Capítulo 6

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Após longos minutos de histórias Nina finalmente adormece,  puxo a coberta a tampando melhor e tentando a  deixar o  mais confortável possível,  apago as luzes e saio do quarto. 

Lorenzo havia conseguido encontrar um informante e agora ele estava prestes a nos responder tudo contra a sua própria vontade, caminho pelo terreno em direção a prisão, um lugar afastado da casa onde resolvemos assuntos importantes.

Ao abrir uma das portas, um grito chega ao meu ouvido pelo visto Lorenzo já começou a diversão.

-Ele ainda não disse nada. -Papa se aproxima me entregando um copo de whisky.

-Ainda. -Digo bebendo todo o líquido e me aproximando de onde Lorenzo estava, sua mãos já estavam sujas de sangue.

-Você invade minha cidade, tenta me matar e persegue uma desconhecida. -Ele apenas sorri com sangue escorrendo pela boca. -Meus olhos passeiam pela mesma em busca de algo para me divertir.

-Foi você que disparou em minha direção? -É minha pergunta, queria saber se foi esse o filho da puta a tentar me matar.

-Sim, porém a vagabunda se atirou na frente. - Arrumo uma das soqueira especiais em minhas mãos, então acerto seu rosto com força, seguro seu cabelo mantendo seus olhos grudados nos meus.

-Essa é minha cidade, eu gerencio essa merda toda. - Mais um soco é acertado. -Quem lhe mandou aqui?

-Prefiro a morte. - Lorenzo solta uma risada amarga, quando se aproxima dos choques.

-Você irá então implorar por ela. 

****

Entro na cozinha ainda sujo de sangue, mama preparava algo no fogo.

-Per Dio, você tem que idade Enrico, quinze novamente? - Mando um beijo para a mesma passando pela cozinha, uma das primeiras coisas que realizava após minha iniciação era as sessões de torturas, Lorenzo e eu passamos vários dias pensando em formas de fazer nossos inimigos nos falarem o que desejávamos.

-Suba e tome um banho, preparei algo para você comer. -Mama era uma das pessoas mais carinhos que já conheci, desde que não mexesse com a sua família, não havia uma única mulher em nossa família  despreparada, todas foram treinadas e estão mais do que apitas para se defender. Nossa família se desfez de muitas regras e criou muitas outras, após perder uma de minhas tias, meu tio e papa decidiram que todas as filhas e mulher da famiglia seriam treinadas, saberiam portar uma arma, e principalmente a se defenderem.

Minha mãe e tia Ágata administravam nossos contatos no exterior, fazendo toda a parte do comercio. Chiara irmã de Lorenzo era responsável pelo nosso setor de narcóticos e me ajudava a lidar com os estabelecimento, e então tínhamos Alexandra que foi mais um motivo para a famiglia mudar as regras, minha prima mais nova foi encontra com cinco anos pelos meus tios e um dia de chuva, tia Ágata a criou como filha e a mesma agora está na Rússia em um dos melhores internatos estudando e treinando para se tornar nossa futura executora. 

Sem dúvidas a mudança de regras, a união da família nos negócios nos vez criar essa potência, nos Martinellis dominamos a Itália, meus primos boa parte da Europa e agora Estados Unidos, assumindo aos poucos cada parte de território.

Desço as escadas após um banho e mama está sentada tomando sua habitual taça de vinho.

-A moça está bem? -Pergunta quando me sento ao seu lado.

-Acredito que sim, após o choque ela custou um pouco a dormir.

-Achei ela adorável. -Diz e eu arqueio minha sobrancelha em sua direção. -O que Enrico, não posso achar a moça adorável ?

-Claro que pode. 

-Seu pai me falou que ela irá ficar conosco até encontrarem quem planejou isso.

-Ela salvou minha vida, isso é o mínimo que posso fazer por ela, salvar a dela.

-Eu sei, e vamos fazer isso. -Seus olhos castanhos brilham em minha direção. -Porém ela pode se assustar se descobrir algo sobre nós.

-Ela sabe que tem algo errado, porém não é de se meter em assuntos que não são dela.

-Muito sábia então, vamos cuida-la e lhe fazer sentir em casa enquanto  ela estiver aqui. 

Concordo, Nina seria bem tratada e amparada porém duvido que será algo fácil convence-la a ficar. Nina é teimosa, só eu e Lorenzo sabemos o que passamos para fazer ficar parada em casa desfrutando do seu repouso, acabo sorrindo me lembrando da mulher que havia se feito muito presente em meus dias, na verdade não me lembrava a última vez que uma mulher desconhecida se fez presente de forma constante em minha vida.

Por Destino -Família MartinelliOnde histórias criam vida. Descubra agora