— Você tem certeza? — Katsuki perguntou incerto sobre a ideia do ômega.
— Você vem ou não? — Izuku disse atravessando a estradinha para dar na rua.
Katsuki grunhiu insatisfeito fechando a porta. Não era uma boa ideia o ômega sair assim bem no ápice do cio, mas parecia que sua opinião não era tão relevante para ele.
Mesmo que de longe Katsuki conseguisse sentir o cheiro dele. Izuku estava dando um total de zero atenção para sua situação.
— Por que não chama seu motorista? — Deu uma corridinha para alcançar o ômega.
— Eu o deixo de folga quando não estou trabalhando. Eu nem sei onde ele deve estar agora.
— Que ótimo — o alfa ironizou cruzando os braços.
O caminho foi quase silencioso, exceto por Katsuki rosnar para qualquer um que olhasse Izuku de forma torta, ou simplesmente olhasse. O ômega se divertia, mas quando chegou no escritório, não foi ele quem chamou atenção, e sim o alfa.
Seu âmago borbulhou em carma.
— Você gosta de atenção, não é, alfa?
— Eu não fiz nada — respondeu indignado pela acusação, mas se divertindo interiormente.
Izuku parou no caminho, estavam na área de telefonia e lá permanecia pessoas que em sua maioria eram ômegas, alfas apenas como seguranças. Havia um em cada porta e escada, um também em frente ao elevador.
— O quê? Quer que eu ande com uma coleira no pescoço? — Katsuki falou sarcástico, ele realmente gostava da atenção que sempre teve por ser bonito e melhor ainda, um alfa, mas não entendeu a expressão extremamente irritada do ômega.
Talvez a atenção devesse ser toda dele? Ah, com certeza não.
Izuku fez um movimento com o dedo indicador, demonstrando o desejo de ver Katsuki se abaixar para ficar na mesma altura de seu rosto. O alfa não teve escolha se não fazer o que o outro queria – não sem antes revirar os olhos impaciente. Izuku o puxou pela gola, obrigando o loiro a se aproximar mais e mordeu com ódio a bochecha dele, fazendo questão de encarar os ômegas próximas.
— Meu alfa — o ômega rosnou, causando um silêncio mortal no lugar.
Katsuki sentiu a mordida explodir em seu interior para depois se apegar a ardência.
Fora a satisfação em seu lobo por ser reconhecido.
— Que merd... — Izuku simplesmente o ignorou, seguindo para a escada para chegar ao andar onde se encontrava seu escritório. — Izuku!
O ômega parou no meio da escada para puxar o ar com tanta força que fechou os olhos.
— Não me chame de Izuku.
Katsuki sentiu a raiva dele de longe, os feromônios ficando nocivos para sentir em seu corpo.
— Chefe — corrigiu com a sobrancelha dando tique nervoso. Teria um infarto antes de completar um mês com aquele cara. — Me espere.
— Você não precisa vir, pode ficar aqui se quiser tendo a atenção que precisa — Izuku provocou propositalmente voltando a andar parecendo pleno, mas o alfa sentia arrepios subirem por sua coluna de vez em quando.
— Eu devo insistir... — Katsuki sorriu falso para logo chegar as escadas, parando a dois passos do ômega que sorriu convencido. — Você é uma cobra — sussurrou apenas para o esverdeado ouvir. Ele apenas parou e se virou para o loiro.
— Esguio e brilhante?
— Peçonhento — rebateu percebendo o bico triste de Izuku se transformar em sorriso.
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Do ácido ao Todo Sempre [BakuDeku (ABO)]
Roman d'amour- Levem. - O esverdeado disse levantando-se da mesa onde escorava, porém parou no primeiro passo ao ouvir o grito do loiro amarrado à sua frente. - Meu pai_ - Começou com o lábio dormente fazendo o ômega ter novamente sua atenção. - Meu pai quem pre...