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Eu fui até ele, e segurei a sua mão.
Manuela: Oi papai. Fica bem tá, estamos todos aqui com o senhor. - fiz carinho em sua mão.
[...]
Acabei cochilando ali na poltrona, e fui acordada pelo Gui.
Guilherme: Vai descansar, eu fico agora.
Manuela: Estou com frio.
Guilherme: O Rafael está te esperando lá fora.
Manuela: Tudo bem, qualquer coisa liga. - me despedi do meu irmão, e sai.
Chegando na sala de espera, o meu marido vem até mim.
Rafael: Como está agora?
Manuela: Bem. Mais confortável, por ver que ele está fora de perigo.
Rafael: Um médico veio falar com o Guilherme, os medicamentos foram reduzidos amanhã ele deve acordar.
Manuela: Vamos, estou com frio.
Ele me abraçou, e enfim saímos dali.
Guilherme deu a chave do carro do papai, para o Rafael, e fomos para casa nele.
[...]
— No dia seguinte.
Acordei logo cedo, e fui tomar um banho quente.
Me vesti, fui sair do quarto.
Rafael: Vida.
Manuela: Bom dia. - selinho. - Pode ficar deitado, vou ficar um pouco com a minha mãe.
Rafael: Qualquer coisa chama.
Sai do quarto, e a minha mãe estava na cozinha.
Manuela: Bom dia. - sorri.
Catarina: Bom dia, meu amor. Dormiu bem?
Manuela: Sim. - sorri. - E a senhora?
Catarina: Mal preguei os olhos. E o Rafael?
Manuela: Ficou deitado.
Suspirei.

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Manuela: Ficou deitado.
Suspirei.
Manuela: Não fica assim, mãe. Hoje ele vai acordar. - sorri.
Logo o Rafael apareceu, e sentou na mesa de café junto com a gente.
[...]
Enfim chegamos no hospital.
O Guilherme vai para casa, e como estava no horário de visitas, autorizaram que nós três entrássemos no quarto.
Rafael e a minha mãe conversavam, eu observava o meu pai quando vi ele mexeu os olhos, e abri-los.
Manuela: Pai. - sorri, indo para o seu lado.
Catarina: Meu amor.
Ele nos olhava meio perdido.
Rafael chega com um médico, nem vi que ele havia saído.
Xxx: Peço licença a vocês, precisaremos realizar alguns exames.
Saímos dali, e fomos para a sala de espera.
Sorri abraçando a minha mãe.
Manuela: Ele acordou.
A minha mãe já me abraçou, emocionada.
Rafael: Vou avisar o Guilherme. - pegou o celular.
[...]
O medico nos chamou para conversar.
Catarina: Doutor, ele vai ficar igual aquelas pessoas que já teve avc?
Doutor: O cérebro tem uma plasticidade própria e as pessoas também têm características próprias. O AVC é uma das doenças mais comuns no mundo e tem gravidades diversas desde uma simples perda da sensibilidade até uma fraqueza completa de uma parte do corpo ou situações mais extremas como o coma.
Manuela: Ele vai ficar com sequelas?
Doutor: Fizemos uns exames, conversamos com ele. Bom, ele ficou com algumas sequelas como, dificuldade para movimentar o corpo, e para falar.
Catarina: Ai meu deus. - a minha mãe já chorava.
Rafael: Mais tem tratamento para isso né?
Doutor: Sim, vários. A fisioterapia, ajuda a fortalecer os músculos, para que a pessoa consiga recuperar ou manter os movimentos do corpo, o fonoaudiologia este tipo de terapia ajuda a recuperar a fala. - ele nos olhou. - O apoio da família é fundamental neste período de recuperação de um AVC, tanto para ajudar em atividades que a pessoa já não consegue realizar, como para suporte emocional, já que algumas limitações podem ser frustrantes e causar sensação de impotência e tristeza.

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Doutor: O apoio da família é fundamental neste período de recuperação de um AVC, tanto para ajudar em atividades que a pessoa já não consegue realizar, como para suporte emocional, já que algumas limitações podem ser frustrantes e causar sensação de impotência e tristeza.
Enfim saímos de sua sala.
Guilherme: Temos que ser fortes, por ele. - ele estava abraçado a minha mãe, e eu o meu marido.
Rafael: Vamos procurar os melhores profissionais, e tenho certeza que o seu Fabio vai estar novinho em folha daqui uns dias. - sorriu.
Manuela: Te amo. - selinho.
A minha mãe foi ficar como acompanhante do papai, e nós fomos na lanchonete.
Guilherme: Mana, estava pensando eu vou ter que voltar para casa o trabalho me chama. Vocês também vão ter que voltar... e não podemos deixar a mamãe sozinha com ele.
Manuela: Sim, pensei nisso. - suspirei.
Guilherme: Ou eles vão para Nova York comigo, ou...
Manuela: Eles vão para o Brasil. - suspirei. - Vai ser difícil convencer a mamãe.
Rafael: Lá no Brasil, podemos cuidar deles. Posso contratar alguém para ficar exclusivamente cuidando deles, o fonoaudiólogo, a fisioterapeuta. O que precisar...
Sorri abraçando ele.
Manuela: Vou conversar com a mamãe.
Enfim comemos, Rafael saiu com Guilherme ele iria precisar cancelar as coisas que tínhamos marcado ou alugado na Grécia que era o nosso destino final.
Fui para o quarto.
Manuela: Pai. - sorri, me sentando do lado dele.
Fabio: O que... faz... aqui? - ele perguntou com uma certa dificuldade.
Manuela: Estou aqui com vocês uai. Não ficaria bem sem estar aqui...

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