— Cara, é uma proposta tremenda essa — Sero disse depois que Katsuki e Kirishima explicaram o porquê da visita. — E eu adoraria aceitar...
— Mas? — o loiro cortou inexpressivo.
— Eu não estou a fim de voltar para esse mundo.
— Você vai ser pago, se for esse o problema — Kirishima interveio, impaciente em ter perdido o caminho.
Sero o encarou hostil.
— Você escutou o que eu disse?
— Não estou interessado — Cruzou os braços, escorando na parede próximo a porta.
— Não é assim que se pede favores — Sero rebateu nervoso.
Eijiro sorriu.
— Não é um favor se estamos te pagando, beta.
Sero se levantou, mas Katsuki elevou a voz.
— É ótimo que estejam se dando bem, mas eu não tenho o dia todo. — Katsuki se levantou de onde estava sentado — Já te dizemos tudo, se está interessado ou não, não é problema nosso. Sabe para onde ir e quando, se quiser. — Pegou a gola do ruivo, arrastando-o para fora. — Estamos indo.
— Ei, Katsuki. — O loiro parou para encarar o moreno — Confia mesmo nesse tal chefe?
Katsuki riu franzindo o cenho.
— Se eu não confiasse, eu não te envolveria nisso.
Sero ficou surpreso, mas não impediu o amigo quando ele fechou a porta.
[...]
— Saco — Izuku xingou mudando a posição de novo e não aguentando mais as dores em seu corpo, fora o lobo irritante em sua cabeça. — Aquele merda foi para o outro lado da cidade? — arfou, afundando-se no que restava do cheiro de Katsuki em suas roupas. Havia vestido uma das camisas para pelo menos iludir a mente de tê-lo perto.
E de repente a porta do andar de baixo fez barulho. Izuku levantou a cabeça quase imediatamente na expectativa.
— Uau, nem preciso perguntar se você está em casa. — Escutou vindo da sala e o corpo gelou alarmado.
Não era a voz de Katsuki.
— Izuku~ — cantarolou — Eu vim para te ajudar!
O ômega sentiu a ânsia entalar na garganta. Não tinha como esquecer aquele tipo de sensação que predominava em seus cios ao lado de Shoto.
Era nauseante e Izuku cobriu a boca para impedir que o café da manhã voltasse.
Shoto era uma alfa e foi inesperadamente amor à primeira vista. Um completo galã, gentileza em cada movimento quando estavam próximos, desinteressado em qualquer coisa que desse trabalho, responsável e melhor ainda protetor. A perfeição de um alfa encarnado, Izuku se sentia sortudo no início, mas... o ômega não precisava disso tudo.
Quando mais se desgastava em tentar, mais chegava à conclusão de que ali não era seu lugar. Shoto não queria vê-lo em um patamar acima do dele e o que mais o heterocromático afirmava era de que o ômega não estava apto ao cargo de chefe e que eventualmente Shoto ficaria no lugar dele.
Era um saco, até Izuku resolver parar de discutir.
Com o tempo foi percebendo que o amor era platônico, que Shoto não sentia o mesmo sentimento que ele. Que de perfeito ele não tinha nada e para piorar: ele apenas queria ser o alfa que dormia com o chefe do distrito dos ômegas. Foi um tremendo desencanto e assim que desatou o relacionamento, Shoto mudou completamente. Mensagens, ligações e até presentes, porém Izuku deu um basta por motivos óbvios e esclareceu a nova relação deles como "amizade necessária para os negócios". Ele pareceu entender.
Até o maldito dia que apareceu no escritório.
— Você sempre preferiu esconder esse seu lado. — A porta do armário foi aberta, revelando o heterocromático sorrindo fofo ao se abaixar. — Eu posso entrar?
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Do ácido ao Todo Sempre [BakuDeku (ABO)]
Romantik- Levem. - O esverdeado disse levantando-se da mesa onde escorava, porém parou no primeiro passo ao ouvir o grito do loiro amarrado à sua frente. - Meu pai_ - Começou com o lábio dormente fazendo o ômega ter novamente sua atenção. - Meu pai quem pre...