Hipnotizante

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Oi, amores.

Vocês estão prontas pra cadelar a RK? 🥵 Porque esse capítulo foi escrito unicamente pra isso.

Boa leitura e até logo. 😘

TT: @umamabs

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POV Rafaella

De: Gizelly

Para: Rafa

Eu já avisei o Sr. Felipe, ele vai deixar você subir.

Gizelly

Nós estávamos trocando mensagens enquanto eu terminava de me arrumar e a última me avisava que o porteiro já estava sabendo da minha chegada. Acabei usando o vestido que Manu sugeriu. Alças finas sobre os meus ombros, justo no busto e solto abaixo dele, ia até a metade das minhas coxas. Era em um tom claro de verde, sua cor entrava em contraste com minha pele bronzeada e deixava meus olhos mais claros do que o normal. Foi uma boa escolha, constatei quando cheguei e fui até a portaria. Recebi um olhar da cabeça aos pés de um rapaz que estava lá, mas logo o senhor que havia me recebido da outra vez, Sr. Felipe, chegou por trás dele e deu um aperto em seu ombro fazendo com que ele destravasse um pouco, mas continuou avaliando meu corpo com a boca aberta. - Eu sei que a moça é muito bonita, Luís, mas você pode fechar a boca e fazer o seu trabalho, por favor? - O senhor não foi ríspido com o rapaz, pelo contrário, falou em um tom brincalhão, mas ao mesmo tempo sério o suficiente para que ele recobrasse a consciência.

- Ah, sim, claro. Desc... desculpa. - Luís gaguejou ao se desculpar e estava completamente vermelho quando finalmente desviou o olhar do meu corpo e resolveu olhar em meus olhos, se atrapalhou um pouco, mas no fim conseguiu iniciar o protocolo de entrada do prédio. - Boa noite. Qual o nome da senhora e qual o apartamento?

- Rafaella Kalimann, eu vou para o 802. - Eu estava com vontade de rir do desconcerto dele, mas mantive minha pose.

O senhor que só ouvia e supervisionava o trabalho do rapaz se adiantou. - Pode deixar, Luís. Eu mesmo acompanho a senhorita. - Ele se dirigiu a mim com um sorriso largo nos lábios enquanto saía da guarita. O caminho foi silencioso, minhas mãos estavam inquietas e, dessa vez, quem estava estalando os dedos era eu. Ele me acompanhou até o elevador e apertou o botão do oitavo andar pra mim. Antes de deixar que a porta se fechasse ele sorriu pra mim e falou em um tom ameno. - Lembre de tirar a sandália antes de entrar que vai dá tudo certo. - Ele piscou e continuou na frente da porta, aguardando que ela se fechasse e o elevador fizesse o seu trabalho.

Uma eternidade, foi o tempo que eu fiquei dentro do elevador, ou pelo menos foi o que pareceu. Quando ele finalmente parou e as portas se abriram meu estômago deu duas voltas dentro de mim, mas eu dei o primeiro passo e fui até a porta branca com o 802 gravado no alto dela, encarei por alguns segundos e logo depois apertei a campainha, mas lembrei do conselho do Sr. Felipe e abaixei para tirar minha sandália. Ouvi ela se aproximar da porta quando estava conseguindo tirar o segundo pé, meu coração veio até a boca, mas logo me coloquei em pé novamente e fiquei aguardando, depois de colocar minhas sandálias ao lado da porta.

POV Gizelly

Foi algo involuntário, eu a olhei da cabeça aos pés e não consegui segurar meu queixo. Meu peito parecia querer explodir, eu precisava controlar o sentimento que se apossava de mim, mas era uma missão impossível. Notei seus pés descalços e dei um pequeno sorriso quando voltei a olhar em seus olhos. - Oi. Entra. - Tentei controlar o tom da minha voz, manter ela baixa e não parecer estridente foi difícil. Seus olhos ficaram presos aos meus por alguns segundos, o mar verde me inundou e eu tremi da cabeça aos pés. Só conseguia pensar em o quanto aqueles olhos me hipnotizavam. Ela passou por mim devagar e parou no meio da minha sala. Seus olhos, agora, pareciam mais claros, mas tinha um certo nervosismo quando nossos olhares se cruzaram novamente.

- Oi. - Ela finalmente me respondeu com um sorriso que chegava em seus olhos e os deixava pequenininhos, quase fechados. Aquela era a melhor versão do sorriso dela, eu não tinha dúvida. Cada detalhe do seu rosto fazia com que essa fosse uma verdade absoluta, quando os olhos apertavam e uma covinha tinha a intenção de se formar em sua bochecha, aquela era a melhor versão.

- Você quer uma taça de vinho? - Respirei fundo ao perguntar e chegar um pouco mais perto. Meu peito parecia explodir, se eu fosse asmática, com certeza teria uma crise naquele momento. Eu já tinha tomado duas taças, mas estava nervosa como se em meu organismo não existisse uma gota de álcool. Ela fez um sinal positivo com a cabeça sem tirar o sorriso do rosto e eu tenho certeza que ela tinha consciência do quanto era gata e gostosa, sua postura dizia exatamente isso: “Ei, olhe para mim, eu sei que você me acha gostosa. Mas você só poderá olhar.” Será que eu só vou poder olhar? Respirei fundo para tirar o pensamento da minha cabeça, eu precisava me manter firme, eu não queria estragar tudo com a minha auto sabotagem costumeira.

A mesa estava posta, era uma mesa pequena, um lugar aconchegante no canto da sala de estar que quando necessário assumia a função de sala de jantar. Dois lugares, um a frente do outro. Apontei para a mesa para que ela sentasse, e assim ela fez. - Eu já volto. - Fui a cozinha e liguei o forno para gratinar o queijo do fricassê, não era nada elaborado. Eu tinha feito ceviche para a entrada e fricassê de frango com legumes no vapor para o prato principal. A deixei sozinha por pouco tempo, voltei rápido com o ceviche. Servi o vinho em duas taças e sentei a mesa, a sua frente e mais uma vez fui pega por seus olhos. O silêncio não era desconfortável, fazia parte do nervosismo inicial, mas não era desconfortável. Na verdade, parecia reconfortante.

Com a taça em sua mão, ela levou até os lábios e o líquido fez o caminho que devia fazer, deixando seus lábios levemente molhados no fim. Era impossível que acontecesse diferente, cada movimento seu era naturalmente hipnotizante.

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⏰ Última atualização: Feb 19, 2022 ⏰

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Desarrumar - GiRafaOnde histórias criam vida. Descubra agora