"Diretor." Disse a professora de transfiguração surpreendendo Dumbledore ao adentrar em seu escritório. "As delegações de Durmstrang e Beauxbatons chegarão em breve." Alertou a mulher com um olhar preocupado. "O convidado especial ainda não apareceu. Talvez o senhor precise entrar em contato com ele."
Dumbledore largou o pergaminho que lia anteriormente e apontou a varinha para um dos instrumentos prateados localizados perto da janela. O objeto vibrou e soltou uma fumaça avermelhada.
O diretor, em resposta, bufou com frustração. Mas, por outro lado, parecia aliviado.
"Não se preocupe, Minerva. Ele já está no castelo." Falou o homem levantando de sua cadeira ornamentada. "Termine de organizar os alunos nos terrenos, em breve me juntarei a todos."
Demandou o homem para a mulher que limitou-se a assentir e deixar a sala.
O olhar de Dumbledore se voltou para a janela e em sua mão surgiu um de seus amados doces.
"Eu espero que não cause problemas hoje, meu garoto."
Sussurrou o diretor para si mesmo enquanto aproveitava sua guloseima.
No outro lado do castelo, perdido em seus pensamentos estava um garoto escorado na grade de proteção da torre mais alta do enorme edifício gótico.
A brisa bagunçava seus cabelos e o menino mantinha seus olhos fechados, enquanto apreciava a familiaridade da magia percorrendo, indomada, por aquele ambiente.
O som de uma porta batendo em seus calcanhares o tirou de seus pensamentos e fez com que ele se virasse.
"Puta merda!" Xingou em voz alta o novo ocupante da sala. "Se eu não visse com meus próprios olhos não acreditaria, se não é Harry Potter em pessoa."
Gritou o rapaz se aproximando do ocupante original da torre.
O garoto de olhos verdes piscou sorrindo ao ouvir a voz de seu velho amigo.
"Longbottom!"
Seu amigo não havia mudado muito, com exceção da voz, que havia engrossado, e de ter crescido alguns generosos centímetros.
"Não achei que teria sobrevivido tanto tempo sem alguém mantendo um olho em você."
Brincou Harry apertando a mão de seu amigo.
O rosto de Neville se contorceu.
"Olha quem falando! Ouvi dizer que Dumbledore não te aguentou nem por uma semana como aprendiz antes de mandá-lo para longe." Zombou o garoto. "Não esperava vê-lo antes do próximo ano, sua carta não explicou sobre isso. Por que voltou agora?"
Perguntou Neville curioso.
Desta vez, foi Harry quem fechou a cara em uma expressão frustrada.
"O diretor queria que eu voltasse e Flamel não se importou em lutar para que eu ficasse." Explicou o rapaz. "Parece que o velho tem uma tarefa para mim esse ano."
"Que tarefa?" Perguntou Neville levemente preocupado. "Com o torneio se aproximando, eu não acho que exista muito mais a se fazer por aqui."
Harry riu.
"Você ficaria surpreso." A explicação foi cortado por um brilho de chamas. "Fawkes, já faz um tempo." Cumprimentou o garoto enquanto mantinha os olhos na fênix que havia surgido em um clarão. "Eu acho que minha presença é necessária."
O pássaro não deu sinal de que o garoto estava certo, apenas cravou as garras em seu ombro preparando-se para a viagem. Harry não perdeu tempo em agarrar com firmeza o ombro de seu amigo que olhava a cena com curiosidade.
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A Breaking Song
AdventureQuando a história se repete, o tempo se torna escasso e borram as linhas entre o talento e a necessidade. No meio disso, Harry luta para lembrar que suas ações têm um propósito e não são apenas frutos de sua própria tentação. No fim, o interminável...