" Algumas pessoas florescem no caos."
Nadjeda Shabina Rossi, tentava reconstruir sua vida após o último verão, tinha deixado o acampamento com intenção de não voltar mais. Porém como todo o semideus a sua história já estava escrita pelo destino, e e...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
024. SABEDORIA E MAGIA DECIDEM FAZER UMA VISITINHA _____________________________________
NÁDIA SONHOU COM UMA CAVERNA. Não como aquela onde Jason os entregou, mas mesmo assim era uma caverna. Esta caverna estava envolta em escuridão, as bordas estavam misturadas em sombras, então ela não conseguia dizer onde estava alguma coisa. Seus pés estavam submersos sob uma fina camada de água - água salgada pelo cheiro, mas estava escura como breu.
Mesmo na água escura, Nadia não conseguia ver o próprio reflexo. Um estalo soou e um metro à frente dela, uma estaca espetada no chão acendeu uma tocha que ela não tinha notado até então, queimando em luz roxa. Mais tochas se acenderam com chamas de cores diferentes, variando do vermelho ao laranja, do lilás ao verde, até que ela foi cercada por um círculo de treze tochas.
A caverna iluminou um círculo de luz, mas não ultrapassou as paredes de sombras que a rodeavam. Ela ainda estava envolta pela escuridão e onde a escuridão antes lhe parecia reconfortante; fortalecendo, agora parecia aterrorizante. Como se algo com um poder maior que o dela tivesse o controle.
O crepitar do fogo era o único som na caverna até que Nadia ouviu um movimento na água atrás dela.
Uma mulher.
Ela passou direto pelas tochas como se elas não significassem nada além de uma fonte de luz, mas Nadia sabia disso. Ela reconheceu uma energia que ligava as tochas, como um feitiço que a envolvia no pequeno espaço com a mulher.
Nadia engoliu em seco com medo. Ela estava ficando nervosa quando não reconheceu a mulher. Ela queria seus amigos.
A mulher estava vestida com um vestido roxo escuro com decote em V baixo até a cintura e uma saia larga que descia pela superfície da água. Ela parecia magnífica, majestosa em sua postura e Nadia sentiu a necessidade de respeitá-la só por isso.
Seu cabelo era quase igual ao de Nadia, preto mas liso, caindo até os tornozelos e emoldurando seu rosto assustador.
A mulher não era tipicamente atraente, mas ainda assim era absolutamente deslumbrante para Nadia, como se sua beleza viesse da força que ela emitia, não da composição de seu rosto. Ela possuía uma aura tão poderosa que Nadia mal conseguia compreender e sua força era indescritível. Nadia podia sentir o potencial da magia da mulher rolando para fora dela em ondas.
Sua expressão tinha um semblante majestoso de ‘nem pense em olhar para mim’. Mas a mulher, Nadia percebeu rapidamente, não tinha apenas um rosto como ela esperava. Ela tinha uma expressão séria e depois duas de cada lado. A mulher tinha três rostos!
Ela usava uma coroa que parecia uma faixa de ouro maciço com sete pontas perigosas saindo para fora que pareciam espetos. Nadia reconheceu a mulher. Era a mesma mulher da estátua da cabana de Hécate.
Era a mãe dela. Hécate.
Nádia congelou. Ela não sabia o que fazer. Ela nunca conheceu a mulher, nunca falou com ela, nunca a viu antes. E agora ela estava a menos de um metro de distância com uma expressão de espera no rosto voltado para a frente.