Capítulo 13

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Temos o destino que merecemos. O nosso destino está de acordo com os nossos méritos.

-Albert Einstein

Enrico:

Uma parte do peso em meus ombros havia sumido, Nina agora sabia a verdade. Porém, um novo sentimento surgiu, eu tenho medo da distância que isso poderia causar entre nós, não queria Nina distante pelo contrário desde o primeiro momento ao qual eu coloquei meus olhos na mesma, eu apenas quis que ela se aproximasse cada vez mais.

Até mais do que seria o seguro.

Observo seu rosto, os olhos amendoados me fitando atentamente, os cílios grossos, o nariz delicado e levemente arrebitado para cima, e claro os lábios volumosos que me faziam imaginar muitas situações nas quais eles podiam estar envolvidos. Nina era bonita demais, para o meu próprio bem, para minha própria consciência que dizia a todo instante que eu seria apenas um problema em sua vida.

Na verdade, eu já era um problema em sua vida, desde o primeiro momento.

Porém, ela tinha algo especial, algo que obtinha toda a minha intenção, não costumava manter amizade com mulheres, claro exceto minhas primas, mas no demais nenhuma relação envolvia algo além do meu prazer e do delas.

Nunca fui um bom samaritano, desde que fui iniciado e descobri o quanto era bom estar com uma mulher. Na adolescência tive muitas experiências, diversas que dariam um bom livro e os hormônios estavam inquietos então era uma grande bagunça, na fase adulta eu e Lorenzo formamos uma boa dupla, ainda mais quando ambos íamos para os bordéis da família saber como as coisas estavam funcionando.

Eu não era mais tão jovem, e as mulheres eram sempre a mesma coisa, em nosso mundo havia apenas dois tipos: as prostitutas e as que buscavam um bom casamento (viúvas ou filhas de membros da família) essa última fugíamos, na verdade, após os últimos boatos não acreditava que conseguiria fugir por muito tempo. Então surgiu Nina, uma estrangeira fora do nosso mundo que captava todos os olhares para si, com seu corpo curvilíneo, seus lábios que pareciam o próprio pecado, ter a mesma em minha cama seria um grande deleite, e Nina parecia nem ter noção de toda a sensualidade que a envolvia.

— Eu não quero ir embora. — Diz com a voz baixa e lágrimas escapam por seus olhos, estico minhas mãos com cuidado aproximando do seu rosto, e limpando sua pele, ela não se afasta do toque. — Porém não sei o que pensar sobre tudo isso, só sei que não quero ir embora.

— Lhe faço uma promessa Nina, enquanto estiver sobre minha proteção você estará segura e irei resolver tudo isso para que você se sinta livre novamente.

— E qual será o preço dessa liberdade?

— Isso não saberei te dizer. — Ela concorda e não diz mais nada, seu silêncio me incomoda, não é algo pelo qual estou habituado.

— Vou para meu quarto, eu preciso organizar tudo em minha cabeça. — Diz ficando em pé, os cabelos ondulados caem como cascata pelas suas costas, concordo e ela apenas sai, caminho até o bar servindo um copo de bebida, sou despertado por batidas na porta.

— Entre. — Papa passa pela porta, seu semblante é serio, lhe aponto um copo e ele apenas concorda sirvo o mesmo e me aproximo dele.

— Tenho notícias, mas não as melhores. — Apenas concordo, ultimamente estava difícil receber alguma boa notícia. — Vamos entrar em momentos delicados, após está tentativa de invasão, Vicenzo já enviou um comunicado a todos, Lorenzo já está em busca de novos soldados.

— Precisamos fortalecer nosso nome. — Digo e ele concorda.

— Eles têm que nos temer não nos a eles, eles têm que saber que não vão ficar impunes.

— Chiara está no México, uma possível união que irá facilitar os armamentos.

— Ótimo, iremos precisar. — Ele vira a bebida. — Alexandra não demora-rá a voltar e se tornará nossa executora, nossas mulheres também são temidas eles sabem que não podem pega-las facilmente e isso está sendo falado, até hoje se comenta os a chacina que Ágatha e Giullia. — Um leve sorriso surgi em sua fase. — Mudamos muitas coisas durante esses anos, fizemos nosso legado Enrico, porém, ainda existem regras que contam e eu não sei se conseguiria mudar.

— O que você precisa me dizer pai? -Sei que tudo é apenas uma introdução para o verdadeiro assunto que ele veio tratar.

— Um casamento, precisamos de um casamento, o conselho quer um. — Suspiro servindo mais bebida.

— Quem foi a escolhida?

— Antonella Fontana. — E nada podia ser pior que isso, apenas concordo não tenho opção, tudo em nome da nossa família, tudo para fortalecer nossa imagem.

Por Destino -Família MartinelliOnde histórias criam vida. Descubra agora