Behind A Warrior - Eruri

Cura

Levi paralisou, achou que não viriam atrás de si.

Sasha puxou Niccolo para um canto mais reservado da rua, por mais que fosse considerados irmão também, não obtinha tanta intimidade com o mais baixo, e não queria se envolver em assuntos sérios como aquele, poderia falar bobagens. O cozinheiro a seguiu de bom grado, o loiro também não estava com vontade de continuar ali.

O Arcanjo não conseguia racionar nada rapidamente, já que a mais nova não o deu tempo, um abraço apertado foi depositado em seu corpo, e a irmã sentia que poderia chorar. O menor demorou alguns segundos para retribuir o carinho, a abraçando por poucos segundos, antes da mulher se afastar e encarar os olhos negros que se pareciam tanto com os seus.

Erwin olhava atentamente para os dois.

Levi tinha mesma uma família, isso era bom, acreditava o príncipe, contudo, o coração se apertou por alguns segundos, como se estivesse perdendo algo. E ele estava, havia se acostumado com a presença do Ackerman, seria difícil o deixar ir tão rapidamente.

Mikasa continuava a olhar o irmão, que entendeu rapidamente o que deixava a  semelhante tão abismada, ela não sentiu suas asas quando o abraçou.

— O que você fez com ele!?

A morena se aproximou ferozmente do nobre, esse se afastou assustado, no entanto a mulher parecia não se intimidar com o príncipe, apressando seus passos e chegando mais perto, sendo impedida pelo irmão, que a segurou pelo braço.

— Erwin não fez nada! — Levi ditou, ficando em frente do loiro, esperando que a face irritada da mais nova se desfazer, vendo que a mesma havia relaxado, o anjo continuou. — Foram outros homens, eles me machucaram, mas o Erwin, disponibilizou seus cuidados para mim. Ele é bom. — E novamente as orbes de ambos se encontraram, desse vez como um aviso a irmã, para que se acalmasse. Algo que foi obedecido pela mesma, não gostaria de brigar com o mais baixo logo após o encontrar.

— Me desculpe. — Ela curvou-se brevemente, mesmo contra sua vontade, apenas para não gerar caos com o seu irmão. — Obrigada. — Disse ao príncipe, assim que retornou a postura habitual.

— De nada. — O Smith ditou alguns segundos depois, ainda concentrado na situação, teria que a analisar. Sentiu sua mente se conturbar novamente quando a mão pequena segurou a sua, a aquecendo rapidamente com o contato das peles.

— Príncipe. — Erwin olhou supreso para o Ackerman, Levi nunca havia o chamado de príncipe, era estranho vindo dele, e a voz calma parecia dizer em forma de elogio, o nobre se sentiria intimidado se não estivesse naquela situação deveras estranha, com a mulher o encarando como se fosse o queimar vivo. — Temo que teremos que nos despedir, mas antes disso, tenho que lhe agradecer de alguma forma.

Mikasa cruzou os braços, o que aquele humano estava fazendo conversando naturalmente com seu irmão? Era fato de que arcanjos sempre cumpriam suas promessas e facilmente se sentiam em dívida com alguém, porém, em sua mente, a diferença de ambos ainda era gritante, aquele era um simples pecador humano, tocando a mão de um ser celeste e puro.

O Ackerman se curvou rapidamente, deixando a mão do maior solitária novamente, levantado sua cabeça em seguida, fitando seus olhos  escuros nos azuis a sua frente. O Smith viu sua mente esvaziar, e então a cena o Ackerman impedindo rapidamente sua irmã de avançar em si, se fez presente.

— Você é forte. — O príncipe ditou, vendo o Ackerman concordar com a cabeça. — Você seria um excelente soldado, basta um pouco de treino.

— Olha só como ele fala Levi. — Mikasa disse furiosa. — Meu irmão é um arcanjo forte. Ele não precisa ser treinado por um humano qualquer.

Levi estreitou os olhos para a irmã, vendo a mesma se calar.

— Arcanjo? — Erwin silabou, impressionado. — Por isso suas costas tinham aquilo?

— Sim. — O Ackerman se encolheu brevemente se lembrando dos acontecimentos antes de conhecer ao nobre. — Você acredita, Erwin?

— Você está mentindo?

— Não.

Um sorriso genuíno se formou nos lábios do príncipe, e um sentimento de honra invadiu seu corpo. Ele estava mesmo com um anjo em seu quarto durante todos aqueles dias? Sempre foi um homem bastante lógico, contudo, aquela era uma explicação plausível para a forma que o menor agia constantemente.

— Eu acredito. —Disse, e Levi sorriu fraco, desviando seu olhar do loiro, que podia jurar que havia visto um rubor nas bochechas do Ackerman.

Com o sorriso pequeno dado a si pelo Arcanjo, Erwin Smith se sentiu honrado em poder comprovar, que os anjos eram tão lindos quanto as pessoas costumavam dizer.

(...)

Três dias depois

— Erwin meu filho, ele vai matar eles. — A rainha disse quando Levi derrubou o quinto e último soldado, a mulher estava impressionada em como aquele homem de feições delicadas poderia ser tão forte.

— Eles vão aprender muito com ele. — O príncipe sorriu, admirando o menor de pé, enquanto os outros homens grandes respiravam descompassados, a procura de ar.

Mikasa. Ele olhou brevemente para a mulher, que treinava algumas pessoas a direita, convencê-la foi difícil, mas segundo Sasha, que preferiu ficar na casa do do cozinheiro, ao invés do castelo, relatou ela, que Levi não poderia retonar ao céu sem suas asas, disse que nasceriam novas ao corpo do pequeno se ele continuasse virtuoso por certo tempo. E claro, Seguindo as regras divinas.

A mais nova concordou em ficar no castelo para vigiar o irmão, que permaneceria para cumprir sua promessa de agradecimento.

Os sons dos homens gritando e apanhado era alto, fazendo a rainha se retirar, dizendo ao filho que estava triste com toda aquela agressão que os Ackerman faziam.

O Príncipe continuou ali até certo tempo, vendo o anjo se aproximar após alguns minutos, ele estava um pouco cansado, por mais que fosse celeste, seu corpo na terra ainda era humano.

— O que você achou? — Perguntou assim que ele e Levi começaram a caminhada até o quarto do loiro.

— Foi boa. Estamos treinando desde cedo, os garotos conversavam bastante, fiquei confuso sobre alguns assuntos.

— Ah, não tive tempo para vir vê-lo mais cedo. Tem algo que eles disseram que você não entendeu?

O Nobre havia feito um pequeno acordo com o menor após descobrir que ele era um Arcanjo, ele poderia o perguntar caso  não entendesse do que as outras pessoas falavam, era engraçado ver Levi com indagações bobas como; "O que é um cachorro?".

— Eu entendi bem a conversa dita hoje Erwin. Só ouve algo que me intrigou. — Disse o menor, enquanto entrava no grande quarto.

— E de que se trata, Levi? — O nobre perguntou simplista.

— O que seria "Nós nos beijamos"?

Notas:

Até o próximo meus amores. Espero que tenham gostado do capítulo.

Desculpem qualquer erro de escrita.

Bebam bastante água.