Olhos de amor

Capítulo 34

ANY GABRIELLY

Any: Marquei uma ultrassom para amanhã. Quero saber se está tudo bem. - digo me deitando ao lado de Josh.

Depois de contar a todos a novidade, Josh foi comigo em minha casa, disse aos meus pais que meu celular quebrou e que eu não consegui contato com eles, também disse que contei a Josh sobre minha gravidez e o quão feliz ele ficou.

Josh conversou bastante com meus pais e pediu que eu viesse morar com ele para que o mesmo acompanhasse de perto da gravidez. Meus pais concordaram e eu trouxe minhas coisas para cá e enquanto eu era mimada por Josh e o pessoal os empregados arrumavam minhas coisas aqui.

Josh: Ótimo, quero saber como está nosso filho. - ele coloca as mãos na minha barriga. - eu estou muito feliz. - viro minha cabeça para ele sorrindo.

Any: Eu também.

Josh: Eu não vou sair do seu lado. - ele diz olhando em meus olhos fazendo círculos imaginários em minha barriga. - tem mais de um coração batendo dentro de você e eu não poderia estar mais feliz em saber que nosso amor se multiplicou e gerou um filho.

Any: Eu te amo.

Josh: Eu também te amo, meu amor. - ele me beija.

Me viro encostando minhas costas em seu peitoral e ele se ajeita formando uma conchinha ainda com a mão em meu ventre.

Josh: Any?

Any: Oi?

Josh: Se você quiser, eu saio da máfia e deixo tudo nas mãos do Noah. - me viro para ele.

Any: O que? Não! - nego rapidamente.

Josh: Como é?

Any: Josh, eu não fiquei brava por você ser mafioso, fiquei brava por você ter escondido isso de mim. Eu sei que essa máfia é importante para você e por isso eu não vou te impedir de fazer parte dela. Apenas não me esconda mais nada.

Josh: Nunca mais. - volto a me aconchegar nele e sinto meus olhos pesarem.

...

Acordo com a luz do sol em meu rosto e xingo mentalmente. Sinto o braço de Josh em volta da minha cintura acariciando minha barriga.

Me levanto com todo o cuidado para não acordá-lo, visto meu roupão de seda azul claro e desço as escadas.

Sempre como de manhã, mas agora parece que tem um leão faminto a dois anos em minha barriga. É claro, agora como por dois.

Chego na cozinha e vejo uma cabeleira cacheada de costas.

Any: Bom dia? - digo confusa.

Ela não estava aqui ontem e nenhum dos dias que vim aqui.

Ela se vira e fico pasma ao notar a semelhança dela comigo. Ela fica branca.

- Any... - ela sussurra.

Any: Nour? - ela assente ainda atordoada.

Mas o que? Minha irmã está morta!

Any: Mas como.... você... - sinto uma tontura e me escoro na bancada para não cair.

Nour: Sou eu, Any!

Any: Não, eu só posso estar louca! Você não é minha irmã! A Nour está morta a muitos anos.

Nour: Elly, sou eu. Você não está louca. - olho para ela ao mesmo tempo que a mesma se aproxima.

Any: Como isso é possível? Você estava morta! Eu vi você morta no chão.

Nour: Sim, eu levei um tiro, mas não morri, fique no hospital..

Any: Disseram que você estava morta.

Nour: Mas não estou, amor. Foi tudo um mal entendido.

Any: Então me explica, Nour!

Nour: Sim, meu coração parou de bater, mas depois os médicos conseguiram reaver meus batimentos cardíacos.

Any: Por que não avisaram nada?

Nour: O médico que estava cuidando de mim era um pedófilo desgraçado! Disse a vocês que eu tinha morrido, ele me "adotou" me fazia de escrava sexual. - coloco a mão na boca.

Any: Como você escapou?

Nour: Um dia, ele tinha mandado eu ir ao mercado, eu fui e na volta vi Lamar, meu chefe, em um beco estrangulando um homem, eu fiquei assustada, mas ele disse que não ia me fazer mal e que eu podia ir, quando eu estava saindo ele me parou porque viu os machucados em meus braços e rosto. Eu contei tudo a ele. No outro dia ele foi a minha casa, matou o imbecil e me levou para a casa dele. Quando vi já estava envolvida com a máfia.

Any: Por que não me procurou?

Nour: Eu não sabia qual seria a sua reação depois de me ver depois de tanto tempo.

Any: Ficaria pálida, assim como estou agora!

Nour: Eu sei que é difícil, mas por favor, tente entender, eu não sabia como aparecer do nada para minha família que achava que eu estava morta. - respiro fundo.

Any: Eu senti saudades. - jogo meus braços ao redor de seu corpo.

Nour: Eu também senti a sua, Elly. - ela me abraça de volta.

Any: Ah, quero te contar uma coisa. - digo me afastando.

Nour: O que?

Any: Você vai ser titia. - ela olha incrédula para minha barriga.

Nour: Tia? - assinto. - eu? - assinto de novo. - eu vou ser titia! - ela me abraça novamente.

Depois Nour fez nosso café da manhã e comemos juntas colocando o papo em dia.

É, eu não poderia estar mais feliz.

...