Levando uma vida extremamente corrida em dois empregos, assistente administrativo durante o dia e stripper à noite, Jungkook faz de tudo para conseguir se manter e realizar seu sonho: abrir sua própria escola de dança. Mas tudo muda quando, ao seu c...
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O homem sempre caminhou sobre a terra não se importando com nada além dos próprios desejos, e por cada canto em que passou e pisou, deixou uma marca de destruição. Seria um traço da natureza humana ser corrosivo assim? Ou apenas dos homens que não conhecem os sentimentos bons? E quem define o que é bom?
Caminhar por uma "terra desconhecida" não é o verdadeiro ponto da questão, visto que é realmente difícil andar por terras novas, das quais não se conhecem os perigos, mas o que são os desbravadores se não destruidores? Só haveria valor real agregado à conquista se pudessem, se conseguissem manter cada parte dessa nova terra inteira, intacta.
A capacidade e a vontade de desbravar levaram o homem à lua. Mas, ainda assim, não se aprendeu nada.
Taehyung faria de tudo para alcançar a satisfação de seus desejos, incluindo pisar em terras desconhecidas se fosse preciso, não se importando sequer com o que viria depois.
Após conversar brevemente com a mesma senhora com quem viu Jungkook falando, parecendo tão aflito, Taehyung se viu com uma carta na manga. Não usaria isso como um argumento direto, ou achava que não, mas saber que o outro estava precisando de uma grande quantia de dinheiro imediata lhe dava a sensação de que o caminho ficaria mais fácil para que Jungkook finalmente aceitasse sua proposta.
Sorriu satisfeito enquanto caminhava para dentro da empresa. Para si, o dia estava começando ótimo.
— Bom dia Senhor — Hyuna abordou Taehyung, que passava em direção a sua sala.
— Bom dia Hyuna — Respondeu educado e olhou em volta, fingindo procurar por Jungkook. Já o tinha visto indo embora, mesmo que não tivesse sido notado pelo outro em nenhum momento — Jeon não veio?
— Ele precisou ir embora por causa de uma emergência pessoal. Sei que o certo seria esperar pelo senhor para conversar, mas ele estava realmente aflito — Hyuna explicou insegura, sabia que Taehyung estava pegando no pé de Jungkook e tinha medo que isso o prejudicasse de alguma forma.
— Tudo bem, converso com ele amanhã. Obrigado por avisar — O Kim agradeceu e foi para sua sala.
Taehyung sentou-se em sua cadeira, pronto para começar mais um dia de trabalho, quando a porta foi aberta atraindo sua atenção. Junseo entrou com uma expressão relaxada no rosto, enquanto o filho ficava confuso.
— Pai? Achei que só voltaria de viagem daqui alguns dias — Taehyung falou olhando para Junseo, que se dirigia para sua própria mesa.
— Bom dia para você também, meu filho. Como foram esses últimos dias? — O homem perguntou observando o filho com carinho.
Junseo sempre foi um pai rígido em alguns aspectos, e excessivamente permissivo em outros, mas acima de tudo, amava incondicionalmente seu filho único. Sempre lhe forneceu tudo que o dinheiro pôde comprar. Melhores escolas, roupas, brinquedos... do seu nascimento à sua vida adulta. Apesar de ser pouco presente, fazia desse tempo algo valioso para as lembranças de Taehyung, que amava muito o pai.
