Capítulo 36

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Dulce Maria

— O que vamos fazer agora? — perguntei pra Christopher.

— Acho que nada? Podemos dar uns amassos, eu iria adorar. — dei um tapa em seu braço e ele fez uma careta.

— Chris, eu estou falando sério!

— E eu também. Você acha que agora, com Anahí de cabeça quente, vocês vão conseguir conversar? — passei a mão no rosto e o encarei. — Você conhece ela mais do que ninguém, sabe que ela fica cega, se achando a dona da razão, quando é contrariada. Espere um pouco, vou falar com Christian também mas não agora. Isso pode gerar uma crise maior ainda.

— Acho que você tem razão, se eu falar com Anahí agora, é capaz que a gente brigue ainda mais. — conhecendo Anahí como eu conhecia, sabia que aquilo poderia dar uma merda maior ainda. Eu amava minha melhor amiga como se fosse minha irmã, mas quando ela se achava na razão, não tinha ninguém que conseguisse provar o contrário.

— Então... — ele se aproximou mais de mim e pousou suas mãos na minha cintura. — O que acha de continuarmos de onde paramos? — sua voz rouca ecoou no meu ouvido e arrepiou minha pele, o efeito de Christopher em mim era rápido, quase que instantâneo.

— Mas, Chris, parece... errado. Sei lá, estou tensa com isso.

— Só vai ser errado se eu não te foder do jeito que você merece. — se eu estava tensa ou nervosa com aquela situação, Christopher tinha acabado de fazer tudo aquilo passar.

Ele me beijou desesperadamente, me pegou no colo, e sem perder nosso contato, me colocou sentada no balcão da cozinha, enquanto subia meu vestido. Eu estava com medo de fazer aquilo ali, e arriscar que tia Alê chegasse, mas Christopher me tocava e me beijava com tanta intensidade, que o tesão já falava mais alto.

Ele desceu beijos molhados pelo meu pescoço e logo alcançou um dos meus seios, chupando-o como se sua vida dependesse daquilo. Enquanto trabalhava naquela região, Christopher subiu sua mão pela minha perna, até chegar em minha boceta molhada. Ele fez uma leve pressão por cima da calcinha, mas logo a afastou e penetrou dois dedos em minha intimidade, enquanto se movia devagar.

Sem demorar muito ali, Christopher desceu os beijos por minha barriga, até chegar na barra da minha calcinha. Ele a desceu, delicadamente, abriu minhas pernas ainda mais e passou sua língua por toda minha boceta, me fazendo gemer de alívio.

Enrosquei meus dedos em seu cabelo e me deitei no balcão, para que nosso contato aumentasse. Rebolei contra sua boca e Christopher aumentou ainda mais sua intensidade. Eu senti meu ventre se revirar e ele pareceu perceber, já que me olhou e deu aquele sorriso malicioso que só ele tinha. Logo, um orgasmo arrebatador me atingiu e meu corpo inteiro começou a tremer, me levando ao ápice do prazer.

— Tá mais relaxada agora? — ele disse ficando na altura do meu rosto.

— Ainda não, acho que você vai precisar me foder pra eu me acalmar. — disse com a voz baixa em seu ouvido e vi seus olhos arregalarem.

— Você vai acabar com a minha vida assim, Dulce Maria. — Eu sorri com suas palavras e o observei se afastar para tirar suas roupas.

Christopher se posicionou no meio das minhas pernas e me penetrou com violência, me arrancando um grito de prazer e dor ao mesmo tempo. Seus movimentos eram rápidos, tudo que podíamos ouvir era o barulho dos nossos corpos se chocando e nossos gemidos se misturando.

— Chris, mais forte. — Christopher levantou meu corpo para colar junto ao seu e passou a estocar cada vez mais forte, enquanto seus dedos se enroscavam no meu cabelo e sua boca estava grudada em meu pescoço.

Cravei minhas unhas nas costas dele e arqueei meu corpo pra traz, sentindo que estava próxima de gozar novamente. Christopher tirou a mão do meu cabelo e a levou para meu pescoço, me enforcando levemente e me fazendo atingir mais um orgasmo poderoso, e dessa vez, sendo acompanhada por Christopher, que derramou seus jatos dentro de mim e gemeu rouco de prazer.

Deitei cansada naquele balcão e Christopher deitou seu corpo por cima do meu, para recuperarmos nossas forças. Passei a fazer um cafuné em seus cabelos e o senti sorrir contra minha barriga, eu gostava desse momento pós sexo com ele, e esperava que isso nunca mudasse.

— O que acha de um banho? — ele disse quebrando o silêncio e eu o olhei.

— Acho que precisamos, isso foi intenso... — ele concordou e se levantou, me ajudando a fazer o mesmo. Christopher me deu um selinho demorado e segurou minha mão, me direcionando para o banheiro.

Christopher estava cada vez mais carinhoso comigo, e eu já não sabia mais se conseguia diferenciar as coisas entre nós. Erámos, acima de tudo, amigos, e isso nunca mudaria, mas eu estava começando a vê-lo com outros olhos, de uma forma que nunca pensei que veria.

— Dul? Está tudo bem? Está me encarando a um tempão. — ele disse assim que entramos no box para tomarmos banho, e a água já caia em nossos corpos.

— Eu só estava pensando, perdão. — balancei a cabeça e afastei meus pensamentos, mas não antes de me lembrar o que Christopher tinha dito antes de sermos interrompidos. — O que você quis dizer com aquele “mas até quando”? — Christopher travou e me olhou, suspirando fundo.

— Não sei, só saiu... — ele deu de ombros e eu franzi o cenho.

— Não, não “só saiu”, me diz logo.

— Não quero te assustar, Dulce. Não sei se você tá pronta pra certas coisas... — abaixei a cabeça e assenti, sabia bem do que ele estava falando, e saber que ele me respeitava ao ponto de não expressar o que sente, aquecia meu coração.

— Você também tá mexido? — murmurei e ele me encarou, arregalando os olhos. Christopher concordou com a cabeça e passou a mão no rosto. Me aproximei dele e o beijei suavemente, sendo correspondida no mesmo segundo. — Não se preocupe com isso.

— Eu não queria me envolver, você não tá pronta pra lidar com isso agora, está se curando ainda e não é justo com nós dois.

— Mas nós sabíamos que, eventualmente, isso aconteceria. E está tudo bem, Chris, eu me sinto igual a você. Só não quero dar um passo maior que a perna por enquanto, então acho melhor seguirmos assim, não é?

— Claro! — ele sorriu fraco e me deu mais um selinho. Senti que Christopher queria falar algo a mais e se conteve, mas deixei pra lá, quando ele estivesse pronto, ele falaria.

Tomamos nosso banho entre carícias e logo deitamos em sua cama. Nós tínhamos o hábito de dormirmos juntos, então tia Alê não estranharia quando chegasse. Vi Christopher adormecer, mas a insônia não me deixava desligar, minha cabeça estava à mil por hora e era quase como se a ansiedade quisesse me atormentar de novo.

Alcancei meu celular, para tentar me distrair, e me deparei com uma mensagem da irmã de Rafael em meu instagram. Por mais que tivesse bloqueado ele em minhas redes sociais, não queria fazer isso com sua família. Abri a mensagem e Sarah estava me xingando. Por que aquilo agora?

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