— Podem levar — mandou Izuku saindo da mesa onde escorava, mas parando no primeiro passo ao ouvir o grito do loiro amarrado e ajoelhado à sua frente.
O sangue no rosto dele brilhava, o ômega achava tão bonito.
— Meu pai... — começou com o lábio dormente — Meu pai quem precisa dos remédios, por isso roubei.
— Ownt~ — Izuku abaixou-se, tocando o queixo do outro. — O alfazinho cuida da família, isso é tão fofo! — a admiração tomava sua voz, mas logo seus olhos reviraram cansados. — Lindo, mas não sou fã de histórias dramáticas. — Limpou o líquido vermelho, sorrindo ao ver o loiro mudar a expressão.
— É verdade, porra. Se quiser, eu posso mostrar onde ele está — rosnou impaciente.
O ômega passou a língua pelos lábios, pensando por alguns segundos e batucando contra madeira que voltou a escorar.
Não tinha muita coisa importante para fazer, então...
— Se estiver mentindo, eu vou brincar com você um pouquinho. — Sorriu fofo uma última vez. — Seu nome?
— Bakugo Katsuki. — Cuspiu o sangue que incomodava em sua boca.
— Bem, Bakugo Katsuki, nos mostre o caminho.
A sorte daquele momento era que seu lobo havia uivado para aquele alfa, o que era um grande prêmio considerando que seu cio estava próximo. Ele não era de se jogar fora, por isso seria divertido.
E mal podia esperar.
— Então, alfazinho cuidador de família, quando veio morar aqui? Nunca te vi e, pelas suas positivas ações, aposto que não sabe como as coisas funcionam por aqui. — Fez uma careta, cruzando os braços e encarando o loiro de novo.
— Faz um dia hoje. — Ele não conseguia tirar a expressão raivosa da face e Izuku estava amando aquilo.
Desceram as escadas do prédio e esperaram na calçada, a SUV chegando depois de alguns segundos.
— Hm. — Entrou no carro, Katsuki sendo jogado em seus pés. — Está morando onde? — questionou cruzando as pernas, mas não ouviu resposta.
— O chefe fez uma pergunta — O arroxeado puxou os cabelos loiros.
— Setor D... V — Sentiu a testa bater no chão do carro ao ser solto bruscamente, virando o rosto furioso para o alfa roxo que sorriu.
— D cinco? — Izuku berrou. — Ainda está sem ninguém lá? Que merda, Ei, eu disse para colocar alguém rápido, é o limite da cidade, droga! É claro que vai ter gente entrando e saindo livremente! — A raiva cintilava em seu cheiro doce de ômega, o que não era um bom sinal considerando que Izuku fazia aquilo de propósito.
E dentro do carro fechado.
— E-eu tentei achar alguém, mas não temos mais alfas disponíveis. E é muito difícil algum ômega querer a vaga. — Ele suava tanto que precisou afrouxar o nó da gravata. — Você expulsou todos os outros seguranças, lembra?
Izuku enrugou a testa, ponderando um momento enquanto vasculhava suas últimas ações.
— Não foram tantos assim, foram? — questionou incerto, voltando a expressão passível.
— Foram, senhor — o avermelhado respondeu, fazendo o ômega suspirar e fechar os olhos.
— Então a culpa é minha, desculpe. Por que não me disse antes?
— Eu estava prestes a discutir isso com o senhor, mas... — Apontou para o loiro no chão que encarava o esverdeado de uma forma um tanto irada. — Ele aconteceu. — Sorriu amarelo.
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Do ácido ao Todo Sempre [BakuDeku (ABO)]
Romance- Levem. - O esverdeado disse levantando-se da mesa onde escorava, porém parou no primeiro passo ao ouvir o grito do loiro amarrado à sua frente. - Meu pai_ - Começou com o lábio dormente fazendo o ômega ter novamente sua atenção. - Meu pai quem pre...