Arcanjo

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Responsabilidade definia aqueles seres melhor que qualquer outra palavra. Anjos, eram puros, seres de luz, voltados a obedecer tudo o que Deus ordenasse, embora nenhum deles tivesse realmente o visto alguma vez.

Os anjos tinham que acabar por prestar sua obediência uns ao outros, já que o único contado que tinham com o criador, era nos seus nascimentos, sendo divididos em três partes assim que começam a demostrar desenvolvimento, cada qual com suas funções.

Anjos comuns vigiavam os humanos, os ajudando e ouvindo suas orações, de poder mediano, eles não podem fazer muito além de expulsar demônios fracos e espíritos ruins que vagam pela fria noite, limpando a terra da maneira que podiam, eles retornavam ao céu raramente, acompanhados de asas brancas e pequenas, de poucos detalhes.

Os arcanjos eram guerreiros, o dom de luta e poderes que possuíam barravam qualquer um que os enfrentassem, raramente eram enviados a terra, a menos que houvesse um caso extremo, suas asas eram grandes, encantado qualquer um que as vissem, e tinham tal aparência para demostrar a grandeza divina que eles representavam.

Por último, haviam os anjos de coral, tinham o poder de anjos comuns, contudo por conta de sua bela voz, eram os favoritos de Deus, sendo protegidos e nunca postos a terra, eram intocáveis, e nunca corriam riscos, sendo protegidos pelos demais, tudo isso porque foram abençoados com um bom timbre ao cantar, era injusto. As asas dos anjos de coral era pequenas, entretanto as penas variavam de anjo para anjo, fazendo com que chamassem mais atenção ali.

Levi Ackerman era um Arcanjo.

Mesmo ainda sendo jovem, o ser celeste não imaginou que sua primeira missão fosse dada tão rapidamente, Isabel foi consigo, o arcanjo de aparência feminina o ajudaria na missão, já eram bastante próximos, por esse motivo resolveram ir a missão juntos, já que Isabel já havia presenciado e parecido de várias lutas. Estavam convictos de que iria da tudo certo, afinal, pelo pouco que foi informado, o ser maligno que iriam infrentar tinha poder elevado para anjos comuns, mas para eles não passava de um poder mediano.

Porém, naquele dia, na noite fria e silenciosa, Levi concluiu que da pior maneira possível, que os humanos que Deus tanto protegia poderiam ser piores do que imaginava.

O Ackerman lembrava-se de pouca coisa, as poucas recordações que tinha era de ter ajudado Isabel a fugir após serem capturados por humanos, eles não eram autorizados a toca-los, muito menos machucar os mesmo, e tal coisa fez o anjo proteger a amiga, lutando contra os cinco homens que encontrou, sendo acertado por vários tiros no processo, não sentindo nenhum deles, porém, eles descobriram seu ponto fraco quando uma das balas acertou suas asas, deixando eles surpeendidos quando o arcanjo resmungou de dor pela primeira vez. O outros momentos, infelizmente, Levi se lembrava muito bem, seus gritos eram altos, grunhido de dor quando os homens quebraram suas asas brutalmente, fazendo um som alto dos ligamentos da mesma sendo quebrados, enquanto as lágrimas caiam dos olhos pretos, com pequenos tons azulados.

Dor, ele nunca sentiu tanta dor em cem anos como arcanjo, nem quando viu seus colegas não voltarem, todas a vezes que vinham a terra, eles não quebraram só suas asas, quebraram toda fé que tinha em seu coração, retiraram seu poder junto com elas, que foram levadas com eles como forma de troféu. Estava tão ferido que sequer conseguia pensar em mais nada, o sangue escorria em suas costas, estava chorando, sentia que choraria por dias, ele queria, voltar para casa.

Eles foram sem o fazer nada, o machucaram por diversão, aqueles homens prenderiam suas asas em uma parede qualquer, como se fosse algo para se orgulhar.

Fechou os olhos assim que o sol nasceu, rastejando o seu corpo pelo beco sujo, por entre os lixos imundos que havia ali, era outra coisa que Levi notou odiar quando veio para a terra, sujeira, repugnância era o que sentia por ela.

Behind A Warrior - Eruri Onde histórias criam vida. Descubra agora