15.

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Em questão de segundos Tomlinson já estava seguindo pelo mesmo caminho, encontrando Harry na mesma posição, de joelho, com uma das mãos apoiada no chão e a outra na barriga, tossindo forte e com lágrimas molhando seu rosto.

— Aqui, bebe um pouco de água — Louis entregou ao garoto uma garrafinha, segurando o corpo dele contra o seu, e limpando com as pontas dos dedos, os vestígios de lágrimas que ainda havia ali — Isso, devagar.

Ao ver o mais novo sair de um jeito tão transtornado, não levou dois segundos para que todos levantassem preocupados, mas apenas Louis foi até ele, e pediu para que os outros esperassem lá dentro.

— Mais calmo? — Harry concordou — Quer voltar? Ou-

— O que disseram, não é tudo, é?

— Não... Mas não precisamos continuar agora se não se sentir bem para isso.

Harry tinha o rosto um pouco pálido, a testa contra o peitoral de Louis e a respiração irregular devido às tosses durante o vômito.

— Eu quero ouvir o restante. — afirmou, se pondo de pé com a ajuda do mais velho — Eu só vou passar por isso uma vez, quero ouvir tudo que vocês têm para me dizer, e agora. — finalizou, antes que Louis tivesse a oportunidade de se opor.

O que restou a Tomlinson foi concordar e voltar para a casa junto a Harry.

Os garotos encontraram os outros espalhados na sala de estar, Anne, ao ver o filho entrando no cômodo, se levantou rapidamente da poltrona onde se encontrava, andou a passos rápidos até ele, o avaliando, com a face transparecendo pura preocupação.

— Estou bem, mamãe. — disse, com o propósito de acalmá-la.

A mulher acenou de acordo, e o clima voltou a mesma tensão de antes.

— Harry, quer deixar isso para outro momento? — Zayn perguntou preocupado, ao ver que o garoto estava mais branco que o normal.

— Não... Podem continuar. — murmurou baixo, ocupando um espaço do sofá em tom cinza, com Louis ao seu lado o tempo inteiro.

— Por favor, conte logo como isso aconteceu porque eu também quero saber. — Niall murmurou impaciente.

— A aproximadamente cinco meses atrás, eu e minha esposa encontramos seus pais no supermercado, Trisha insistiu que havia algo errado, por algum motivo ela percebeu isso de cara. Porém, o que podíamos fazer? Parar os dois nos corredores daquele lugar e questionar a sua mãe se os machucados que minha esposa viu, foram feitas pelo marido dela? Não tinha como isso acontecer.

— Anne tinha alguns roxos nos braços e pescoço, como ela agia me chamou atenção. — Trisha complementou a fala do marido — Era como se estivesse pensando milhões de vezes no que falar ou no que fazer, o medo era tão óbvio, as mãos dela tremiam muito e não era de frio. Eu fiquei extremamente preocupada ao perceber do que se tratava.

— Somos advogados há anos, já trabalhamos muito com casos de violência doméstica e abusos, foi fácil reconhecer que sua mãe precisava de ajuda. Em certo momento, ouvimos ele mencionar o nome dela, ficou mais fácil para que pudéssemos a encontrar depois. — Yaser disse por fim.

— Meus pais deram um jeito de se comunicar com a sua mãe sem que seu pai percebesse, quando oferecemos ajuda, ela disse que não precisava fazer nada por ela, mas se pudéssemos fazer algo para livrar você, já seria o suficiente e ela seria eternamente grata. — Zayn disse, intercalando seu olhar entre Harry e Anne.

— Yaser me informou que se tivéssemos uma prova conclusiva que mostrasse totalmente tudo que ele estava fazendo, a hipótese de ele ser preso seria muito mais alta, as chances de acreditarem em mim, seriam maiores também. — Anne disse com o olhar fixo na mesinha de centro.

Frustration || Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora