V

710 71 21
                                    

________________________________


Legal, um dragão

__________________________________


Já se tinham passado algumas horas desde o belo ocorrido no anfiteatro. Estava no meio da floresta disferindo golpes no ar com a lança em mãos. Enquanto contava toda a história a Goose que respondia com simples miados, o que aceitava como um sim ou concordo sempre que falava de um dos arrombados, dos quais não ia com a cara.

Estava tudo bem até sentir a presença de um ser atrás de si. Acertou uma cotovelada em suas costelas direitas o atirando ao chão, com o pé esquerdo fazendo força em seu peitoral. Se aproximou para ver a pessoa, percebendo ser o elfo latino tiroo o pé dele e o levantou sussurrando um desculpa.

- Santa merda! - praguejou ainda assustada.- O que está fazendo aqui? - questionou notando que ele não estava sonâmbulo.

- Primeiro, isso doeu. - massageou a zona do golpe. - Segundo, estou à procura da nossa boleia.

- Oh ok, e desculpa. Posso ajudar na procura ? - sorriu. Ele respondeu com um sim.

- Então, o que estava fazendo aqui fora?- já tínham andado um pouco.

- Nada só desabafando um pouco com o meu gato.- explicou balançando a mão no ar.

- Que gat... AAH- gritou quando Goose parou em sua frente o examinando de cima a baixo e a olhando como dizendo " É de confiança. " - Mas que porra. O que é isso?

- Um gato nunca viu? - debochou pegando Goose. - E ele não é um simples isso, é Goose, meu filhinho.

A palma de uma de suas mãos brilhava com uma pequena chama. Notou as palmas da garota sendo preenchidas pela magia vermelha que também ajudava a visualização do caminho.

Então, no fundo de uma clareira, Leo notou a primeira armadilha - uma cratera de 30 metros de largura cercada de pedregulhos. Leo parou, mantendo-a afastada da queda por estar na frente. Avaliando a cratera, era possível guardar um ciclope lá dentro e ainda fechar. Isso a despertou o que estavam atrás do dragão mais cedo mencionado por Nyssa.

- Tem certeza que?- perguntou, o garoto entendeu as palavras. Ele assentiu a tranquilizando com um sorriso gentil.

- Tenho que estar. -respondeu enquanto se aproximavam.

No centro da grande depressão, um grande tanque de metal com o tamanho de uma banheira de hidromasssagem, estava cheia de um líquido escuro borbulhante.

- Aquilo é molho de tabasco?- Nádia se virou para ele.

- E óleo de motor. - Leo esclareceu, estudando a armadilha.

Num pedestal suspendido sobre o tanque, um ventilador elétrico girava em círculo, espalhando fumaça por toda a floresta. Queria ter a habilidade de não cheirar naquele momento. Não conseguia dizer no que a armadilha consistia ou capturaria um monstro gigante.

Leo aproximou-se da borda da armadilha, lhe dando um leve treco. Esse garoto é suicida? Ele pisou num prato metálico, tentando acionar a armadilha, nada aconteceu. Imaginava que tenha a ver com o peso do Dragão armando a armadilha . Ele seguiu seu caminha para dentro da cratera e se aproximou do tanque.

Esse daqui não têm o tico e o teco funcionando direito só pode. Mas nenhum de nós têm mesmo, pensou para si.

Inclinou-se sobre a borda da cratera observando os movimentos do garoto atentamente. A fumaça do tanque flutuou para cima, fazendo seus olhos lacrimejarem. Tossiu, após inalar a fumaça, inclinando o corpo para trás.
Limpou as lágrimas com a manga do casaco voltando à posição anterior para assistir Leo.

CHAOS -  L.ValdezOnde histórias criam vida. Descubra agora