"Então." Falou Neville encarando seu amigo que folheava páginas e mais páginas de uma pilha crescente de livros. "O que faremos agora?"
Harry nem se incomodou em tirar os olhos do livro antigo que detalhava os hábitos de diferentes espécies de aranhas mágicas.
"Nós continuamos, tem que estar aqui em algum lugar."
"Nós estamos procurando há dias." Gritou Neville, que recebeu um olhar severo da bibliotecária. "Nós já lemos dezenas de livros sobre criaturas mágicas, nada se encaixa."
Voltou a falar o garoto em tom mais contido.
Harry fechou o livro irritado.
"Nós estamos deixando passar algo." Falou o garoto frustrado. "Nenhuma dessas criaturas pode petrificar alguém."
O rosto de Neville se contorceu em um esforço para solucionar o quebra-cabeças.
"Talvez eles não estejam realmente petrificados." Sugeriu o garoto. "Talvez seja uma espécie de paralisia ou estase mágico."
Agora foi a vez de Harry fazer careta.
Ele lembrava muito bem o que havia sentido da mágica que permeava por Granger.
"Não." Respondeu o garoto com certeza. "Dumbledore não se enganaria, não com algo assim."
Neville agora parecia incerto.
"Talvez devêssemos esperar."
Sugeriu o Longbottom perdendo as esperanças.
"Nós não temos tempo, não seja idiota."
Descartou Harry com facilidade voltando a abrir o livro que vasculhava anteriormente.
"Não, escute." Recomeçou seu amigo. "Nos próximos dias as mandrágoras estarão prontas para colher." Explicou. "Quando as vítimas acordarem elas poderão contar quem é o culpado."
A atenção de Harry foi desviada de seu amigo por um pequeno trecho escrito despretensiosamente no livro que lia.
Harry alertou seu amigo.
"Neville, veja isso."
Falou virando o livro para seu amigo e apontando para o trecho correto.
Os olhos do rapaz correram pelas linhas rapidamente e sua feição se tornou surpresa.
"Acromântulas tem medo de algumas espécies de serpentes mágicas." Repetiu o que acabará de ler. "Estranhamente, isso faz sentido."
Murmurou o jovem.
Harry assentiu incomodado.
"Alguém deveria ter desconfiado, é claro que o monstro de Salazar seria uma cobra."
Comentou ele.
"Bom, isso facilita as coisas." Voltou a falar Neville. "Qual serpente pode petrificar?"
"Nenhuma, até onde sei."
Neville gemeu.
"Não poderia ser muito grande." Começou a deduzir Neville. "Alguém teria notado, então procuramos alguma espécie pequena ou média."
"Talvez não." Interrompeu Harry, ajeitando os óculos. "Existem várias passagens secretas pelo castelo, não há como saber se alguém veria o monstro por aí."
O rosto de Neville endureceu.
"Há uma coisa engraçada sobre Hogwarts, uma espécie de curiosidade." Falou o menino com cuidado. "Minha avó me contou sobre isso, o castelo é equipado com um sistema colossal de encanamentos, os alunos na época dela costumavam procurar por eles." Explicou o menino. "Nos anos trinta, os professores descobriram dois acessos que davam para fora do castelo, as passagens estão bloqueadas desde então."
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A Breaking Song
AdventureQuando a história se repete, o tempo se torna escasso e borram as linhas entre o talento e a necessidade. No meio disso, Harry luta para lembrar que suas ações têm um propósito e não são apenas frutos de sua própria tentação. No fim, o interminável...