Sentimentos sinceros

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Capítulo ficou pequeno, mas bem fofinho pra vocês.

Em breve teremos a audiência e mais alguns acontecimentos para finalmente chegarmos ao fim.
Boa leitura!



×××


Os sons suaves das ondas se quebrando na praia me acalmavam. Apoiei o queixo nos joelhos, me perdendo na beleza da praia. As gaivotas sobrevoando minha cabeça, o ir e vir da água e a paz absoluta.

Observei Harry sair da água com Amélia no colo, eles riam um para o outro, aquecendo meu coração. O cacheado usava apenas um short amarelo, deixando metade das suas coxas fartas descobertas. Ele se aproximou, deixando Amélia no chão e se sentou ao meu lado.

— Não vai entrar na água, amor? — pergunta subindo suas mãos por meus braços, até meus ombros e pescoço, pegando meu rosto — Está uma delícia.

— Quem? Eu ou a água? — fecho meus olhos ao sentir seus lábios sobre os meus.

— Os dois. — sussurra contra minha boca e se vira para a filha sentada na areia — Está com fome, querida?

— Eu já comi, papai. — diz, sem tirar seus olhos das conchinhas sobre suas mãos — O Lou me deu biscoitos quando chegamos.

— Vocês comeram biscoitos escondidos? — Harry indaga, fingindo chateação — Sem o papai?

— Não fica triste, papai. — Amélia pega um punhado de areia e esfrega no braço do pai — Você pode comer, sobraram dois.

— Só dois? — Harry abaixa a cabeça, fingindo chorar. Amélia me olha com uma expressão assustada, voltando a olhar para seu pai sem saber o que fazer.

— Papai, não chora. — ela estica sua mãozinha cheia de areia e toca os cachos úmidos de Harry — Vamos fazer mais depois.

— Estou brincando, meu amor. — o cacheado ergue a cabeça e ri, puxando a filha para seu colo — Só estava brincando, okay?

— Que coisa feia, papai. — ela repreende, cruzando os braços — Não pode fazer isso.

— Mas eu estou realmente triste, princesa. — Harry respira fundo antes de continuar — O Lou não quer mais me dar... Beijinhos.

Arregalo meus olhos.

— Mas vocês acabaram de dar um. — suas sobrancelhas se unem em confusão.

— Mas foi só esse, e não teve magia.

Amélia alterna seu olhar entre eu e seu pai, como se estivesse ponderando sobre o que fazer.

— Harry, não seja dramático. — digo, arrancando-lhe um suspiro falso — Se eu fiz isso é porque houve um motivo.

— O que você fez, papai? — minha pequena o encara com as sobrancelhas unidas em concentração. É surreal a forma que eles se parecem tanto.

— Nada!

— Quando um casal fica muito tempo dando beijinhos, eles se casam, não é? — ela comenta, com os grandes olhos fixos em mim — Você e o papai vão se casar, Lou?

Olho imediatamente para Harry que observa a filha com uma expressão incrédula. Ele engole seco e coloca sua atenção em mim.

— Isso leva um tempo, querida. — respondo com um pequeno sorriso nos lábios — Eles precisam ter certeza do que querem. Precisam se adaptar, conhecer um ao outro e o mais importante de tudo... Se amarem muito muito.

— Muito muito? — ela olha para Harry que assente — Mas você ama o Lou, não é, papai? Muito muito?

— Amélia... Isso não é algo para se ficar comentando. — Harry diz carinhosamente — Sentimentos são íntimos. E não se deve pressionar alguém a revelá-los. Tudo tem o seu devido tempo.

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