Se Recorde Do Rei

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— Erwin! — Levi chamou alto, trazendo com sua fala a preocupação dos soldados lá fora, as mãos do mais baixo foram até o loiro, tocando levemente seu rosto, o erguendo e notando a expressão de dor do mesmo, quando um dos homens entrou ali, de maneira eufórica, o anjo disse a ele. — Tragam a Hange aqui.

Não sabia o que estava acontecendo, ajudou o mais alto a se sentar na cama, o príncipe tossiu mais algumas vezes, no entanto agora não havia sangue, ele repetia para o Ackerman que já estava melhor, que não precisava se preocupar, e claro que Levi não o escutou, continuou ali até que Hange entrasse no local, a mais alta também ficou supresa de início, o príncipe sempre foi um homem de saúde intacta. Embora doenças fossem comum naquela época, ver o príncipe vivenciar uma a deixava nervosa.

— O que ele tem? — O Ackerman perguntou após algumas horas, Erwin não dormiu, acabou acompanhando todo o processo, olhando curioso enquanto aguardava uma explicação para tal acontecimento, nada mais doía, era como se tivesse passado rapidamente.

— Eu não sei...— A resposta veio baixa, a mulher encarou os homens a sua frente, seu olhar era triste e o soldado suspirou ao ouvir o que ela disse. — Quando meu pai era médico ouve um caso parecido, mas faz certo tempo, e ainda é muito cedo para que eu indique algo. — Ela dizia nervosa, ao se levantar da cadeira, a médica se locomovia de um lado ao outro no cômodo, desmostrando sua inquietação, sua mão estava sobre seu queixo, pensativa. — Talvez se eu retornar para examiná-lo amanhã, posso descobrir algo que me indique o que aconteceu, não há nenhum inflamação na sua garganta príncipe...Na verdade, se Levi não estivesse aqui para provar, seria difícil para os outros acreditarem que algo saiu dela.

O nobre apenas concordou sobre o que lhe foi dito, em um suspiro pesado ele apenas encarou a amiga e o amante ao seu lado, Levi matinha sua expressão de choque, humanos eram tão fracos e frágeis...O Ackerman sentiu o aperto em seu coração, como uma pontada, eufórico.

Hange indagou sobre mais algumas coisas, antes de dizer que visitaria novamente o Smith a tarde, quando ela se retirou do quarto, o mais baixo sentou-se na cama, um pouco afastado, seus olhos escuros encaravam o chão de maneira incrédula.

— Meu pai. — O loiro deu início a um diálogo, Levi não entendeu bem, mas o deu atenção, direcionando suas orbes a ele. — Ele morreu quando eu tinha quartoze anos, ele também...Não demostrava nenhuma indicação de que estava sofrendo de uma doença, era como, se só ele pudesse entender.

— Você não deveria contar isso a ela? — O Ackerman se referiu a médica.

— O caso que ela citou, era esse. Hange sabe que há grande chances de ser algo hereditário, mas não quer admitir tão cedo.

Levi tocou sua mão nos ombros do mais alto, em um carinho sutil, todavia tal ato teve seu impedimento quando as portas foram abertas, a mulher loira entrou ali rapidamente, sua expressão era de medo, ela colocou a mão no peito de maneira melancólia, se aproximando do filho, este que a encarou rapidamente, recebendo um abraço da mesma, o anjo se afastou de ambos por instinto, se levantado dali.

— Meu amor! Eu fiquei tão preocupada filho. — Seus braços apertavam o mais novo, que retribuía sutilmente a interação. — Todos estão comentando, você está melhor?

A rainha continuava a desferir contínuas perguntas ao mais novo, que respondia calmante a todas elas, enquanto o Ackerman os encarava com seriedade. Ele notou a mais velha o fitar com uma expressão diferente, talvez, pelo que parecia, com desprezo.

Ela susurrou algo para o Smith antes de sair do cômodo, ele viu os olhos azuis do homem ficarem um pouco confusos, porém voltaram ao habitual, o encarando assim que a mulher já estava longe o bastante para não os atrapalhar.

— Levi...— O Ackerman levantou seu olhar assim que foi chamado. — Poderia me abraçar? — O Smith lançou a pergunta com sutileza.

O Anjo não ditou qualquer outra coisa, apenas se aproximou dele, o loiro estava sentando sobre a cama, e ainda de pé, Levi levou suas sãos até os ombros do mesmo, Erwin era um homem alto, então mesmo sentado sua cabeça ainda encostava sobre o peito do Ackerman, este que levou a mão até os fios dourados, acariciando ali, enquanto sentia o outro abraçar sua cintura com os braços fortes, o Smith inalou o cheiro do moreno, que possuía certeza de que ele podia ouvir seu coração bater de maneira frenética e contínua.

— Erwin?— Dessa vez o menor chamou, após alguns minutos de silêncio, sentindo o corpo quente contra o seu, ouviu um pequeno "Hm?", o permitindo que continuasse. — Posso perguntar algo?

— O que você quiser. — Respondeu de imediato, Levi sentiu um rubor invadir seu rosto, mas para seu alívio, o homem estava muito ocupado em acariciar sua barriga por cima dos tecidos, então acabou por não notar.

— Me conte um pouco sobre sua mãe e seu pai.

***

Era noite, o Ackerman possuía uma expressão serena, seu humor havia melhorado depois que Erwin não apresentou nenhum sintoma ao longo do dia, contudo, a sensação de estranheza estava com si a bastante tempo, primeiramente, era de se desconfiar, haver um rei morto por um doença desconhecida e ninguém demostrar desconfiança, ou ao menos os cidadãos do mesmo fariam alguma manifestação eufórica sobre, mas pelo que viu e indagou aos demais soldados sutilmente durante a tarde, fazia parecer que todos encaravam como algo apenas triste, eles não ficavam curiosos ou sequer dialogavam sobre.

— Aí está você. — Ele ouviu uma voz feminina o chamar, virando-se para encarar a dona.

A rainha sorriu para si, se maneira pouco forçada, o olhos azuis da mulher estavam gélidos e impiedoso ao encararem ele, suas mãos seguravam uma rosa branca, comuns no grande jardim que possuía ali.

— Precisa de algo? — Calmamente ele perguntou, notando então a mão machada da mesma, provavelmente a flor que segurava havia causado aquilo, as gotas escorregaram pelo caule, atingindo as pétalas com o sangue.

— Oh não. — Reclamou baixinho, olhando para o mais baixo a sua frente, os furos em sua palma eram notáveis, todavia era como se não a afetasse. — Rosas são lindas, e parecem tão indefesas, não é? Ao ponto de me fazer querer ter mais contato com elas...No entanto se eu a seguro mais fortemente, para assim poder ter esse contado, ela me fere.

— Por que está falando essas coisas? — O Ackerman perguntou, suas orbes escuras e acinzentadas alternavam entre a rainha e a flor, agora caída sobre o chão.

— Você é como uma rosa Levi, mesmo que meu filho esteja encatando, e o   queira a todo custo, tudo que você causa a ele...É dor.

Um sorriso se formou nos lábios dela, assim que anjo desviou seu olhar para baixo, ele parecia pensativo, surpreso, e até mesmo indignado com tal comparação, em nenhum momento quis machucar o príncipe, de nenhuma maneira...Eles tinham um enorme tempo de convivência, quase um ano, foi quando demostrou seus sentimentos pouco a pouco. Todavia, sobre aquilo, ela tinha razão não era? Desde que Erwin o salvou, não havia momento em que obtiveram um tempo de paz ou calmaria mínima.

— Quer que eu me afaste dele? — Concluiu rapidamente, cruzando os braços e voltando a fitar a Smith.

— Que esperto, anjo. — Ela encostou-se na parede por um breve momento, antes de continuar. — Eu quero que você entenda que o faz mal, e o deixe.

O Ackerman hesitou antes de responder, a nobre já havia tido certeza assim que notou a expressão triste dada a si anteriormente, que ele concordaria, só necessitava de uma confirmação.

— Sinto muito rainha, mas eu não irei sair do lado dele, nem que me você me proíba de entrar neste castelo.







.....♡

Olha eu aqui depois de séculos, perdão meu povo, o bloqueio criativo me pegou de jeito viu.

Espero que tenham gostado do capítulo.

Me desculpem por qualquer erro de escrita, e muito obrigada pelo apoio.

Até mais♡♡ bebam água.

Behind A Warrior - Eruri Onde histórias criam vida. Descubra agora