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Tenham uma boa leitura, docinhos.
XX
Durante todo o caminho até a casa de Niall, o garoto de olhos verdes ficou extremamente quieto e distante. Sua mente girava em torno, não só do abraço, mas do beijo, da demonstração de afeto e principalmente da fala de Anne. Ele se sentia estranho, desde os seus onze anos que ele não recebia um abraço carinhoso, ou um beijo vindo da sua mãe.
Isso o deixou um pouco... Chocado. Harry não soube como reagir, então somente entrou no carro e encostou sua cabeça na janela, olhando as várias casas passarem como um borrão diante dos seus olhos, tentando entender devidamente o que aconteceu.
Anne lhe disse que isso não duraria por muito tempo, mas ao que ela se referia exatamente? A situação em casa? Porque foi exatamente isso que Harry entendeu. Quando ela se aproximou mais do seu corpo para sussurrar no seu ouvido, como se estivesse com medo de que alguém mais ouvisse o que estava prestes a dizer. Harry conseguiu sentir certa dor na voz dela, mas também um pouco de confiança, e agora parece que sua cabeça está literalmente girando.
Por anos, as únicas palavras que trocaram um com o outro foram cumprimentos básicos, ou quando ela lhe perguntava como foi na escola.
Styles prefere não criar muita expectativa em relação a isso, pensará na situação com mais calma em outro momento. E ainda assim, seu coração apertou e doeu um pouco, Harry conseguia sentir o quão rápido ele batia em seu peito, e sentia também seus olhos lacrimejando, porque ele sentiu tanta falta daquela mulher, essa que só apareceu por alguns segundos essa noite. O que o faz pensar, se talvez a sua mãe nunca tenha realmente se tornado outra pessoa, apenas tenha tido que fingir ser alguém completamente diferente, assim como ele.
Mas são apenas suposições que Harry cria na sua mente para entender tudo.
Quando o carro estaciona, Harry e Niall são os primeiros a sair e entrar na casa. Horan observava a maneira como o amigo ficou tão distante ao falar com a mãe, ficou preocupado por ele ficar tão calado, resolveu que o questionaria sobre isso quando estivessem sozinhos.
— Filho, nós vamos dormir, mas vocês podem ficar a vontade, só não durmam muito tarde, uh? — Maura murmurou subindo as escadas, deu um beijo em cada um dos meninos e junto a seu marido, andou no extenso corredor até estar no seu quarto.
— Harry? — Niall chamou o melhor amigo quando sua mãe sumiu de vista. — Tudo bem?
— Ela disse para aguentar mais um pouco... Que logo ia acabar, e me abraçou. — murmurou olhando para a parede, com o rosto franzido em pura confusão.
Harry nunca escondeu nada de Niall, eles conversavam sobre tudo, e o garoto precisa falar disso com alguém. Horan o olhou não entendendo o que aquilo significava, então pegou o amigo pelo braço e o levou ate a sala, quando ambos estavam devidamente acomodados, Niall começou a falar.
— Do que está falando?
— Minha mãe, Niall. Me abraçou e disse para aguentar mais um pouco, e depois foi embora. Eu não entendi o que aconteceu, mas era ela ali, depois de todo esse tempo, era a Anne de anos atrás... E eu não sei se foi minha mente que criou a imagem da minha mãe carinhosa que realmente se preocupava comigo, ou se, mesmo por alguns segundos, ela estava ali de verdade.
Niall suspirou e franziu as sobrancelhas. Como alguém que assistiu toda a coisa de perto, era definitiva e extremamente intrigante o que Harry lhe dizia. Anne sempre agiu conforme Desmond queria, ela nunca bateu no filho, mas nunca fez nada para impedir as várias vezes que o marido fez isso.
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Frustration || Larry Stylinson
Fiksi PenggemarF.r.u.s.t.r.a.ç.ã.o 1.PSICANÁLISE Estado de um indivíduo quando impedido por outrem ou por si mesmo de atingir a satisfação de uma exigência pulsional. Harry é um garoto de 18 anos que nunca teve a oportunidade de aproveitar sua adolescência devido...