Anastasia
— Corpo é encontrado mutilado nos arredores de Nova Jersey. O cadáver apresentava várias marcas de queimaduras e cortes além de estar sem a cabeça. As autoridades locais afirmaram que estão investigando o caso. — leio a matéria do The New Yorker com um sorriso satisfeito e levanto os olhos do tablet.
Christian morde o lábio inferior numa falha tentativa de controlar a vontade de rir enquanto dá mamadeira para o nosso filho.
— Você parece feliz essa manhã, senhora Grey. — suspiro e jogo o tablet na cama, caminhando até ele com um sorriso enorme nos lábios.
— E como eu não estaria? É sempre bom saber que pessoas ruins tiveram o que mereciam. Só tenho pena da família do rapaz. — faço a minha melhor cara de pesar e Christian rompe numa gargalhada alta.
— Você é terrível, dea mas a sua maldade deixa o meu pau tão duro. Acho que somos dois doentes, afinal.
Dou de ombros e beijo a bochecha dele antes de beijar a cabecinha do Teddy.
— Eu só sou doente por você, baby. — beijo o biquinho que ele faz e acaricio a virilha dele sobre a calça jeans.
— Mas me fale mais sobre o seu pau duro, querido. Esse é um assunto que realmente me importa.
Christian geme e tira a mamadeira da boca do Teddy, equilibrando-o num braço enquanto abraça a minha cintura com o outro.
— Vou terminar com ele e quero você nua e de joelhos na nossa cama. Meu pau precisa muito dessa boca esperta.
— Deus, vocês são nojentos. — rio da voz enojada da Mia e olho sobre o ombro vendo ela e Elliot entrando no nosso quarto com expressões desagradáveis.
— O nosso casamento é baseado na comunicação, sinto muito se o seu não é assim. — ela revira os olhos e pega o Teddy dos braços do Christian, beijando a bochecha dele.
— Vocês não tem vergonha? Meu sobrinho está aqui ouvindo essa putaria.
— Espero que tenha acontecido alguma coisa muito séria para vocês estarem aqui atrapalhando o nosso momento íntimo. — arqueio uma sobrancelha e Elliot assente, atraindo toda a minha atenção.
— Está feito, Ana. Os caras acabaram de colocar a cabeça do seu irmão na porta da casa dos seus pais. — volto a sorrir como uma idiota e olho para Christian animada, dando pulinhos e batendo palmas.
— Vocês são ótimos, obrigado. Agora vamos sentar e esperar a minha mãe surtar. Isso vai ser delicioso. — mordo a ponta da unha e vibro só de imaginar a cara dela quando abrir o presentinho.
— Tem certeza que isso não vai te trazer problemas, Ana? — Mia olha para mim com os olhos arregalados, tensão emanando de todos os seus poros.
— Tenho, não se preocupe. Eu vou representar o meu papel com maestria na frente dela. — pisco para reforçar as minhas palavras e Mia assente mesmo não parecendo muito segura das minhas palavras.
— Agora nós precisamos cuidar do batizado do Teddy para fazer isso parecer o mais verídico e inocente possível.
— Não se preocupe, já está tudo pronto. A missa será amanhã às nove e depois teremos um brunch, tudo na maior normalidade possível.
— Ótimo. Quero também que aumentem a segurança da família toda e também as buscas pelo Marcelo. Ele não pode ter sumido assim, nós temos recursos para encontrá-lo e eu quero isso até o fim do mês. Já cansei de esperar.
Elliot assente e me dá um beijo na testa antes de puxar o celular do bolso e sair do quarto. Christian se despede de mim e do Teddy e vai atrás, a tranquilidade anterior completamente perdida.
