Part 16

216 40 0
                                    

— O que faz aqui? — Izuku proferiu as palavras com ódio.

O sorriso do alfa permaneceu.

— Eu vim te ajudar, como disse. Eu sempre soube quando era seu ápice, isso não mudou nada.

— Eu não preciso da sua ajuda, Shoto. Qual o seu problema? Por que agora? Eu já tenho...

— O loiro, não é? Eu sei que dormiu com ele, mas ele não é a pessoa certa para você, bebê, eu sou e você sabe.

O lobo de Izuku rosnou ao se sentir ameaçado, mais ainda, por ter sido contrariado.

— Vá embora. Nós já tivemos nossa chance, eu te amei, mas isso não existe mais.

— Isso não tem nada a ver com amor, é apenas uma relação satisfatória entre um alfa e um ômega. É simples.

— Não é satisfatória, muito menos uma relação. — Izuku estava perdendo a paciência.

— Não diga isso... O que ele tem que eu não tenho? Eu te cortejei apropriadamente, dei presentes, até comprei uma casa para nós. Estávamos quase a ponto de ter filhotes e você mesmo assim me rejeitou.

De fato, era tudo verdade, mas também era verdade que Izuku nunca quis tudo isso.

— Você está me cansando com o mesmo falatório de sempre. Se quer um ômega para servi-lo, apenas faça um panfleto, vai surgir dezenas e mais dezenas dispostos a fazer o possível e o impossível por você. Eu não.

Shoto tentou se aproximar, mas recebeu um chute sendo jogado para trás. Ele ria enquanto se recompunha.

— Não se aproxime, maldito.

— Tem que ser você, Izuku, ninguém nunca ousou me tratar como você me trata. É perfeito e instigante. Perde a graça quando a única coisa que você escuta é "sim, alfa", não acha que a vida precisa de contradições para ser interessante?

Izuku franziu o cenho, incomodado.

— Você é doente.

— Tudo melhora quando estou com você. — Agarrou um dos pés soltos do ômega para puxá-lo com força. — Também tenho uma visão perfeita de tudo que você é.

Izuku usou o pé livre para chutá-lo no rosto e sentiu ser solto, levantou-se rápido para passar pelo alfa, mas caiu de joelhos atrás dele pelo cio. Seu corpo inteiro estava fraco.

— Merda — xingou engolindo seco.

— Se tivesse chutado mais forte, acho que eu teria caído. — Shoto massageava a região dos olhos, piscando ao recuperar a visão. — Bom, pelo menos agora não preciso invadir seu ninho.

Ele sorriu de novo e Izuku rosnou sentindo seus pelos eriçarem pelo toque dele.

[...]

— O que porra foi aquilo? Achei que você fosse o santinho que apenas mostra a patinha quando o chefe manda — Katsuki disse ao bater a porta do carro, Kirishima entrando no lado do motorista em seguida.

— Tem muita coisa que você não sabe sobre mim, Bakugo — ele riu dando partida no veículo grande. — Eu só vim porque o chefe mandou, mas isso não é trabalho para mim.

— A gente veio conversar, porra, não obrigar o cara a fazer a droga do trabalho onde ele nem sabe onde — brigou revoltado, mas repentinamente sentindo um incômodo em seu âmago.

— Ele vai aparecer se quiser. Eu não fiz nada — Kirishima parou em um dos faróis e encarou o loiro. — O que foi? Esqueceu alguma coisa? — Katsuki tocava seu corpo como se procurasse algo.

Do ácido ao Todo Sempre [BakuDeku (ABO)]Onde histórias criam vida. Descubra agora