Capítulo 42 - Gostosa

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Meu peito subia e descia rapidamente, ao que eu abria meus olhos na mesma velocidade. Olhei para o lado e vi Lauren me encarando assustada, e em seguida levantei a coberta.

Ah... então era um sonho...?

- O que houve? - Lauren perguntou preocupada, me abraçando.

- Tive um sonho. Eu tinha minha pepeca de volta. - Ela riu.

- Sonhou que estava sendo passivinha, amor?

- Sim... Santa Beyoncé Nazaré Knowles, foi maravilhoso... - Lauren riu mais. Ela se aproximou de mim, e então me deu um selinho.

- E nosso gigante? Está acordado? - Ri, porém não respondi.

- Meu berimbau tá pra capoeira. - Confirmei. Lauren sorriu, e a mão esquerda que usava para me abraçar desceu, começando a me masturbar, já que eu não usava roupas assim como ela.

- Põe acordado nisso.

[...]

Depois de acabar gozando na mão de Lauren, decidimos que era hora de levantar. Por fim acabei dando o mesmo prazer a ela no chuveiro, e logo que terminamos, fomos para o andar de baixo. Minha mãe estava sentada na mesa, rindo, e só quando eu avistei minha avó, percebi o motivo de sua felicidade.

- Vovó! - Corri até a mulher mais velha, a envolvendo em um abraço apertado, respondido no mesmo instante. Minha avó já deveria ter seus 78 anos de idade.

- Minha picurrucha! - Ri, sendo solta logo em seguida. - Olha essa mulher! Essa bunda! Essa coxa! Que rechonchuda! - Falou, apertando quase todas as partes do meu corpo, e me fazendo rir.

- Vovó, deixa eu te apresentar minha namorada.

- Namorada? Sinuhe, sua filha anda metida com pepeca? - Minha mãe assentiu.

- Eu também. - Falou naturalmente. Minha avó soltou uma gargalhada, logo caminhou até Lauren.

- Que bom. Então não sou a única. - Lauren arregalou os olhos, e em seguida cumprimentou minha avó. - Sinuhe, sabia que seu pai plantou um pé de maconha no quintal de casa e eu molhava achando que era tomate? - Minha mãe soltou uma risada. - Pois ele me apareceu com uma namorada esses dias. Ela é toda pequenininha, esmirradinha. Parece espirro de gozo. - Minha namorada riu, assim como eu. - Qual seu nome, querida?

- Ah, é Lauren. - Minha namorada disse, sorrindo em seguida.

- Ela é bonita. Olha esse corpo..

- Eu já peguei a mãe dela. - Sinuhe disse, enquanto soltava uma risada, se mostrando orgulhosa.

- Sem vergonha.

- E o pai também. - Lauren riu.

- Laranja caída no pé da estrada ou tá podre ou tá bichada. Minha filha, tu não presta, demônia. - Minha vó exclamou. Então todas nós começamos a rir. Era claro a quem minha mãe havia puxado. - Na minha época não era assim, toda essa safadeza.

- Vó, a senhora tem oito filhos.

- Nós precisavamos de gente pra trabalhar na roça, Camila. Tu acha que ficávamos vendo TV? Nem isso existia. Eu saia pra colher alface e teu avô já voltava com a beringela na mão. Ai, eu gostava ao ar livre. - Soltamos uma gargalhada. Abracei Lauren e ela beijou minha bochecha, sorrindo em seguida. - São tão fofinhas! Já estão juntas quanto tempo?

- Quase sete meses. - Lauren respondeu, me fazendo sorrir.

- E nesse tempo todo, nem pra me ligar, não é Camila?! - Minha avó falou. Em algum momento Sinuhe havia sumido, nos deixado sozinhas. - Eu tenho tanta fofoca! Sabe suas primas britânicas?

- Quem?

- Aquelas da misturinha.

- Sei, vovó... Então... - Levantei minha sobrancelha. Minha avó pegou uma xícara da bancada e bebeu, o que eu imaginava ser chá. - O que tem elas?

- Tudo sapata também! - Soltei uma gargalhada. - Eu vi a Jade se pegando com uma tal de Perrie, quase mata a menina. - Eu estava roxa de rir. - Mas a Jade parece aqueles cachorrinho pequenininho, sabe? Ela também é tipo espirro de gozo. Toda esmirradinha. E a Perrie é toda avião né. Parece um chihuahua acasalando num labrador. Coisa mais fofa de se ver.

- E a Anne? A Jesy?

- Ah, a Anne tá indo. A Jesy tá toda dissimulada, achou um brasileiro gaúcho e só quer saber de tacar o cassetinho nele. Coitado. Mas graças Deus tá todo mundo vivo! Dias de glória! Só você que não fala comigo mesmo. - Fez uma cara triste, que imediatamente fez me sentir mal.

- Awn, vovó... Eu te amo.

- Sai pra lá filha do capeta. - Falou, me arrancando outra risada. - Quer chá?

- É do que?

- Não sei, estava na horta d-

- Não, vovó. Obrigada.

[...]

Eu estava quase arrancando roupa de Lauren fora, quando campainha da casa dela tocou. Ela parou o beijo no mesmo instante.

Como eu fiquei?

Bem puta.

Lauren bufou e esperou alguém descer, mas ninguém o fez. Como estávamos na sala, ela simplesmente levantou, caminhando até a porta em seguida.

Olhei para baixo e bufei, percebendo que havia algo para disfarçar ali.

A campainha tocou diversas outras vezes, e juro que quase me levantei e busquei uma faca, apenas para molestar seja lá quem fazia o barulho irritante ecoar pela casa.

- Já vai, Caralho! - Lauren falou gritando, e me fazendo gargalhar.

Deus, como eu amo essa mulher.

A porta foi aberta com força, e por alguns segundos, minha namorada ficou em silêncio.

- Oi, gostosa! - Uma voz desconhecida falou. Lauren permaneceu em silêncio, o que fez meu sangue ferver. Gostosa?

- Veronica?

Como assim, gostosa? É agora que a galinha começa a voar.

Wishes - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora