Três dias depois.
Louis guardava as coisas no porta-malas do carro, tentando ao máximo não esquecer de nada, não queria ter que voltar para buscar mais alguma coisa. Era hora de ir para casa, e ele suspirava aliviado por isso.
Queria estar na sua casa, deitar na própria cama e voltar a ter as conversas com sua mãe. Louis se sentia perdido, e Jay sempre conseguia lhe dar uma luz em meio toda a confusão que sua mente ficava às vezes.
Distraído pensando na volta para casa, ele não percebeu Harry se aproximando devagar.
— Louis? — o mais novo o chamou com cuidado. — Você se importa se eu voltar com você para Doncaster?
— Coloca a mala e a mochila no porta-malas, verifica se não esqueceu de nada, eu saio em dez minutos. — respondeu, se afastando e retirando o celular do bolso.
Eles não se falaram muito nesses dias, desde que Harry o tratou daquela forma que o clima entre eles está estranho. O suficiente para que todos na casa percebessem que havia algo errado.
Gemma tentou se aproximar de Louis nesse meio tempo, dizendo que por ele ser amigo do seu irmão, talvez eles também pudessem ser amigos. Tomlinson negou na hora, sabia que a aproximação dela não era por isso, e se sentia enojado ao saber que a garota tentou se aproveitar de um problema deles para se atirar sem vergonha alguma.
Harry não soube disso, Louis não contou até porque eles não estavam conversando.
A passos calmos, o garoto foi até um balanço, sentando ali e atendendo a ligação da sua mãe. Ela estava ligando o dia inteiro, provavelmente preocupada, Louis se sentiu mal por não ter dado noticias.
— Oi, mamãe. — murmurou baixo, encarando a grama bem aparada.
— Oi, querido. Sua voz me parece triste, aconteceu algo? — questionou preocupada, felizmente conseguia distinguir os sentimentos do filho apenas pelo tom de voz.
— Só uma confusão, nada de importante. — suspirou — Está tudo bem por aí?
— Sim, está. Sinto saudades, você está longe já faz muito tempo. — a mulher proferiu, não estava acostumada a tê-lo longe por muito tempo, e saber o motivo de tudo isso a deixa preocupada. — Me conta o que houve... Harry está bem?
— Não sei. — respondeu sincero — Não nos falamos desde que ele me disse que eu o estava sufocando.
— Louis, você sabe que ele disse isso por estar machucado. Tenho certeza que a intenção não era machucar você, querido.
— Eu sei que não, mamãe. Sei que pode ter sido no momento da raiva, mas você sabe que eu não gosto de ser tratado dessa forma por pessoas que são importantes para mim. — suspirou cansado — Não havia motivos para falar comigo daquela forma, eu sei disso, você sabe disso e ele também.
— Eu sinto muito que você esteja tão magoado, meu amor. O único conselho que eu posso dar é que conversem. Esclareçam tudo com um diálogo, achei que as coisas com vocês funcionava assim. — murmurou pensativa.
— E funcionam, mas como ele disse que eu estava sufocando ele, resolvi o deixar em paz. — Louis passou a mão por entre seus fios, os puxando para trás, e olhando na direção do seu carro, vendo o garoto encostado no capô, com a cabeça baixa e brincando com os próprios dedos. — Ontem ouvi ele dizer algo que não me agradou.
— Quer me falar o que foi? — Jay mantinha voz branda, sabia que o filho precisava conversar, sabia que ele precisava desabafar sobre o que estava sentindo.
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Frustration || Larry Stylinson
FanfictionF.r.u.s.t.r.a.ç.ã.o 1.PSICANÁLISE Estado de um indivíduo quando impedido por outrem ou por si mesmo de atingir a satisfação de uma exigência pulsional. Harry é um garoto de 18 anos que nunca teve a oportunidade de aproveitar sua adolescência devido...