XII

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A FAMÍLIA DE NÁDIA SOFRE UM AUMENTO






Nadia sonhou com um campo de trigo. As colheitas douradas cresciam até sua cintura e faziam cócegas enquanto o vento soprava uma brisa. Ela podia sentir o cheiro distante de rosas que inundava seus sentidos. O ar estava quente em sua pele e parecia que havia um filtro de verão em sua visão - ela nunca esperou que um campo de trigo parecesse um refúgio. Mas este sim, me senti em casa.

- Nadejda.

Ela pulou. Ali, na frente dela, na beira do campo, estava sua Nonna. Seus dreadlocks grisalhos foram transformados em seu cabelo natural, que caía até as omoplatas, mas também para cima e para fora, dando-lhe uma auréola de cabelo prateado. E ela não estava mais usando seu traje habitual de avental de jardineiro. Agora ela usava uma túnica verde-escura e joias de ouro que faziam seus olhos cor de mel brilharem.

- Nonna? ' Ela saiu do campo de trigo para ver a mulher que não parecia mais uma mulher. Ela possuía a aura de algo muito mais poderoso. - O que está acontecendo? Como você está aqui? - Esta não era uma memória como o sonho dela na noite passada, isso nunca tinha acontecido antes.

Ela deu um suspiro pesado, mas ainda sorriu. Essa era uma das coisas que ela adorava na sua Nonna, ela nunca parava de sorrir.

- Eu tenho muito o que responder, querido. - Ela franziu a testa. - E eu acho que é hora de eu te contar.

Nadia ficou quieta enquanto sua Nonna a guiava através de uma divisão de árvores até uma estufa alta que parecia o Palácio de Cristal da Rainha Vitória para plantas. Foi lindo. Eles ficaram em silêncio por um tempo enquanto Nonna carregava um regador até uma planta prateada e brilhante. A variedade de folhagens que crescia era imensa, Nádia nunca tinha visto nada parecido e adorou cada segundo.

Quando ela se levantou, ela finalmente falou.

- Eu não sou quem deixei você pensar que sou, Nadejda. - Ela avisou e isso a assustou. Esse foi o pior tipo de notícia para ouvir. - Mas lembre-se, eu sou e sempre serei sua Nonna, está me escutando?- Ela assentiu em compreensão. Nonna suspirou, regando uma roseira roxa. - Eu sou Deméter, deusa grega da terra. -Nadia respirou fundo.

- Por que você não me contou? -  Ela conseguiu dizer, compondo sua expressão de choque, embora fosse difícil.

- Quando você era um bebê, as Morais compartilharam sua profecia com sua mãe e comigo, mas... bem, deuses não podem ficar com seus filhos enquanto eles crescem - é proibido. Mas não é proibido que outro deus observe mais de um meio-sangue. Às vezes há circunstâncias especiais.

Nadia engoliu em seco, ficando quieta e observando sua Nonna trabalhar para acalmá-la dos milhões de pensamentos que passavam por sua cabeça.

- Como Hera e seu amigo Leo, ou Lupa com Jason- , explicou ela. - Hera pode escapar impune de qualquer coisa, e Lupa tem seu próprio dever, mas eu escolhi você. Por amor à sua mãe, mas também por sua causa. Você tinha essa energia inegável - ainda tem.

CHAOS -  L.ValdezOnde histórias criam vida. Descubra agora