VI

539 48 12
                                    

________________________________

A caverna escura

_________________________________


Não havia como decifrar quanto tempo se havia passado ou onde estávam. Festus navegou pela floresta escura com facilidade, sabendo cada curva de cor. Seus olhos rubi brilhantes agiam como faróis - onde Goose corria tentando apanhar as luzes - , iluminando um caminho diante deles.

Finalmente cruzam um riacho e chegam a um beco sem saída, um penhasco de calcário de trinta metros de altura - uma massa sólida e escarpada que o dragão não conseguiria escalar. Festus parou na base e levantou uma perna como um gato ou cachorro apontando. Goose subiu em meu colo e se encolheu, o pobrezinho tinha um medo louco de alturas.

- O que é isso? - Leo deslizou para o chão, ele caminhou até o penhasco. - aquilo não era nada além de rocha sólida. O dragão continuou apontando, com cuidado desmontei depois do garoto para estudar a rocha.

- Não vai sair do seu caminho. - Leo disse ao dragão.

O fio solto no pescoço do dragão faiscou, chamando a atenção do gato felpudo, mas por outro lado Festus ficou parado. Leo colocou a mão no penhasco, de repente seus dedos arderam. Linhas de fogo se espalharam de seus dedos como pólvora inflamada, chiando pelo calcário. As linhas em chamas correram pela face do penhasco até que delinearam uma porta vermelha brilhante cinco vezes mais alta que nós. O garoto recuou e a porta se abriu, perturbadoramente silenciosa para uma laje de pedra tão grande.

- Perfeitamente equilibrado.- murmurou. - Isso é engenharia de primeira.

Festus descongelou e marchou para dentro com confiança. So semideuses trocaram olhares com antes que Leo desse de ombros e a arrastasse atrás dele.

A porta se fechou atrás deles, fazendo Nádia se virar e olhar para a porta em estado de choque. Sentiu Leo tenso e colocou a mão em seu ombro tentando descobrir o que ele estava pensando. Podia simplesmente ler sua mente mas isso seria invasivo. Mas então as luzes se acenderam - uma combinação de lâmpadas fluorescentes elétricas e tochas montadas na parede - Quando o garoto viu a caverna, ele descongelou como se seus pensamentos tivessem evaporado.

- Festus, - sua voz quebrou o silêncio - o que é este lugar?

O dragão pisou no centro da sala, deixando rastros na poeira espessa, e se enrolou em uma grande plataforma circular.

A caverna era muito grande para o tamanho da rocha, mas a gatota  aprendeu a suspender a descrença depois de descobrir que era uma semideusa e sobre sua sorte. Mesas de trabalho se estendiam pelo perímetro da caverna, vários outros equipamentos cobriam a sala. Uma grande placa de cortiça estava suspendida em uma parede distante coberta de cima a baixo com plantas e outros pedaços de papel amarelado para escrever manchas.

Pendurado em correntes muito acima da plataforma do dragão havia uma velha bandeira esfarrapada quase totalmente desbotada demais para ser lida. As letras estavam em grego e conseguia lê-las com facilidade: Chalé nove.

Assistiram Festus se enrolando em uma plataforma, suspirando de contentamento. Este era seu lar.

- Os outros sabem... - sua pergunta morreu consoante ele perguntava.

Claramente, aquele lugar estava abandonado há décadas. - teias de aranha e poeira cobriam tudo - , o chão não revelava pegadas, exceto as deles, as de Goose e as enormes pegadas do dragão. Foram os primeiros neste lugar desde muito tempo atrás. Tinha sido abandonado. Mas por que?

CHAOS -  L.ValdezOnde histórias criam vida. Descubra agora