Part 27

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Katsuki logo percebeu Izuku segurar seu pulso, alisar com as duas mãos o antebraço e apertar para que Katsuki chegasse mais perto e, como resposta, o alfa desceu o torço confuso, Izuku agarrando sua nuca e o puxando para que seu rosto ficasse colado na glândula de cheiro do alfa.

Meu alfa. Meu, e unicamente meu.

O ômega fechou os olhos e aspirou o máximo que conseguia dos feromônios do outro, deliciando-se até o abraçar pelo pescoço e se aconchegando conforme Katsuki o abraçava pela cintura, automático em suas ações.

Algo definitivamente estava errado, mas não seria ele a dizer agora.

Izuku o empurrou no súbito, sua respiração descompassada enquanto se apertava contra a porta atrás de si com medo de suas ações.

— Você não parece bem — Katsuki tentou usar do eufemismo.

— Saia... Saia de perto — Izuku pediu urgente se apoiando no batente, sua mente tilintando com a raiva de seu lobo por ter sido atrapalhado.

— Só me diga o que está havendo — Katsuki trincou os dentes por mais uma vez ser mandado para longe.

— Saia de perto — repetiu nervoso, um rosnado arrastando de seus lábios.

— Izuku, diga o que está havendo, por favor. — Um tapa veio em sua mão quando tentou não o deixar cair. O ômega escorregou pela porta e respirava pesado, seus olhos fixos em um ponto no chão que Katsuki não soube o que era.

— Meu lobo quer mordê-lo, por favor, saia de perto de mim — a voz saiu chorosa, quase como uma súplica, e o alfa estancou no lugar.

Não precisava pensar muito para dar uma resposta.

— Deixe-o me morder então.

Izuku o olhou assustado.

— Você ficaria preso a mim.

— Eu não vejo problemas nisso — Katsuki respondeu simples dando de ombros, percebeu que Izuku ficou estático e resolveu se abaixar, sentando-se a sua frente. — Vamos, deixe-o sair.

— Você ficaria preso a mim — repetiu com medo de que Katsuki não tivesse ouvido corretamente, o alfa apenas riu anasalado, esperando pacientemente que Izuku fizesse sua escolha.

— Apenas o deixe sair.

E não demorou que a borda de suas íris ficassem amareladas, um sinal breve que o lobo havia tomado total controle. Sua expressão ficando mais calma ao encontrar os olhos do alfa que apenas abriu os braços. Izuku indo para seu colo sem pensar duas vezes e o abraçando pelo pescoço.

O ômega sem demora lambeu a pele dourada e mordeu a curva do pescoço de Katsuki, o alfa segurando o ar com a dor súbita e aguda que o encheu por sua pele ser apertada. Ômegas não tinham a dentada perfurante como alfas, por isso a força exercida precisava ser maior para que a pele rasgasse e, caramba, como doía. Katsuki precisou apertar o maxilar para não reclamar e quando Izuku soltou, seus pulmões pareceram funcionar novamente. Sentiu outra lambida quente em sua pele e a dor diminuiu um pouco, Katsuki nunca pensou que seria mordido consciente.

Muito menos que se sentiria tão satisfeito depois disso.

Sua mente estalou e seu lobo uivou, arranhando para tomar posse e retribuir a mordida, porém, nem morto que cometeria o mesmo erro para que Izuku o odiasse mais, portanto, apenas deixou que o ômega ficasse à vontade contra seu corpo. Ele o mordia do pescoço aos ombros e, quando Katsuki se sentiu zonzo de dor, abraçou-o enquanto o aromatizava com seu cheiro. Izuku instantaneamente se embalou no conforto, cheirando-o o quanto podia e retribuindo a marcação de feromônios.

Do ácido ao Todo Sempre [BakuDeku (ABO)]Onde histórias criam vida. Descubra agora