima a minha nuca. Seus braços envolvem minha cintura e seus lábios deslizam preguiçosamente pela pele do meu pescoço — Como foi o seu dia?

— Fiquei a tarde toda assistindo filmes. — dou de ombros, sentindo meu corpo estremecer ao sentir sua mão deslizar por minha silhueta — Ahn... E o seu dia? — afasto-me do seu corpo e me viro de frente para ele — Como foi?

— Tive inúmeras reuniões. — sua expressão se fecha — Estava morrendo de saudades. — ele se aproxima novamente, puxando-me pela cintura e beijando-me com urgência.

Fecho meus olhos, me entregando a aquele beijo quente e delicioso. Tudo parece surreal quando nossos lábios se tocam.

Meu corpo se enrijece ao sentir sua mão deslizar por minha silhueta mais uma vez, indo de encontro ao meu quadril.

Aperto meus olhos com força e engulo o nó que se forma em minha garganta. Harry parece notar meu desconforto, então quebra nosso beijo e analisa cada detalhe do meu rosto com atenção.

— Tudo bem? — assinto um tanto envergonhado — Não é a primeira vez que se esquiva assim. O que está acontecendo?

— Nada, impressão sua. — forço um sorriso, tentando convencê-lo — Eu só estou com dor de cabeça. Tudo bem se a gente não fizer sexo ?

— Amor, não fazemos sexo há semanas. — seus olhos analisam os meus — Eu só estava beijando você. Sem segundas intenções, juro.

— Só estou indisposto.

— Está indisposto ou você não quer? Não precisa inventar desculpas para não transar, meu amor. Se você não quer, não fazemos.

— Eu quero, é que... — abaixo a cabeça, ao mesmo tempo em que cutuco a barra da camiseta — Naquela noite... — suas sobrancelhas se unem — Adam tentou...

— O quê? — sua expressão concentrada é substituída por uma raivosa — Ele tentou o que?

— Ele me tocou de uma maneira que... — balanço a cabeça, engolindo o choro — Eu fiquei apavorado e não consigo tirar aquela imagem da minha cabeça, entende? Toda vez que você me toca com malícia eu sinto dor, Harry.

— Louis, por que você não me disse isso antes? Meu amor, me perdoa.

— Você não tinha como saber. — abaixo a cabeça, envergonhado — E-eu quero tanto transar com você, mas não consigo.

— Tudo bem, tudo bem. — o cacheado me puxa para um abraço — No seu tempo, amor. — sinto um beijo sendo depositado no topo da minha cabeça — Eu juro que vou acabar com a vida daquele desgraçado.

— Você ainda me acha bonito? — fecho meus olhos, apoiando minha cabeça em seu peito — Meu corpo e...

— Você é perfeito! — diz de uma vez, intensificando o aperto ao meu redor — Por dentro e por fora. E eu te amo!

— Não notou nada diferente? — ergo minha cabeça, observando sua expressão confusa — Minhas coxas estão mais grossas.

— Yeah, eu notei como você está ainda mais gostoso assim que entrei no quarto. — um sorrisinho malicioso curva seus lábios, revelando uma covinha atrevida em sua bochecha esquerda — Eu pensei " Caramba, meu namorado é tão gostoso. Como isso é possível?"