Capítulo 11

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Um beijo é um segredo que se diz na boca e não no ouvido.

Jean Rostand

— Antes de tudo quero que nos perdoe

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— Antes de tudo quero que nos perdoe. —mamãe pediu, parecendo sincera.

— Por quê vocês nunca me contaram nada? —perguntei confusa, sentando-me na cama.

Eles haviam sugerido que viéssemos para o seu quarto para termos uma conversa sem interrupições.

— Por medo. —ela disse, com olhos marejados. — Medo de um dia você querer procurar os seus pais biológicos e medo de você não nos aceitar como seus pais de verdade.

Ela começou a chorar, papai se aproximou dela colocando a mão em seu ombro.

— Então eu e a sua mãe concordarmos em nunca te contar sobre isso.

— E vocês acharam que eu nunca iria descobrir? —questionei, magoada.

— No fundo nós sabíamos que você uma hora outra iria descobrir. —ele me olhou entristecido. — Quando te vi pela primeira vez, alguma coisa mudou dentro de mim, eu só queria te proteger.

— Por quê resolveram me adotar?

Eles se olharam, o meu pai assentiu como se pedisse para que a minha continuasse a história.

— Sabe, querida, eu e o seu pai sempre fomos muito apaixonados, claro que assim que nos casamos não demoramos a querer ter filhos, mas isso não era possível.

— Por quê?

Mamãe voltou a chorar, e foi consolada pelo o meu pai que à abraçou.

— Porque a Abigail descobriu que era estéril. —ele explicou, me deixando estupefata. — Vimos em você a oportunidade perfeita em sermos pais.

— Como vocês me encontraram?

Mamãe enxugou as lágrimas e suspirou profundamente, afim de se recuperar.

— Era uma noite chuvosa, eu e o Brian estávamos voltando para casa já era tarde. Foi então, que avistamos você. —ela fez uma pausa, parecendo lembrar dessa noite. — Você estava no chão, em uma praça coberta apenas por uma manta.

Dessa vez não contive as lágrimas, eu deveria ser uma criança completamente indesejada e odiada para alguém querer se livrar de mim dessa maneira.

Mamãe sentou-se ao meu lado e me abraçou, me permitiu chorar por tudo isso que eu acabara de ouvir.

— Acho melhor não continuarmos, você não está bem! —ela disse, preocupada.

Desfiz nosso abraço e enxuguei as minhas lágrimas.

— Por favor, mãe, eu quero saber de tudo.

— Tem certeza?

— Tenho.

Por Você [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora