LOVE POTION || HyunChan

✨ Capítulo 5✨

── Ok, vejamos onde o encontramos...

Já havia passado diversas vezes naquele bairro nobre que, por falta de atenção, havia esquecido a casa onde Beomgyu morava. Havia deixado o garoto apenas em uma rua próxima – a pedido do mesmo – enquanto ele seguiu caminho sozinho. Uma daquelas enormes casas tinha que ser a dele...

Iria usar um feitiço para localizar, mas uma casa acabou chamando atenção.

Principalmente pela pessoa que estava na varanda.

Ok, talvez Yeonjun não fosse um exemplo de pessoa, mas ver o mesmo com o cabelo cortado e em sua tonalidade normal – um castanho claro – era muito mais fofo do que o conceito que sua mãe havia imaginado. Queria saber como a mais velha havia reagido ao novo corte e ao piercing que havia feito, junto com Beomgyu, na sobrancelha.

Yeonjun ainda usava o seu, mas Beomgyu pareceu ter tirado.

Não iria ficar surpreso em descobrir o motivo.

Beomgyu escutava música enquanto mexia no celular e, distraído, não conseguia ver o feiticeiro. Yeonjun, animado, tentou chamar sua atenção, mas foi bem difícil pois a celebridade acabou entrando para dentro do seu quarto, fechando a porta de vidro e deitando na cama. Yeonjun havia planejado uma tarde inteira para eles dois – ainda precisava fazer com que Beomgyu se apaixonasse por ele – e não ia desistir tão fácil.

Estalou os dedos e se colocou naquela varanda.

As vezes, amava o que fazia.

Mentira, amava sempre.

Devagar, fez com que um dos fones do rapaz caísse e pudesse escutar as batidas que acabou dando na porta. Beomgyu quase caí da cama ao ver o rapaz parado – com um sorriso provocativo – em sua varanda, já tentando entender como ele havia chegado ali tão rápido.

── Mas o que...

── Eu disse que íamos sair. Não acreditou porque não quis ── já vai abrindo a porta e entrando no quarto.

── Como você chegou aqui?!

── Eu subi.

── Como?!

── Subindo ── dá ombros ── Então? Pronto para dar uma volta?

Beomgyu queria ainda respostas, mas aquela pergunta o fez voltar a realidade.

── Não posso sair. Estou de castigo.

── Você tem dezoito anos... até quando irá deixar sua mãe mandar em você?

── Ela é tudo o que tenho. Não devia ter cortado o cabelo ou ter feito aquele piercing.

── Mas você gostou, não gostou?

Não sabia mentir, por isso apenas concordou.

── Então viva sua vida, não a dos outros ── diz ── Você estava tão preso que aceitou o conselho do primeiro desconhecido que o ajudou, e olha lá que eu não sou um exemplo na minha família. Tem que conhecer o meu primo, ali sim está o exemplo que eu nunca irei seguir.