Anastasia
Depois de me fazer um jantar espetacular com direto a morangos com chantilly e fondue de chocolate na sobremesa, Mia decidiu arrumar as malas e passar uns dias em Palermo sem nenhum motivo aparente.
Eu tentei argumentar, implorei para que ela não me deixasse sozinha, mas depois de ver seus olhos meio marejados e a postura rígida preferi ficar quieta e só pedi para que ela se cuidasse bem.
Christian também tentou interceder e entender o que estava errado, mas Mia não disse nada. Ele me prometeu pressionar Elliot até ele falar se aconteceu alguma coisa mais séria em troca da minha tranquilidade.
Sem ter muito o que fazer deixei meu marido e cunhado com Mario na biblioteca e fiz meu caminho até o nosso quarto, passando direto para o banheiro. Tudo o que eu queria agora era relaxar numa banheira de água quente cheia de bolhas.
Abri as torneiras, joguei alguns sais de banho caros na água e selecionei uma playlist aleatória com músicas relaxantes. Gemi satisfeita assim entrei na água quentinha.
Sinto o bebê se mexer dentro de mim com chutes fortes. Esfrego o local com uma careta e começo a cantarolar Osito Carpintero, música que meu pai cantava para me fazer dormir.
— Você é a coisa mais linda do mundo inteiro. — ouço a voz suave do meu marido no meu ouvido, depois suas mãos fazendo mágica no meu pescoço e ombros.
— Eu amo ouvir você falar isso. — Christian ri e me dá um beijo na nuca.
— E eu amo você.
— Também me agrada muito ouvir isso. — murmuro com um sorriso e abro meus olhos, me virando para olhá-lo. — Conseguiu arrancar alguma coisa do Elliot?
Christian balança a cabeça em negação e se desfaz rapidamente das suas roupas, chutando-as para o monte onde deixei as minhas.
Abro espaço para ele atrás de mim e me ajeito entre as suas pernas. Nossas mãos vão para a minha barriga juntas e começamos uma carícia para o nosso filho.
— Eu tentei, mas ele jurou que também não sabe o que está acontecendo com a Mia. Até de manhã Elliot disse que eles estavam bem mas depois do almoço ela começou a ficar estranha.
— O Elliot vai pedir a Mia em casamento. — murmuro baixinho e olho para ele sobre o ombro.
— Ele me contou. Pretendia levar a Mia para jantar e fazer o pedido mas com essa viagem repentina dela acho que ele vai esperar. — bufo e reviro os olhos.
— Mia sempre foi uma cadela inconsequente. Nunca espera nada tomar seu rumo próprio, ela sempre tem que fazer as coisas de acordo com as crenças dela.
— Ana, não podemos criticá-la por isso. Eu imagino que a Mia deve estar tão apavorada com os próprios sentimentos como o Elliot. Mas não se preocupe, já mandei três homens fazerem a segurança dela e irem para onde ela for. Serão só alguns dias, vai ver.
Suspiro e abaixo meus olhos, fitando nossas mãos entrelaçadas. Olho para o meu anel de noivado enorme e a aliança de platina, depois para a aliança de Christian.
— Quando você descobriu que me amava? — deito minha cabeça no peito dele.
— No momento em que te vi no aeroporto. Não é brincadeira toda a história que eu te contei, Anastasia. Eu já te amava desde que saí do hospital a quase oito anos, mas parecia um amor abstrato. No dia que te vi eu descobri realmente o que é ser capaz de tudo por alguém que se ama. Por você eu sou capaz de tudo.